quarta-feira, 30 de abril de 2008

OS SONS DAS ESFÉRAS VEGETAIS I

Prosseguindo a exposições dos fragmentos argumentários lendológicos restaurados, quanto a solidificação do aperíodico OURYÇÔNICO, encontramos reflexões que acentuam o elemento sonoro como peça contextual significativa, que fundamenta o rito como autêntico ato ritualístico festeiro tribal, e iniciamos expondos fragmentos classificados como intuitivos testemunhais que narram como os sons foram organizados metodicamente dentro deste aperiodico festivo. Um desses fragmentos diz o seguinte:
" O ancentral jovem lider, "o lendário rei dos maracazeiros" ao observar os sons que os ouriços produziam ao se chocarem com o solo, verificou que eles se diferenciavam uns dos outros, e que portanto o que propocionava isso, era a quantidade de castanha que existia dentro de cada um deles. Os ouriços com o dobro de castanha soavam um oitava acima dos que tinha a metade. A parti dai ele então organizou símbolos que representavam a variedades de tonalidades sonoras, e estes símbolos passaram então a serem utilizados pelos nativos para registrarem seus roteiros sonoros e suas construções compositivas musicais. E por um logo período esses símbolos foram utilizados para esse fim. Mas com a chegada dos aventureiros na aldeia trazendo seus metódos cientificistas, os fundamentos deste simbolos foram questionados e por fim jogaram por terra a teoria do jovem lider, provando que o que propocionavam a diferença de sonoridade não era o conteúdo dos ouriços e sim o solo onde eles caiam. E assim a sábia autoridade do jovem lider lendário festeiro foi posta na berlinda, e que causou um certo desconforto sócio-tribal e os aventureiros se aproveitaram deste momento para proporem reformulações organizacionais. Foi um instante delicado para os nativos, e o jovem lider percebendo isso, tratou de buscar maneiras de comprovar seus fundamentos e se manter-se no comando dos festeiros tribais, e já estava quase se dando por vencido quando a mãe das águas enviou um de seus encantados para convida-lo a ir até o espelho das vertentes assistir o ritual das pulverização das águas que acontecia no verão, no grande espelho sagrado do reino das águas. Foi nesse ritual que ele teve a revelação dos arcos cromáticos, e orientado pelos encantados das águas doces, ele pegou uma tira de cipó e um galho de árvore e com eles reproduziu o primeiro arco simbólico. E esticando a tira de cipó para amarra as extremidade do galho, resolveu puxa-la e solta-la para ver se estava bem segura, e corda então produziu soltou um som grave. Ao perceber aquilo o jovem então colocou um calço no meio da corda e manteve nessa metade a mesma tensão que a corda de cipó tinha quando esticada, e tocou novamente, e corda soôu num tom duas vezes mais intenso que o som correspondente a corda inteira esticada, ou seja, uma oitava acima desta. Isso servi para endossar seus antigos fundamentos e o jovem lider voltou para sua tribo, e comprovou sua teoria, assumindo novamente o lugar de lider dos festeiros."
Obs. O Arco sendo tocado no espelho das águas tem uma riqueza de interpretações e abordagens explanativas que fazem parte dos fundamentos lendológicos essenciais e que portanto não podem serem omitidos dentro dos autênticos propostos lendários da nova era, período em que se dá o retorno dos lendologo florestanos e as exposições Lendacreanas imemoriais.

sábado, 26 de abril de 2008

UM CAMINHO DO SER LENDARIANO

Antes das abordagens lendológicas do aperíodico OURYÇÔNICO que vem a seguir, quero fazer um pequeno resumo das conexões dos seres lendarianos com nossa essência existencial; Com a germinação e evolução do nosso egocentralismo humanóide. Para que se possa ter um melhor entendimento de uma entre as muitas formas que os personificadores lendológicos podem se orientarem para fazer suas abordagens lendárias e autentica-las, formatando assim seus argumentários.

"É bom saber que existe uma diferença entre seres lendários e lendas." Mas esse papo fica pra uma outra oportunidade, vamos ao que interessa.

A GRANDE SERPENTE OU COBRA GRANDE - Representa as coisas que nos são perceptivel e imperceptivel bio-visualmente (vibrantes) e que estão por ai nos chamando para decifra-las; instigando nossa capacidade de analise, compreensão e decoficação; é o todo existente externamente, que de alguma forma fica nos dizendo que veio de algum lugar; que teve um caminho"evolutivo" que os levou a serem o que são.
A Cobra deste os tempo mais remotos é conhecida como o símbolo do ondulante; da vibração. De todo modo que todo o vibrante que alcança o ser pode ser traduzido como a manifestação, a personificação da grande serpente lendária; da grande contadora de histórias, e que tudo que existe na face do planeta, é ela manifesta.
A MÃE DAS ÁGUAS - Está ligada a nossa origem bio-formal humanóide. Sem a água não é possível a vida do ser humano, tal como conhecemos. Ela é o ser que veio dá vida a esse elemento essencial para nossa existência. É a deusa mãe, e é dentro do ambiente líquido que nos ganhamos a bio-formas humanóides, nos tornamos fetos. E depois dai saimos, para deixar de ser um ser aquático passando a ser um ser terrestre e passando então a buscar o liquido para ingeri e assim sobreviver. Dentro desta pequena abordagem a Mãe das Águas surgi como um personagem essêncial que está ligado aos nossos primórdios. A quem a vida humana deve reverenciar por sua existência.
O BÔTO - Representar o estágio em que se dá o desenvolvimentodo feto dentro da bolha líquida circundada pela plascenta, é o momento em que o ser humano vive como peixe, ou seja, dentro mergulhado no elemento líquido. O momento mágico em que se dá a mutação de peixe para ser humano acontece na hora do parto, o momento em que o ser peixe transmuta para ser humano. Uma das traduções do poder de encantamento caracteristico que tem o Boto está ligada as reações tanto dele em contato com está realidade de ser vivente, quanto aos seus maravilhamentos com existencial externo. Está na inocência que nos cativa de forma quase irresistivel, que é o período em que está acentuada sua imaginação livre, e os impulsos movido por esse contemplar que nos envolve, nos faz criar coisas para interagir com ele; tentar acessar o seu universo; ir para o seu reino encantado.
O MAPINGUARY - Está ligado a evolução desse récem nascido. Mais precisamente ao momento em que ele passa a reagir; a externar suas opiniões; a divergi primeiramente de seus companheiros familiares; a expor seus próprios pontos de vista. É esse ponto de vista egocentrado, está representado nesse ser antroporfagico mistérioso na caracteristica de ter apenas um único olho no meio da testa.
A boca na barriga, que é uma outra caracteristica popularmente conhecida, está ligada a idéia de sobrevivencia e de consciência que o faz voltar a sua origem em meio as suas ações, na lutar contra os invasores, buscando sobreviver como ser, conquistando seu espaço, que pode chegar ao extremo de extermina outro para que possa sobreviver, e que também pode ser vista como um instante de consciência intuitiva util para sua evolução, que seria algo assim como a semente que sabe que algo tem que morrer para que possa germinar e crescer como árvore. A boca na barriga representa o cordão umbilical por onde ele se alimentou e pode torna-se vida, passando pela fase de Boto sem a qual não seria possivel a chegar ser Mapinguary. ( Ainda vamos voltar a esseponto em outras postagem)
O CURUPIRA - Já este ser mito lendário, está associado aos instantes em que o ser torna-se consciente de sua capacidade de persuasão; descobre que pode desenvolver e condicionar o outro atraves de suas construções intelectuais egocêntricas, e quando ele passa a dizer uma coisa e fazer outra, fazendo os outros se perderem em seus auto-direcionamentos. Os pés virados para trás que é uma caracteristica do curupira é o que vem simbolizar esse aspecto distorcido que é incorporado pelo ser no percurso do seu desenvolvimento.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

OURYÇOM IV - O RITO FESTEIRO



O RITO APERÍODICO FESTEIRO FLORESTANO




PRIMEIRO ATO

O RITO FESTEIRO TEM INICIO COM O GRANDE RITUAL DE APRESENTAÇÃO DOS PERSONIFICADORES DO MARACAZEIRO " O LENDÁRIO NATIVO FESTEIRO" . (CADA TRIBO TEM O SEU MARACAZEIRO OFICIAL) NESSES MOMENTOS QUE ANTECEDEM AS ATIVIDADES FESTIVAS, OS NATIVOS PRESENTES INTERAGEM EM SILÊNCIO. ESSE SILÊNCIO É INTERROMPIDO DE TEMPO EM TEMPO PELOS REPRESENTANTES RESPONSÁVEIS PELAS PERSONIFICAÇÕES DOS MARACAZEIROS DE CADA TRIBO PRESENTE.

(ESSE MOMENTO QUE ANTECEDE O RITO, TEM COMO OBJETIVO ACENTUAR REFLEXÕES DOS NATIVOS QUE ESTÃO LIGADAS A AUSÊNCIA DA SONORIDADE HUMANA ORALIZADA INTERMENDIANDO AS COMUNICAÇÕES INTER-TRIBAL COMUNITÁRIAS; VISA FAZER O SER APRENDER A POSICIONAR-SE CRITICAMENTE DIANTE DO OUTRO USANDO COMO PONTO DE REFERENCIA APENAS A OBSERVAÇÃO DE SUAS AÇÕES COMPORTAMENTAIS ).


VOZ EM OFF - ÉS O SILÊNCIO, O DISCIPLINADOR PRESENTE AUSENTE. A FORÇA DA PALAVRA É INCONTESTE, MAS É NOS GESTOS, NOS MOVIMENTOS, NAS AÇÕES DO INTERNO EXTERNADO QUE DAMOS VIDA AOS REFLEXOS DO ESPELHO QUE REFLETE O ESPÍRITOS TRIBAIS AUTÊNTICOS.
(ESSE ATO TEM A DURAÇÃO SIMBÓLICA DE UM DIA).

A PRIMEIRA NOITE SIMBÓLICA FESTIVA TEM INICIO COM AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES MUSICAIS, QUE SÃO FEITAS ORALMENTE POR TODOS PARTICIPANTES. SOAM COMO UMA CONTAGEM REGRESSIVA. ESSE PONTO RITUALISTICO É DEFINIDO COMO: O OURYÇÁ
Obs. (OURYÇÁ - É o mesmo que um pedido para que o ouriço apareça, e ao mesmo tempo a esperança de vê esse pedido sendo atendido pela castanheira.)
- O,O,Ô,Ô,Ô,Ô,Á,Á,Á,Á!
ESSA MANIFESTAÇÃO SONORA ENCERRAM COM TODOS VIBRANDO ALEGREMENTE E PULANDO, E VOLTAM NOVAMENTE A FAZER SILÊNCIO. O NUMERO DE VEZES EM QUE SE DÁ ESSA MANIFESTAÇÃO, CORRESPONDE AO NUMERO DE TRIBOS PRESENTES NO RITUAL. DEPOIS QUE TODOS SE MANIFESTAM, ELES SAEM DO CENTRO DO ESPAÇO SAGRADO E CAMINHAM PARA FORMA O GRANDE CIRCULO, ONDE TODOS SE POSICIONAM VIRADO DE FRENTE PARA A FLORESTA, E FICAM EM ESTADO DE VIGÍLIA ESPERANDO OUVIR O SOM DO PRIMEIRO FRUTO DA CASTANHEIRA CAINDO NA FLORESTA.
E REINICIAM REPETINDO NOVAMENTE O CANTO CONFRATERNO DE ESPERANÇA QUE DEU INICIO A ESSE ATO, AGORA COM VARIAÇÕES DE TONALIDADES E RITMOS.
É O OURYÇOÁ

(O OURYÇOÁ - significa o mesmo que um pedido para que o ouriço caia e produza o som caracteristico dele dentro da floresta.)


SEGUNDO ATO

AO OUVIR O SOM DO PRIMEIRO FRUTO CAINDO NO SOLO, ENTRA EM CENA O PERSONIFICADOR DO REI DOS MARACAZEIROS "O LENDÁRIO NATIVO FESTEIRO", DANDO INICIO AOS RITUAIS FESTIVOS, COM O BALANÇO DO MARACÁ IMPERIAL. QUE É EXECUTADO DA SEGUINTE FORMA; O PERSONIFICADOR FAZ UM RITMO E JUNTOS TODOS OS REPRESENTANTES DOS MARACAZEIROS DA CADA TRIBO REPETEM O SOM RITMADO QUE ELE PRODUZ.
EM SEGUIDA TODOS OS COMPONENTES DAS TRIBOS FAZEM O MESMO REPETINDO O MESMO RITMO UTILIZANDO SEUS MARACÁS. ESSE ATO E REPETIDO TRÊS VEZES.
QUANDO ENTÃO O PERSONIFICADOR DO REI DOS MARACAZEIROS DA INICIO O RITUAL DO CANTO DAS PALAVRAS SAGRADAS DO DESPERTA PARA O GRANDE ESPÍRITO TRIBAL ADMINISTRATIVO INDIVIDUAL COLETIVO QUE RESUME A FESTA E SEUS ATOS.
COMEÇANDO COM A FRASE:
- OURO EM SOM!
QUE É EXECUTADA DE FORMA PROLONGADA E ENCERRA COM TODOS MOVIMENTANDO SEUS MARACÁS, E LOGO EM SEGUIDA É REPETINDO ESSE CANTO OBDECENDO A FORMA COMO FOI ENTOADA PELO PERSONIFICADOR. A PARTI DAI SÓ O INSTRUMENTO VOCAL É UTILIZADO SOB O COMANDO DO REI DE MARACÁ E TODOS VÃO REPETINDO OS SEUS FRASEADOS MUSICAIS VARIADOS. QUE FICA A CRITÉRIO DO REI A SUA DURAÇÃO.
FECHADO ESSE ATO PASSAM ENTÃO A CANTAR AS PALAVRAS DEMARCATÓRIA DO GRANDE RITO.
CADA PALAVRA É REPETIDA VARIAS VEZES COM VARIAÇÕES MELODICAS ANTES DE MUDAR PARA A PRÓXIMA. AS PALAVRAS SÃO AS SEGUINTES:


- OURENSOM!
- ORIÇO
- OURENSOM!
- OURIÇO
- OURENSOM!
- OUROIÇO
- OURENSOM!
- OURIÇOM
- OURENSOM!
Obs. Aqui a palavra OURENSOM soa como um canto de confirmação de que todos entoaram o canto em harmonia.

ESTE ATO SE ENCERRA COM TODAS PALAVRAS SENDO CANTADAS NA MESMA SEQUÊNCIA RITMADA SEM INTERVALOS, E REPETIDA TRÊS VEZES.

TERCEIRO ATO

- GRUPOS DE NATIVOS DE CADA TRIBO SEGUEM EM MOVIMENTOS DANÇANTES PARA O CENTRO DO CIRCULO SAGRADO E PASSAM A USAR O CORPO COMO INSTRUMENTO MUSICAL (PALMAS, BATIDAS DE PÉ NO CHÃO, ASSOBIOS, MONOSSILABOS ORALIZADOS E ETC.) E FORMAM UMA GRANDE RODA.
QUARTO ATO
- AS NATIVAS ENTRAM NA RODA TRAZENDO PEDAÇOS DE MADEIRAS E VÃO EXTRAÍNDO SONS RITMADOS DELAS. CADA UMA FAZ UM SOLO E SE INCORPORA AO SEU GRUPO DE ORIGEM. EM SEGUIDA OS MÚSICOS DOS GRUPOS MASCULINOS FAZEM APRESENTAÇÕES COREOGRÁFICAS USANDO OS RITMOS DOS SONS EXTRAÍDO DO CORPO, DANDO INICIO AI AOS RITOS DANÇANTES DO GRANDE FESTEIRO. ESSE ATO ENCERRA COM CADA GRUPOS SE APRESENTANDO E SAINDO PARA SE JUNTAR A SUA TRIBO DE ORIGEM.


QUINTO ATO

OS MÚSICO FORMA UM MEIO CIRCULO NO CENTRO SAGRADO, ONDE REPRESENTANTES DE CADA TRIBO VÃO FAZER SUAS APRESENTAÇÕES SOLO MUSICAIS DANÇANTES OU CANTADAS. PRIMEIRO AS NATIVAS, DEPOIS OS NATIVOS.
É DURANTE ESSAS APRESENTAÇÕES OS JOVENS PRESENTES BUSCAM OS MELHORES LUGARES, PARA JOGAR PRESENTES AOS SOLISTAS. (ADEREÇOS COMO; COLARES, ARRANJOS DEFLORES, BRACELETES, BRINCOS, COCARES E ETC.) OS SOLISTAS RECOLHEM ESSES PRESENTES E INCLUEM EM SEUS FIGURINOS.
CADA SOLISTA ESCOLHE UM ADEREÇOS OFERTADO E O EXPOE DANÇANDO, E A PESSOA QUE O OFERTOU VAI ATE O MEIO CIRCULO E EXPÕEM OS SIGNIFICADO SIMBÓLICO DE SUA OFERTA.

SEXTO ATO

É O RITUAL DE EXALTAÇÃO AO BONS SENTIMENTOS E AO ESPÍRITO FESTIVO. AI AS MUSICAS SÃO EXECUTADAS POR TODOS. DURANTE ESSAS MUSICAS OS JOVEM REPRESENTANTES DE CADA TRIBO SEGUEM PARA FLORESTA EM BUSCA DO SIMBÓLICO PRIMEIRO FRUTO DA CASTANHEIRA QUE CAIU. E SEGUEM ATÉ O ÚLTIMO JOVEM PARTI. A PARTI DAI OS NATIVOS INVENTAM BRINCADEIRAS ESPORTIVAS COM CIPÓS, ARCOS, FLECHAS E ETC. DANÇAM E ALIMENTAM-SE COM FARTURA DE MEL E FRUTAS EXTRAÍDAS DA FLORESTA.
(AS NATIVAS FAZER A DISTRIBUIÇÃO DOS ALIMENTOS EM GRANDES BANDEJAS FEITAS DE MADEIRAS E PALHAS TRANÇADAS). ESSA FESTA VAI ATÉ A MEIA-NOITE


SÉTIMO ATO

A PARTI DA MEIA-NOITE TODOS VÃO FAZENDO SILÊNCIO E OUTRO IMITANDO OS SONS NATURAIS VINDOS DA FLORESTA. QUE VAI ATÉ O RAIA DO SOL.


OITAVO ATO

GRUPO DE IDOSO DA TRIBO SE JUNTAM AOS GRUPOS DE NATIVOS E NATIVAS NO CENTRO SAGRADO, EM VIGÍLIA A ESPERA DOS JOVENS QUE FORAM COLHER O SIMBÓLICO PRIMEIRO FRUTO DE CASTANHEIRA.
NESSA VIRGILIA OS IDOSOS CONTAM HISTÓRIAS PARA OS MAIS NOVOS, ATÉ SURGI DO JOVEM TRAZENDO O SIMBÓLICO PRIMEIRO OURIÇO, AS NOVE HORAS DO DIA.


NONO ATO

TEM INICIO O RITUAL CANTANTE DE CONVOCAÇÃO DAS TRIBOS PARA LOUVAR O AMANHECER. ESSE CANTO É FEITO COM SONS DE INSTRUMENTOS DE SOPRO E PERCUSSIVOS ONDE SE DESTACAM NOVAMENTE OS SONS DOS MARACÁS.
OS VERSOS CANTADOS PELOS REPRESENTANTES DE CADA TRIBO SÃO SEPARADAS PELO REFRÃO SAGRADO:

"LOUVAI O BRILHO DO SOL
LOUVAI O AMANHECER
LOUVADO DIA
LOUVAI O ENTARDECER"

ESSE PONTO TEM COMO PARTE OBRIGATÓRIA UMA HOMENAGEM AO REI DE MARACÁ, QUE É FEITA NO MOMENTO DA CHEGADA O PRIMEIRO JOVEM TRAZENDO O PRIMEIRO FRUTO DA CASTANHEIRA:

"COM NOSSAS MÃOS LEVANTADAS
TE LOUVAMOS SENHOR
COM NOSSAS MÃOS LEVANTADAS
RECEBEMOS O FRUTO DO AMOR"
"BENDITO SEJA O NATIVO LENDÁRIO
CONSAGRADO REI DOS MARCAZEIROS
QUE INICIOU ESSE CANTO LENDÁRIO
INICIANDO ESSE RITO FESTEIRO
DE VÊ O SOL NASCER"


TODOS VÃO AO ENCONTRO DO JOVEM E O ACOMPANHAM ATÉ O CIRCULO DOS PEDESTAIS SAGRADOS DAS TRIBOS, ONDE ELES COLOCAM O SIMBÓLICO PRIMEIRO FRUTO NO PEDESTAL QUE REPRESENTA A SUA TRIBO DE ORIGEM.
(ESSE FRUTO FICA EXPOSTO ATÉ O ÚLTIMO DIA DAS FESTIVIDADE RITUALISTICAS.)
O JOVEM FICA SENTADO DE FRENTE PARA O PEDESTAL TRIBAL CONTEMPLANDO O FRUTO. ESSE RITUAL DE RECEPÇÃO SÓ DURA ATÉ TODOS OS JOVENS ESTIVEREM VOLTADO DE SUAS MISSÕES E SE ENCERRA AO POR DO SOL COM TODOS CANTANDO O REFRÃO SAGRADO. AS TRIBOS SEGUEM PARA OS LUGARES QUE ELAS OCUPAM DENTRO DO ESPAÇO SAGRADO, ARREBANHADOS PELOS JOVENS COLHETORES DOS FRUTOS.

DÉCIMO ATO

ENTRAM EM CENA OS PERCUSSIONISTAS. AS NATIVAS TRAZEM MEIAS CUIAS FEITAS DE OURIÇO DE CASTANHA CONTENDO FOGO, E COLOCAM NO CHÃO FORMANDO UM GRANDE CIRCULO DE FOGO.(AS CUIAS COM FOGO REPRESENTAM O INICIO DO CONSUMO DOS FRUTOS DAS CASTANHEIRAS.)OS JOVENS SEGUEM PARA O GRANDE CIRCULO, E DÃO INICIO AO RITUAL DANÇANTE DO OURIÇOAR,QUE TEM COMO PONTOS PRINCIPAIS EXECUÇÃO DE PULOS QUE SÃO REPETIDOS POR TODOS, OBEDECENDO INTERVALOS QUE SÃO CONDUZIDOS PELOS MARACAZEIROS DE CADA TRIBO. ESSE RITUAL DURA A NOITE TODA E TEM COMO OBJETIVO FAZER O CHÃO TREMER E BALANÇAR AS CASTANHEIRAS PARA AGILIZAR A QUEDA DOS FRUTOS. E A APRTI DAI É REPETIDO AS TODAS AS NOITES, COM VARIAÇÕES DE MOVIMENTOS, TENDO SEMPRE COMO CARACTERÍSTICA ACENTUADA OS PULOS COLETIVOS.
A PRIMEIRA PARTE DESSES RITOS DANÇANTE COLETIVO É FEITO COM SONS LENTOS COMPASSADOS, E CADA DIA QUE PASSA ELE VAI ACELERADOS ATÉ CHEGAR A UM APÍCE, E A PARTI DAI VAI DESACELERANDO, ATÉ CESSAR.
Obs. ESSA VARIAÇÃO DE RITMO REPRESENTA O CICLO FERTIL DA CASTANHEIRA, A QUEDA DOS PRIMEIROS OURIÇOS, QUE VAI SE INTENSIFICANDO E DEPOIS VAI DIMINUINDO ATE CHEGAR A QUEDA DOS SIMBÓLICOS ULTIMOS FRUTOS.
DURANTE ESSE RITOS DANÇANTES SÃO SERVIDAS COMIDAS E INGUARIAS DERIVADAS DAS CASTANHAS, BEM COMO A APRESENTAÇÃO INTRUMENTOS E PEÇAS ARTESANAIS CONFECCIONADOS COM MATERIA PRIMA EXTRAIDAS DAS CASTANHEIRAS, DE OUTRAS ESPÉCIE DA FLORESTA.


DÉCIMO PRIMEIRO ATO

NO ÚLTIMO DIA DE COLHEITA TODOS AMANHECEM EM SILENCIO, SEGUEM PARA O CENTRO SAGRADO. AS TRIBOS SE SENTAM FORMANDO O GRANDE CIRCULO DAS TRIBOS. EM RITMO DE PALMAS TODOS ENTOAM O REFRÃO SAGRADO. UM ANCIÃO DE CADA TRIBO VAI ATÉ O PEDESTAL SAGRADO E RETIRA O FRUTO, E FALA DA IMPORTÂNCIA DO FRUTO E SEUS SIGNIFICADOS SAGRADOS PARA AS TRIBOS QUE POVOAM A FLORESTA, E O ENTREGA A UM MEMBRO MAIS JOVEM DE SUA TRIBO, O JOVEM RECEBE O FRUTO E SEGUE EM DIREÇÃO A FLORESTA PARA PLANTA-LO NUM LOCAL ONDE SÓ ELE SABE ONDE FICA.
E ASSIM, UM POR UM VÃO FAZENDO O MESMO RITUAL. E SUAS TRIBOS SEGUEM CANTANDO NA DIREÇÃO EM QUE O JOVEM SEGUIU. ESSA SAÍDA OBEDECE A MESMA ORDEM DE CHEGADA.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

OURYÇOM III



UM CAMINHO LENDO-GRAFOGEOMÉTRICO SIMBÓLICO



A PALAVRA “OURIÇOM “ TAMBÉM TEM EM SI, NARRATIVAS FRAGMENTADAS QUE PODEM SEREM ACESSADAS ATRAVÉS DE DECIFRAÇÕES DAS ASSOCIAÇÕES ALFABÉTICAS QUE A COMPÕE, para isso ABORDAM-SE AS LETRAS COMO SIMBÓLOS SIGNIFICATIVOS ISOLADOS QUE JUNTOS, VEM NOS REVELAM UM DIÁLOGO QUE EXISTE POR TRÁS DE SUA COMPOSIÇÃO FONEMICA. ESSAS DECODIFICAÇÕES SÓ SÃO POSSÍVEIS QUANDO QUEBRAMOS ALGUNS PARADIGMAS DAS ACENTUADAS METODOLOGIAS ACADÊMICAS DE ABORDAGENS RACIONALISTAS, E ENTRAMOS NO PLANO DOS PARADIGMAS DAS OBORDAGENS NARRATIVAS LENDÁRIAS FLORESTANAS. VEJAMOS UM EXEMPLOS DE DECODIFICAÇÃO NARRATIVA GRAFO SIMBOLICA QUE FORMALIZA ESTÁ AFIRMAÇÃO, ONDE USAMOS A PALAVRA OURIÇOM COM BASE EXPOSITIVA:


OURiÇOM


LETRA “O” INICIA TODAS AS VARIAÇÕES DESSE TERMO. O “O” É UMA FIGURA GEOMÉTRICA CIRCULAR, QUE DESDE OS TEMPO MAIS ANTIGO É TIDO COMO O SÍMBOLO DA ETERNIDADE; DO QUE NÃO TEM PRINCIPIO, NEM MEIO, NEM FIM; DO UNO; DO UNÍSSOM E ETC.

NA PALAVRA OURIÇOM, O "O" ESTÁ COLOCADO DE FORMA ESTRATÉGICA, AI ELE REPRESENTA O INICIO E O FIM DE TUDO EM SI MESMO. REPRESENTA O PRÓPRIO FRUTO ESFÉRICO DA CASTANHEIRA, OU SEJA , A ÁRVORE VEM DA SEMENTE E TERMINA NA SEMENTE. O “O” AI TEM A FUNÇÃO DO SER PROFÉTICO ONICIENTE, QUE ESTÁ NOS ATRIBUTOS QUE O FRUTO TRAZ COM SUA MANIFESTAÇÃO, A CERTEZA DA FERTILIZAÇÃO E PROCRIAÇÃO, PRESENTE NO CICLO PREVISÍVEL QUE O FRUTO COMPROVADAMENTE VAI GERAR. E O NATIVO QUE CONHECE ESSES DETALHES PODE REVELAR-SE UM PROFETA AQUELES QUE NÃO ESTÃO FAMILIARIZADO COM ESSE FENÓMENO DE FRUTIFICAÇÃO E REPRODUÇÃO PRODUZIDA PELAS SEMENTES DAS CASTANHEIRA, SENDO CAPAZ DE TRANSMITIR COM EXATIDÃO TODA A TRAJETÓRIA DO FRUTO, PARA AQUELES QUE AINDA NÃO O CONHECE.
O “O” também REPRESENTA O NADA; O VAZIO QUE PRECEDE O APARECIMENTO DO FRUTO NO GALHO DA CASTANHEIRA. E AO MESMO TEMPO O FRUTO PRESO AO GALHO DA ÁRVORE; A EXISTÊNCIA E A PRÉ-EXISTÊNCIA. O PRINCIPIO CONCRETIZADO DE UM FENÓMENO, APARENTEMENTE ISOLADO, MAS QUE PODE SER EXPOSTO, E A PARTIR DAI ESTRUTURAR UM CONTEXTO SINGULAR, ESPECIFICO.
O SÍMBOLO “U” REPRESENTA UNIÃO DE TODA AS CÉLULAS, DE TODAS AS FORÇAS QUE PRODUZEM E CONDENSAM O FRUTO E AO MESMO TEMPO, O MOMENTO EM QUE O FRUTO DESPRENDE-SE DO GALHO, PASSANDO A SER ALGO A PARTE NO ESPAÇO, E AO MESMO TEMPO O TODO “O”, QUE É ÁRVORE CONDENSADA INVERSAMENTE, COMPRIMIDA NO SEU ÂMAGO, NAS SEMENTES CONTIDAS NO SEU INTERIOR. ESSE INSTANTE É UM MOMENTO DE REFLEXÃO PARA O NATIVO, QUE O LIGA DE FORMA MAIS INTIMA A SUA CULTURA NATIVA MEIO AMBIENTAL. E ESSA REFLEXÃO QUE SE DÁ NESSE MOMENTO É REPRESENTADA PELO SÍMBOLO “R” QUE INICIA A PALAVRA REFLEXÃO E RENASCER. E AO MESMO TEMPO ESSE SIMBOLO "R" TAMBÉM É TRADUZIDO DE FORMA EM QUE O "R" PODE SER VISTO COMO UM PASSARO VOANDO PARA CIMA E NESSE SENTIDO ESTÁ LIGADO AO NATIVO QUE CONTEMPLANDO O CICLO FERTIL DA CASTANHEIRA COMEÇA A TRANSCEDER NO ENTEDIMENTO BUSCANDO ALCANÇAR A GENESE DESSE FENOMENO. E AO MESMO TEMPO A LETRA "R" DA FORMA COMO É ESTRUTURADA GEOMETRICAMENTE, DEIXAR CLARO UM TRAÇO VERTICAL QUE SIMBOLIZA O TRONCO DA ÁRVORE, COM UM MEIO CIRCULO NA PARTE SUPERIOR E UM TRAÇO DIAGONAL DA METADE PARA BAIXO. QUE INDICAM DE ONDE O FRUTO SAIU E QUAL O SEU DESTINO.
O SÍMBOLO “I” VEM LOGO EM SEGUIDA COMPROVAR QUE PARA SE CHEGAR A ISSO TUDO TEVE QUE TER UM "INICIO", QUE ESTÁ REPRESENTADO AI PELO SIMBOLO “I” QUE É A PRIMEIRA LETRA DA PALAVRA “INICIO” , QUE É TERMO QUE NOS DÁ A IDÉIA DE QUE ALGO COMEÇOU EM ALGUM LUGAR; QUE HOUVE UM ACONTECIMENTO PARA QUE ISSO ACONTECESSE; QUE ALGO SE MOVIMENTOU PARA PROVOCAR ESSE INICIO. E SE DISSERMOS QUE ALGO É TIDO COMO INICIO DE ALGO, SE PRESSUPÕE QUE CONHECEMOS UMA CONCLUSÃO; QUE TEMOS A CONSCIÊNCIA DISTO. CASO CONTRÁRIO NÃO O PODERÍAMOS DEFINI-LO COMO UM INICIO, NESSE CONTEXTO GRÁFICO SIMBÓLICO SIGNIFICATIVO ORIENTADOR NARRATIVO O SÍMBOLO “I” ESTÁ PRIMEIRAMENTE ASSOCIADA A IDEIA DE MEDIDA, DE CALCULO. QUE REPRESENTADOS PELO TRAÇO “I” SEM O PINGO NA SUA PARTE SUPERIOR. ONDE ENTRA A QUESTÃO DA MEMÓRIA DO EVENTO E SUA APREENSÃO EXPOSITIVA INTELECTUAL.
QUANDO O PINGO É COLOCADO NA PARTE SUPERIOR DESTE SIMBOLO, PASSA A REPRESENTAR O FRUTO EM MOVIMENTO EM DIREÇÃO AO SOLO. UMA ESPÉCIE DE FOTOGRAFIA GEOMETRICA; UM INSTANTE EM QUE ESSE FENOMENO É CONGELADO PELO NATIVO QUE O OBSERVA NA ÉPOCA DA COLHEITA. A LETRA " i " É É UM TESTEMUNHO; A APREENSÃO SIMBÓLICA DESSE FENÓMENO NATURAL DE FORMA LÓGICA RACIONAL. E AI O TRAÇO “I” PASSA ENTÃO A REPRESENTAR A ÁRVORE EM SI, E O PINGO, O FRUTO QUE SE DESPRENDENDO DA ÁRVORE E AINDA NO AR, ENTRE O CÉU E A TERRA. O TRAÇO VERTICAL “I” CONTINUA REPRESENTANDO O CAULE, O TRONCO. QUE REGISTRADO ASSIM, PASSA A EXPRESSAR A ESPERANÇA DA PRODUÇÃO E COLHEITA DO FRUTO NUM INSTANTE CONCRETO E EM OUTRO PERIÓDICO AINDA LATENTE; PREVISÍVEL. E TANTO PODE SER VISTO NA PERSPECTIVA DE BAIXO PARA CIMA, COMO DE CIMA PARA BAIXO. NO CASO DO OLHAR DE CIMA PARA BAIXO, REPRESENTA O NATIVO BUSCANDO EXTRAIR ALGO MAIS ALÉM DESTE ACONTECIMENTO. TRANSCENDENDO AINDA MAIS, FLUTUANDO EM SUAS REFLEXÕES. UM DESPRENDIMENTO QUE ESTÁ LIGADO, À ÊXTASE, EUFORIA E ETC. CAUSADA PELO DOMINIO DESTA COMPREENSÃO MAIS TRANSCENDENTE, POR ESSE ACONTECIMENTOS EXTERNOS AO SEU SER, E POR ISSO TÃO IMPORTANTE QUE MERECE SER REPRESENTADA DE ALGUMA FORMA PARA QUE POSSA CONTEMPLA-LO SEMPRE QUE PRECISO. QUE ELE PODE VIVÊNCIA TANTO NA CONSCIÊNCIA DE FORMA ANALÓGICA, BEM COMO CONTACTUAL PALPÁVEL. ESSE CAMINHO E SUA CONCLUSÃO VÊM SE CONDENSAR NO SÍMBOLO “Ç” QUE VEM EM SEGUIDA.
O "Ç" REPRESENTAR O CHOQUE DO FRUTO NO SOLO, BEM COMO TUDO O QUE VEM SEGUIDA A ELE. QUE NESSE CASO O SÍMBOLO "Ç" PODE REPRESENTAR O SOM PRODUZIDO PELO IMPACTO DO FRUTO NO SOLO, QUE É QUANDO ONDE ELE DEIXA DE SER PARTE DA CASTANHEIRA, E PASSA A SER MEIO CASTANHEIRA E MEIO TERRA. E O PEQUENO "S" EMBAIXO DA LETRA "C" QUE FORMA A LETRA "Ç" É A REPRESENTAÇÃO DESSA CONCLUSÃO IMPACTANTE QUE DÁ ORIGEM AO SOM. (SOLO E FRUTO)
DEPOIS DO "Ç", VEM NOVAMENTE O SÍMBOLO “O”, AGORA ELE ESTÁ AI PARA REPRESENTAR O FRUTO CAÍDO; FRUTO PARADO NO INSTANTE EM QUE TOCA O SOLO, E LOGO DEPOIS SALTITA ATÉ FICAR PARADO. OU SEJA, ELE FAZ E REFAZ O MESMO ATO O QUE NOS DÁ A IDÉIA QUE ESTÁ ASSOCIADO A IDÉIA DE REINÍCIO REVIGORADO DE ALGO QUE LHE DEU ORIGEM, O DA PRÓPRIA CASTANHEIRA, E A REPRESENTAÇÃO DE TUDO QUE VEM DEPOIS DAÍ. QUE É PREVISÍVEL E ESTÁ DE FORMA LATENTE NO FRUTO NA VISÃO DO FRUTO CAIDO. E QUE ESTÁ AI COMO SE FOSSE UM CONTADOR DE HISTÓRIA, QUE AINDA NÃO CONHECE O SEU DOM; QUE NÃO SABE QUE DENTRO DELE EXISTE UM UNIVERSO SE GERANDO E QUE NO FUTURO SERÁ UM CRIADOR. MAS QUE É APREENDIDO PSICO-INTELECTUALMENTE PELO NATIVO. UM INSTANTE ESFÉRICO CONCRETIZADO QUE JÁ CIENTIFICAR UM TODO CÍCLICO PORVIR; UMA NOTICIA DO FUTURO AINDA VIBRANTE E NÃO PALPÁVEL BIO-VISUALMENTE. E É ISTO O QUE ESTÁ CONTIDO NO SÍMBOLO “M” QUE TANTO REPRESENTA O SALTITAR DO FRUTO DEPOIS DO IMPACTO NA TERRA, COMO O VIBRANTE; O ONDULANTE CONTIDO NA SONORIDADE DA ORALIDADE QUE EXPÕEM ESSE CAMINHO; ESSE FENÔMENO DENTRO DESSE CONTEXTO ESPECÍFICO, UM UNÍSSON PARTICULAR. UM TODO PRIMORDIAL NUMA VERSÃO RESUMIDA, O “OM” ONDE ESTÁ CONTIDA O SEU COMEÇO MEIO E FIM, E QUE ESTÃO TAMBÉM EM DESENVOLVIMENTOS E CONCLUSÕES DE ALGUMAS VARIAÇÕES ENCONTRADAS PARA DEFINIR O FRUTO SAGRADO DA CASTANHEIRA, TAIS COMO: ORIÇO, ORIÇOM, OURIÇO, OURIÇOM, OROYÇO, OURYÇOM, ORENÇO, ORENÇOM, ETC.



"MANTRA OM

É o mantra mais sagrado, antigo e poderoso do Universo.
É a essência do todos os mantras.
É o único Som não provocado pela batida de dois elementos, o Som da Energia Primordial, o Som pelo qual o Universo vibra.
O SOM SAGRADO, o SOM DO ABSOLUTO, o VERBO do TODO PODEROSO DEUS INCRIADO-CRIADOR do qual emana toda a criação.
O mantra OM faz parte da 'Música das Estrelas', o SOM que sustenta a vida do UNIVERSO e manifesta o PODER, a LUZ e o AMOR de DEUS, o Som da Unicidade do Universo.
O mantra OM é usado há milênios no oriente, nas práticas espirituais, meditações, curas, iniciações, orações etc.
As três curvas do símbolo OM representam os planos físico, mental e espiritual. O ponto sobre o circulo incompleto do infinito representa a verdade que domina os três planos.
No Vedas o mantra OM simboliza o infinito e o universo inteiro. O 'A' representa a Criação, o 'U' a Preservação e o 'M' a Dissolução ou Destruição (a Trindade do hinduismo: Brahma, Vishnu e Shiva).
O mantra OM entoado em voz alta fixa as energias no Plano Físico. >
O mantra OM dito internamente coloca as energias nos níveis superiores do Plano Astral O mantra OM pensado (não cantado internamente, apenas pensado), coloca as energias no Plano Mental.
Quando entoamos o mantra OM estamos conectando o nosso Eu ao Deus Uno e Sagrado.
Muitos clarividentes percebem que o símbolo OM irradia uma poderosa e intensa luz Dourada."




- OURYÇOM – ESCRITO COM O SÍMBOLO “Y” ESTA ASSOCIADA A RAMOS DO GALO DA ÁRVORE, QUE BALANÇA QUANDO O FRUTO SE DESPRENDE. E AI TAMBÉM ESTÁ ASSOCIADA À IDÉIA DE BALANÇO, QUE NOS REMETE A IDÉIA DE DANÇA.
- BALANÇO TAMBÉM ESTÁ ASSOCIADA A IDÉIA DE PRESTAÇÃO DE CONTA, DE REFLEXÃO, DE REVISÃO PARA SE FAZER UM JUÍZO DE ALGO, PORTANTO DE UM REINÍCIO.


- O BALANÇO E A DANÇA QUE SE DÁ NO PERÍODO DA COLHEITA ACONTECE NA EXTENSÃO VERDE FLORESTANA E AS DUAS COISAS FICAM AI ASSOCIADAS, TANTO O BALANÇO DO GALHO, COMO A DANÇA DOS NATIVO E AS REFLEXÕES SOCIAIS QUE FAZER NESSES ENCONTROS.
- O OURIÇO AO DESPRENDE-SE DO GALHO, É COMPROVAVEL QUE O BALANÇO QUE ELE PROVOCA, É UM BALANÇO DADO NUMA EXTENSÃO DE ESTRUTURAS FIXAS, QUE TEM SUA RAIZ FINCADA NO MEIO ONDE NASCEU, ONDE SE DÁ A SUA MANIFESTAÇÃO;
E PELA IMPORTANCIA QUE TEM PARA O NATIVO, O SEU SURGIMENTO É ALGO QUE MERECE SER COMEMORADO. NUMA FESTA QUE NÃO TEM DONO; DE IRMÃOS NATIVOS QUE CONCRETIZAM AI, OS SEUS IDEAIS TRIBAIS MAIS ELEVADOS; A ESPERANÇA ALCANÇADA DE ALGUMA FORMA COM O SURGIMENTO DO FRUTO.

- OURYÇOM COM “Y”, TAMBÉM ESTA ASSOCIADA A IDÉIA DE VÊ UM TODO PELA PARTE DE FORA, ISSO QUANDO O NATIVO ATRIBUI AO "Y", A FUNÇÃO DE SÍMBOLO DE PROPORCIONALIDADE DO QUADRADO AO AVESSO, QUE ESTÁ NO ESFÉRICO DA ÁRVORE; DO FRUTO E DE TODOS EM FESTA. QUE ASSIM PODE SER VISTO PELOS QUE CONTEMPLAM NO SEU SIGNIFICADO SAGRADO FLORESTAL, QUE ESTA CONTIDO NO SEU TODO FRUTIFICADO E FRUTIFICADOR.
VEJAMOS A SEGUIR UMA NARRATIVA DE UM DOS APERIÓDICO RITOS FESTEIROS ONDE O OURIÇO É A GRANDE VEDETE.

OURYÇOM II

A LINGUAGEM UNIVÉRSICA ANCESTRAL IMEMORIAL DO OURIÇO cont.


Não tem como situar essa linguagem em um determinado tempo, como costumanos fazer no périodo racionalista conhecido como inicio do terceiro milênio, vejamos uma das abordagens
decodificativas do todo do OURIÇO da castanheira onde se revela o seu aspecto livresco preconcebido imemorial onde fica claro a existência interativa espiritual que transcende aos alcances do racionalismo:
"1 - O OURIÇO na sua parte externa esférica tem uma camada lisa, que estruturamos assim para representa o uníssom no seu aspecto esférico primordial harmonico perfeito.
2 - Abaixo desta camada está estruturada outra com pequenas trilhas cavadas. Está camada representa uníssom esférico se transmutando; começando a vibra. Essa é a parte mais densa do fruto; o ponto transitório para o acesso a outra fase.
3 - O interior ôco que vem depois desta camada, temos ai as mesmas vibrações ganhando a
forma de particulas universicas representadas pelas castanhas; que podem serem associadas a represetação dos planetas; dos átomos etc. Preenchendo o suposto vazio celeste que esta ai representado pelo espaço ocupado pelas castanhas.
4 - As amêndoas de castanhas são ai a luminosidade dos astros, as estrelas da nossa galáxia condensadas num formato inverso, ou seja, o rio de leite; a via láctea, manifesto ao contrário que o que nos alimenta, o que torna a vida possivel.
É no período de colheita deste fruto, que nasce o evento RITUALISTICO FESTIVO, o festeiro orientativo do nativo consciente sócio artístico-cultural tribal. Conhecido como o GLORIOSO OURIÇOM SAGRADO, todo fundamentado, no agrego de significados que o nativo contemplativo vai adicionando a esse fruto que estão presente na sua gênese imemorial naturalmente sábia pré-estruturada.
Nessas abordagens decodificativas intelectuais pedagógicas, usadas pelos nativos florestais urbanizados, encontramos uma, que mais tarde passou a ser usada para justificar e formalizar o nome de um estilo musical caracteristico, feito pelos compositores desse contexto florestano diferenciado. Que foi batizado como OURYÇOM:

“Ao desprender-se do galho, o fruto da castanheira produz som característico, que se dá, no instante em que o fruto toca o solo. Esse som diferenciado natural, passou a ser associado ao aviso de chegada de algo valoroso. Ouvi-lo, é ouvi o som das gotas esféricas vegetais trazendo os pingos de chuva de ouro branco em forma de amêndoas; um som raro; genuino, que vale tanto quanto o ouro, é ouro em som; é o som que dá a certeza que a vida continua recebendo os suprimentos necessários para continuar seguindo; palpitando; vibrando dentro das aldeias."
É daí que vem a variação fonêmica, que surgi a principio na sua forma oral, depois na sua representação grafo-alfabética. Ou seja, na fusão das palavras, OURO E SOM OU OURO EM SOM, que deu origem ao fonema OURENSON , que tem uma riquíssima variação de simbólismo e significados, E entre eles podemos destacar as seguintes variações:
OURENSON
OUROISSOM
OURISSOM
ORIÇO
ORYÇO
ORISSO
ORYSSO
OURIÇO
OURYÇO
OUROIÇO
OUROYÇO
OURIÇOM
OURISSOM
OURYSSOM
A palavra OURYSSOM escrita com "Y" e dois "SS" é a que define o nome aos sons musicais FESTIVOS TRIBAIS caracteristicos, produzidos pelos nativos da floresta, tanto urbanos como os rurais, é uma forma de identificar e valorizar a forma tipica do nativo fazer musica, algo que existe noutro lugar, algo cracteristico, genuinamente seu. Portanto a palavra ouryssom com dois "SS" passou a significar um som feito pelo nativo, um som com caracteristicas próprias, diferenciadas; unica, especifica de um lugar. Que só pode acontecer dentro da floresta e em nem outro lugar. E esse som nativo, conhecido como OURISSOM as pouco evoluiu e foi sendo enriquecido com a catalogação de outros som tipico das florestas, que a parti dai foram sendo decodificados em intensidade, tonalidades e ritmos harmônicos e adicionado a ele, passando a ser reproduzido pelos nativos atraves de por instrumentos músicais construidos com materia prima extraida da floresta.
"Pergunta:Onde podemos ouvir o som natural produzido pela frutificação das castanheiras?"
Resposta: Dentro da floresta, é claro."
Foi usando esse tipo de abordagem questionativa que os nativos fundamentaram as justificativas que levaram a batizar a música feita por eles, como OURYSSOM.
“...O SOM DO FRUTO CAINDO NO PERIODO DA COLHEITA, SOA COMO UM AVISO AO NATIVO, QUE MAIS UMA VEZ O PRECIOSO FRUTO DA CASTANHEIRA, ESTÁ CHEGANDO COM OS PINGOS DE ENERGIA DO RIO BRANCO ILUMINADO, PARA ALIMENTA-LOS. O SOAR DO FRUTO BATENDO NO SOLO, É O AVISO QUE OS SURPRIMENTOS NECESSÁRIOS PARA A SOBREVIVENCIA DOS NATIVOS ESTÃO CHEGANDO. É UM SOM PRECIOSO, QUE VALE OURO. É OURO EM SOM, OU OURENSO."
O termo OURENSON também tem variações como por exemplo:
ORENSO
ORENSOM
OURENÇOM
OURENSOM
É nesse aperíodico instante que os significados desses termos, ultrapassaram os limites florestais amazônico, e vão se incorpora a outras culturas, entre elas, destacamos a cultura grega, onde o termo OREN, passa a significar algo como OLHAR. E a parti desse termo eles fundamentam termos básicos que passam a ser utilizado pelo seu povo, como por exemplo o termo GREGOREN e posteriormente variações como GREGORION.
"O GREGOREN pode ser traduzido como, O OLHAR GREGO OU O GREGO OLHAR , QUE É UM OLHAR, QUE É MAIS QUE UM SIMPLES OLHAR , É ESTADO DE ESPIRITO ADMINISTRATIVO SOCIAL LATENTE, UM OLHAR GOVERNADOR COMUNITÁRIO, UM OLHAR DIRIGENTE COMPORTAMENTAL INDIVIDUAL E COLETIVO, DOUTRINÁRIO CULTURAL. UM CONSENSO INTELECTUAL PELO QUAL OS INDIVIDUOS ORIENTAM-SE. UM OLHAR INQUESTIONAVEL NA SUA ESSÊNCIA SIGNIFICATIVA, MAS LAPIDÁVEL; E SEU APERFEIÇOAMENTO SE DÁ TAMBÉM NA FORMA DE RITUAL ARTISTICO COLETIVO, ASSIM COMO ACONTECE NO SAGRADO OURYÇOM. SE DÁ ATRAVES DE ENCENAÇÕES PÚBLICAS TEATRAIS, QUE É USADAS COMO INSTRUMENTOS INSTRUTORES COMUNITÁRIOS, E QUE POR ISSO TORNOU-SE ALGO SAGRADO PARA OS GREGO. SÃO NESSE EVENTOS QUE ELES PASSAM A CONSTRUIREM E APRIMORAREM SEUS DIALOGOS, SEUS DISCURSO IDEALISTAS DE FORMA COLETIVA, ONDE CADA GRUPO FICA ENCARREGADO POR UMA PERSONIFICAÇÃO E ASSIM ACRESCENTAM; MELHORAM AS FORMAS EXPRESSÕES EXPOSITIVAS DE FIGURAS QUE ELES DÃO O NOME DE SOCRÁTES, PLATÃO, PITÁGORA E ETC. ONDE DEPOIS CADA EQUIPE REPRESENTANTE DESSES GRUPOS VOLTAM A SE REUNIREM NUM GRANDE CONCÍLIO, PARA APROVAREM OU REPROVAREM OS NOVOS ANEXOS ACRESCENTADO AS FALAS DOS PERSONIFICADOS. É DAI QUE VEM TERMOS “ORENTATIVO”, QUE QUER DIZER, O OLHAR QUE TATEA, OLHAR QUE PODE SER TOCADO DE ALGUMA FORMA. QUE É TIDO COMO UM FAROL QUE ORIENTA OS COMPORTAMENTOS DOS SEUS LEAIS EXEMPLIFICADORES; AS FORÇAS DE EXPRESSÕES SOCIAIS, NORMATIVAS, DE LEIS E ETC. ONDE O ENCENATIVO NÃO É UM ENTRETEDIMENTO ARTISCO-SOCIAL ISOLADO E NEM ESTÁ DESVINCULADO DO COTIDIANO E DOS QUESTINAMENTO MAIS PROFUNDO DO SER. SÃO EVENTOS SAGRADOS ORIENTADORES SÓCIO-INTELECTUAL PEDAGÓGICOS DIDÁTICOS. E Á AI QUE ELES COMEÇAM A DISTORCER O ESPIRITO QUE ESTÁ NA ORIGEM DO OURO EM... OU OREN TRIBAL FLORESTANO. POIS O PSICO-INTELECTO SER PASSA A SER O CENTRO; O DECIFRADOR; O SENHOR DE TODAS AS COISAS, E O EXTERNO ORIENTATIVO NATURAL, VAI FINCANDO NA PERIFÉRIA. OU SEJA, O INTUITIVO CONFRATERNO INDIVIDUAL TRIBAL MANIFESTO RITUALISTICO, DÁ LUGAR AS PREOCUPAÇÕES COM A APREENSÃO DO EXTERNO, USANDO PARA ISSO GANHAM VIDA OS MITOS GREGOS DE ONDE JORRAM AS REFLEXÕES QUE VÃO INTRODUZIDAS NESSE COMPREENDER COLETIVO-INDIVIDUAL, E MAIS TARDE CAUSANDO AS DISTORÇÕES DE SUAS UTILIDADES GERANDO O SER EGOCENTRICO-COMUNITÁRIO NARCISÍSTICO, DISTANCIANDO OS INDIVIDUOS DOS PONTOS DE CONTATOS CONFRATERNIZADORES QUE O CONSCIENTIZAR QUE É UM COMPONENTE DE UMA ÚNICA E SUPREMA ALDEIA. E É ESSA POSTURA QUE MAIS TARDE OS LEVOU A ENVEREDAREM NA CRIAÇÃO DE ESTADOS-NAÇÕES, OU SEJA, TRIBOS EM SI-MESMADAS, COM OUTRAS NOÇÕES PSICO-VALORÍCAS ORGANIZACIONAIS ADMINISTRATIVAS QUE GERARAM AS MAZELAS E OS EQUIVOCOS QUE ATRAVESSARAM AS ERAS, E FINALMENTE VOLTAREM A SE DISSOLVERAM NO RETORNO DOS IMBATIVEIS LENDÁRIOS IMEMORIAIS."
O TERMO, OURO EM... SOM - ESTÁ LIGADO A TODA SONORIDADE QUE É RECONHECIDA COMO BENÉFICA INDIVIDUAL E COMUNITÁRIA. COMO POR EXEMPLO, O SOM DO OURIÇO CAINDO, OU AS VERBALIZAÇÕES QUE ESTEJA EM SINTONIA COM A ELEVAÇÃO E HARMONIZAÇÃO DO SER INDIVIDUAL COMUNITÁRIO.
JÁ O OURO EM... SER - O INDIVIDUO AGINDO DE ACORDO COM OS IDEAIS SÓCIO-INTERATIVOS PSICO-COMPROMISSADOS; O SER EXEMPLAR.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

OURYÇOM I



O RITO NATIVO FESTEIRO TRIBAL FLORESTANO

A palavra OURIÇO, Que o nativo usa para identificar o fruto esférico da castanheira, tem no seu todo grafo simbolico alfabetico e formal bio-vegetal, um manancial de coerências informativas que extrapolam o nível do que se defini racionalmente como fantástico, fabuloso e extraordinário. Para aqueles que entram pela primeira vez em contato com essas decodificações orentativas; tem se a nitida impressão de que estamos entrando na dimensão de uma organização ancestral imemorial meio ambiental florestana, da qual todos nos participamos e deixamos ai registradas algo que faz parte da nossa sábia essencia. Podemos vislumbrar gotas de uma fonte de saberes; de um tesouro de conhecimento sagrado nativo, que vem através das eras, servindo como um farol para as nossas comunidades florastanas, encontramos pista de uma mente zelosa sapiente, que atraves de uma dedicada reflexões apurada, onde o racional e o imaginário se fundem, podemos desvelar significados simbólicos tribais de alcance compreensivo universal; um espirito aldeante harmônico que estão presente no todo que engloba a sua existência. E podemos começar por um dos acessos analogicos que nos leva a buscar uma das fontes que deu origem a palavra, OURIÇO. Que dentro do contexto ritualístico festeiro tribal lendacreano é conhecido como OURYÇOM.
Os nativos ancestrais florestanos usam essa associação alfabéticas ( OURIÇO ), para identifica o fruto esférico com sementes de amêndoas brancas, conhecidas como castanhas, que são produzidos pelas Árvores castanheiras. É nessa construção que deixam registrados um caminho de significados singulares que sobreviveria ao tempo espaço celeste, mantendo funções didaticas tribais e resguardo da memória intelectual dos saberes e conhecimento a que tinham acesso. E em meio as constelações de significados que podemos extrair dai. Vamos iniciar fazendo uma reflexão de ligação do fruto com o significado que tem termo; Rio de Leite, ou via Láctea como define os cientificistas astrômicos do período racionalista, e que já era um termo bem conhecido dos nossos ancestrais Atlantas florestanos do leito do Rio Branco, como sempre foi batizado o aglomerado de estrelas que forma a nossa galáxia estelar. As amêndoas de castanhas, dentro deste contexto associativo imaginante dialético tribal imemorial, são tidas como as gotas de energias condensadas, desse grande Rio Branco iluminado celeste, O fruto da castanheira dentro desse contexto, é visto como a concretização de uma das quatro manifestação da extensão CONHECIDA COMO UNIVERSO que no caso seria o que os lendologo define como UNINVERSO, ou seja, a possivel composição dialética que deu origem a esse universo ou vice versa. É esse universo fragmentado visto na sua forma inversa, ou seja, o que aqui é fragmentado, no uninverso é um uno, por exemplo; todas as árvores aqui, lá é apenas uma arvore, todas as mulheres que existem aqui, lá existe apenas uma; todos os homens daqui, lá se resumi a um só homem, e assim por diante.
As nossas imponentes castanheiras dentro deste contexto são vistas como gráficas sagradas da transcendente organização de particulas imaginantes que somos nos, e que estão ai apenas aguardando o momento para voltarem a ser decifradas como tal, que é quando retornamos a nossa verdadeira linguagem imemorial interativa social. Existem muito argumentários de sustentação desse e de outros ponto de vista que caminham no mesmo sentido. Como por exemplo os que se encontram registrados em alguns fragmentos lendários restaurados, como este que passo a reproduzir :
“...As gotas são produzidas pelos giros aspirais, do remanso grande Rio Branco celeste UNIVERSICO planetário luminescente (Nos tempos atuais Ja existe instrumento astrolábicos atraves dos quais podemos constatar o formato que tem a nossa galáxia e verificamos que geometricamente estão perfeitamente de acordo com essa concepção), QUE COM SUAS CORRENTEZAS E banzeiros ASTROS HARMONICO, vão dando vida a essas partículas energéticas sabias naturais planetárias, gotas mensageiras divinas, que seguem AGOAM AS ERAS COM SEU CONHECIMENTO E SABEDORIA, TENDO COMO SIMBOLO CROMATICO HARMONICO A COR BRANCA DA PAZ. O fruto é a chave que nos dá acesso a ligação simbolica da aliança cooperativa entre o que chamamos de céu e terra."
As amêndoas de castanhas, dentro desta aperiódica narrativa dialética do imaginante nativo meio ambiental diferenciado. Surgi como um elemento fundamental cultural acentuado, tanto na sua extensão intelecto orentativo, quanto no sócio interativo comportamental , normativo e administrativo. Partindo do principio que neste instante aperiódico, As amêndoas e seus derivados, são componentes básicos na alimentação diária dos nativos florestanos, que não só o cultivam visando a sobrevivencia mas também o valorizam como uma jóia nobre vegetal que está associada a própria razão de existirem e resistirem como grupos étnicos, interativos anti-conflitantes, que vão se fortalecendo nos ritos irmanantes festivos que gira entorno do fruto. "Vem da consciência do valor essencial que tem esse fruto para existência do nativo, a associação que fazem do seu valor com valor que dão ao metal ouro. A manifestação do fruto é comparada ao inicio de uma era de ouro. É bom acrescentar que o metal ouro nesse instante aperiódico, também é tido como a luz do sol condensada; metalizada, e que por isso é considerado como um metal sagrado. O fruto da castanheira, também é tido como ouro branco lunestrelar, mas especificamente suas AMÊNDOAS que tem um formato semelhante a uma meia Lua. E que também leva a associar a sua cor, a energia astro galáctica luminosa extraida e condensada do remanso do grande RIO BRANCO ILUMINADO. A Via Láctea no seu formato helicico cônico manifesto ao inverso.