terça-feira, 12 de maio de 2009

O CAMINHO SAGRADO DA ERA DAS ÁGUAS DOCES - cont...

Ao adentrar o caminho dos mitos-lendários florestanos, recebemos trajes brancos ornamentados com motivos regionais.
Os auxiliares do guia do caminho explicam que a troca de roupa simbolizava o desperta da força encantadora dos botos que somos, da nossa capacidade de mudar de realidade; de desprender-se dos costumes e adaptar-se a novos costumes. Nos falam de uma consciência de desapego as coisas materiais, somos convidados a fazer uma breve revisão dos nossos psico-valores. Somos instruídos a meditar sobre a importância que damos as coisas que possuímos, e sobre todas as coisas que desejamos ter, e a buscar dentro de nós possíveis razões para não desejar essas coisas.

Em seguida recebemos cajados semelhantes a serpentes com a cabeça feita com fruto de cabaça, que lembra a cabeça de um boto. Pequenas cuias são amarradas na extremidade superior do cajado. Caminhamos para o portal do fogo que dá acesso ao caminho sagrado das águas doces.

* Dentro do caminho a cuia tem diversos significados, entre eles o pedido de auxilio, de ajuda. A cuia aparece também como elemento simbólico representativo da essência da visão lendológica, onde o visível e o invisível, o palpável condensado e o impalpável vibrante, o denso e o sensível são alcançado num mesmo instante.

* A cuia está associada a retina da iris ocular, e nesse caso o olho é visto como o ser sendo banhado pela água do rio das visões. E o corpo é o elemento intermediador do imaginante dentro desse campo visionário que é acessado no contato com a água do rio das visões.


* Alguns dos nossos imemoriais ancestrais utilizavam as cuias contendo água para ouvir a voz do espírito que sopra na floresta, os nativos costumavam deixar cuias com água, no meio da floresta. E no outro dia iam verificar o que elas continham além das águas. Os pequenos insetos, penas e folhas que caiam dentro das águas das cuias eram traduzidos como informações, mensagens do grande espírito da natureza. Essa leitura ou decodificação era feita com ajuda do selo solar, que é base de orientação fundamental do nativo que serve para fazer a tradução dos posicionamentos dos elementos contidos na água.

O portal do fogo fica numa pequena estrada de terra batida com duas opções a serem seguidas. Dois guardiões guardam as entradas, cada um segura uma cuia de Coité contendo água.
No meio do portal tem uma tigela de colher látex, contendo fogo. Ao nos aproximar da tigela o guardião do lado direito levanta a cuia e pedem para que todos peguem as pequenas cuias do cajado, e a segure enfrente ao corpo. O guardião enche as pequenas cuias com água para realizar o ritual do beber água:

Leva a cuia até a boca e bebe um gole e diz:
O primeiro gole, é para lembrar que para o ser humano existir, é preciso que exista água.
O segundo gole, é para lembrar que somos sementes, e para crescer e germinar precisamos ser aguados diariamente.

O terceiro gole, é para lembrar, que para a vida continuar existindo em nosso planeta, é preciso que continue existindo água. Água boa, água limpa, água viva.

Em seguida é feita uma narrativa fabulendaria nativa conhecida como:



UMA LÁGRIMA CÓSMICA


No começo dos tempos, existia uma batalha que parecia infinda, o frio e o calor não se entendiam, a mãe natureza fazia de tudo para pacificá-los, mas só um milagre era capaz de resolver a situação. Um dia, a mãe natureza já bastante cansada, sentou-se num canto, e ficou olhando o frio e o fogo se degladiando, uma tristeza imensa a envolveu, ela baixou a cabeça, e do seu olho direito germinou uma gotinha que rolou pelo seu rosto e foi cair entre as duas criaturas.

A mãe natureza pensou: - “Coitada dessa frágil criaturinha, vai ser massacrada."

O calor com sua luz abrasadora, aproximou-se da gotinha, mas a gotinha dividiu a luz em varias cores. O calor chegou mais perto, a gotinha reagiu evaporando, e afastando-se, indo em direção ao frio, enquanto se movimentava ia juntando as partes dilatadas pelo calor, voltando a ser novamente uma poção líquida. Ao se aproxima do frio, o frio tentou envolve-la, mas rapidamente a gotinha reagi ficando mais densa, o frio aproximou-se, a gotinha então solidificou-se e escapou em forma de gelo, e foi em direção ao calor descongelou ela evaporou novamente indo em direção ao frio, e assim ela ficou, indo pra lá e pra cá, pra lá e pra cá.
Ao ver a cena, a mãe natureza sorriu pela primeira vez, e seu sorriso gerou formas lindas que foram se juntar a gotinha, que parecia tão frágil, mas no entanto era muito forte. Sobrevivia aos ataques do frio e do calor.
E nesse vai e vem a gotinha ajudou o frio perceber que existia algo além do frio e o calor por sua vez, percebeu que existia algo além do calor. A frágil criaturinha tornou-se uma mensageira entre eles, e com o passar do tempo, frio e calor foram acalmando-se e aprendendo a conviver com suas diferenças. A Mãe Natureza feliz da vida, batizou a gotinha com o nome de planeta Terra, e sorrindo de felicidade foi dando vida a outras criaturas que foram se juntar a gotinha, e gotinha feliz com os presente até hoje dança girando pelo espaço. Entre os presentes gerados pela felicidade da mãe natureza, teve um muito especial ao qual a mãe natureza deu o nome de ser humano, esse presente tinha como missão de manter a gotinha sempre bem cuidada e limpinha. E em troca a gotinha passou a ceder parte do seu corpo para ser humano solver e assim sobreviver e multiplicar. Mas com o tempo alguns humanos foram esquecendo da missão de cuidarem da gotinha, para que a mãe natureza continuasse sorrindo gerando e presentes com sua alegria. Mas uma grande maioria dos seres humanos ainda continua lembrando da missão e reconhecendo a gotinha como uma dádiva divina, símbolo da vida da paz no universo. Esse seres humanos continuam se organizando e tomando atitudes para o êxito da missão que lhes foi dada, se reúnem e traçam estratégias, redigem documentos que assegurem a proteção e preservação da gotinha. E um desses documentos foi redigido por um grupo que no período da transição milênica ficou conhecido como como ONU (Organização das Nações Unidas) e foi intitulado "A Declaração Universal dos Direitos da Água", que tem o seguinte conteúdo:


1 - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos olhos de todos.


2 - A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.


3 - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

4 - O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.


5 - A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.


6 - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.


7 - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.


8 - A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.


9 - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.


10 - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

"As aparências às vezes enganam.” Uma gotinha d'gua pode fazer a diferença, não esqueça que um igarapé, um rio, um dilúvio, começa com uma gotinha de água”.

A narrativa uma lágrima cósmica apresenta o padrão característico do manifestante lendológico, fecha com a variação de um dito popular conhecido: "As aparências enganam". Mas existem outras narrativas que utilizam o "Quem vê cara, não vê coração". Esse aspecto do ser no seu estágio liquido também é acentuados no ritual da caverna, no "pingo do olho d'gua na mina de ouro" um conto popular bastante conhecido entre os lendologos, mas pouco divulgado no contexto popular.

A narrativa “ Uma Lagrima Cósmica” é usada como instrumento psico-analitico de auto identificação de conflitos interiores e busca de um ponto de equilíbrio intermediador dos opostos internos conflitantes.

O frio e calor são traduzidos de diversas formas, uma das formas mais comum é a de traduzi-los como bem e mal, nesse tipo de tradução a mãe natureza costuma ser vista como sendo o próprio ser humano, e ai a água que representada pela gota d´gua ganha a personalidade de um ser iluminado. Um exemplo disso está nas entrelinhas da narrativa do Lendário "O Ser Mapinguary". Na a ação do jovem líder que enche as bilhas com água da fonte das vertentes para lavar os olhos dos nativos da tribo, os curando da cegueira provocada pelo poder dos riscos nas superfícies das folhas. Nesse caso o aspecto de elemento iluminado se revela no momento em que a água é utilizada como interferidor, neutralizador de uma resultantes inapropriadas que tem origem em acontecimento externo ou importado pelos aldeados. No caso do lendário O Ser Mapinguary acontece quando a água chega para resolver algo que parecia está acima da capacidade do jovem líder, restaurando a realidade comunitária distorcida pela introdução da cultura dos riscos na superfície das folhas, ai a água se confundi com a figura do jovem líder.
O transporte da água dentro da bilha de cabaça que é feita pelo jovem lider, associa a água a idéia de semente e entre as variações de significados a água pode ser vista como um elemento vivo que se desloca de canto para outro, ajudando o nativo a reencontrar o caminho de volta as suas verdadeiras origens, entrando em sintonia com o espirito comandante do período conhecido como era da águas.
Esse visão de ser frágil poderoso da água dentro do contexto lendológico, é encontrado nas narrativas de diversos rituais, entre eles o da caverna do espelho d’gua.

“De tempos em tempos, um jovem era escolhido para ir a grande caverna do espelho d’gua... Gerações se sucediam, e os nativos continuavam acreditando que um dia o espirito ancestral que habitava a caverna se manifestaria para um desses jovens”.

Obs. São comuns variações fabulendárias no contexto desse espaço simbólico lendológico .

Uma coisa que é sagrada dentro do lendologismo, é a aceitação de toda e quaisquer composição narrativas originadas ou que envolva os elementos reconhecidos como lendológicos nativos autênticos. Mas é importante observa que usar método para classificação ou ordenação das composições lendarianas, distorcem um pouco a postura primordial lendológica, mas nem por isso os lendologos deixam de fazer uma espécie de seleção, de escolha de uma linha narrativa (personificação) para manifesta seus argumentos narrativos.
Temos uma infinidade de fragmentos aparentemente incompletos com funções especificas, que citam a caverna vejamos alguns:

“...Os anciões resistiam em mandar o jovem líder para caverna, achavam que o sonhador inveterado não seria capaz de concentra-se o bastante para ouvir a voz da caverna. Mas como era tradição todos os jovens passarem pela experiência, o jovem líder foi conduzido a caverna para passar o período sagrado dentro dela. Chegando lá o jovem sentou-se do lado direito da entrada, e ficou em silêncio.
Passado algum dias, ele ouviu um estalo liquido dentro da caverna e sua mente fez um clarão, e ouviu o seguinte dialogo:
- A quanto tempo estavas escondida ai encima?
- Seu desejo foi atendido. Estou aqui para ajuda-lo. Desde que você pediu ajuda.
- Você veio me ajudar!? Não me faça ri. - disse uma voz rochosa soltando uma estrondosa gargalhada.
- Por que está zombando?
- O que pensa esta fazendo criaturinha insignificante, por um acaso pensavas em me parti ao meio? – Perguntou novamente a voz sólida.
- Eu sou mais forte e bem maior que voce imagina.
- Me poupe dos seus autos elogios.
- Eu conheço todas as histórias, e estou aqui e vou mudar a sua...

“água mole em pedra dura, tanto bate até que fura ”


*Os lendologos classificam esse tipo de narrativa como peça de exercícios para desenvolvimentos complementativos narrativos. Ou seja, é um texto aberto a adição de diálogos, detalhes introdutórios, contextuais e conclusivos.


Mas seguindo com a narrativa do percurso do caminho. O segundo guardião do portal levanta a cuia contendo água, e pede para todos fazerem uma corrente de vibrações positivas para energizar a água contida cuia. São pronunciadas palavras de exaltação ao espírito harmônico que governa a natureza, e agradecimentos à mãe das águas pela gestação do líquido precioso que solvemos.

Todos são conduzidos até tigela com fogo na entrada do portal, para fazerem a passagem simbólica da entrada no caminho.

Um caminhante pega a cuia do seu cajado e fica diante da tigela com fogo, um dos auxiliares a cuia com água energizada. O caminhante estende os braços para frente, fazendo com que a cuia que está em suas mãos fique acima da tigela com fogo. Em seguida é orientado para que incline a cabeça sobre ela até vê o rosto refletido na superfície da água. Os auxiliares fazem uma pequena oração, a água energizada é derramada sobre a cabeça do caminhante, que toma o cuidado para que a água que passa por sua cabeça caia dentro da pequena cuia e a água transborde e caia na tigela no chão apagando o fogo. Um por um dos caminhantes repetem o ritual, os guardiões entoam canções de convocação dos espíritos protetores da floresta. Surgi o guia do caminho trazendo um maracá amarrado a cintura, vestido roupa branca para conduzir todos através da trilha sagrada.
Os caminhantes são orientados a esvaziar restante da água nas cuias com uma das mãos, jogado a água para o alto. Durantes os movimentos para esvaziar as cuias os auxiliares canta a canção Oceanos Suspensos, assim começam a caminhada:

Paisagem a vapores
No céu em movimento
Figuras minerais
Moldadas pelo vento

Ieee, igarapés
Ieee, rios e riachos.

Ouri-ouri, moldadas
Ouri-ouri é do vento o pensamento.
U,u,u,u,u... (musica incidental)

Oceanos suspensos (bis)

Águas de todos os sabores
Orvalhos que molharam flores (bis)
Moldadas pelos ventos
É do vento o pensamento

Surreal em gotículas
Cachos d’gua navegantes
Plumas Belezas liquidas
Gasosas formas mutantes

Repete (2,3)
Que da terra foram ao céu e voltaram ao planeta.
Planeta! (bis) a, a, a, a...


Na primeira parada do caminho tem uma nativa parada em frente a um pequeno casebre. Ela tem nas mãos pequenas bilhas de cabaça contendo suco de frutas naturais, que são entregues aos caminhantes.
Os caminhantes bebem o suco para lembrar que durante a caminhada é preciso está atento para puder extrai o que a natureza tem de melhor, de mais saboroso, de mais doce.
Todos seguem cantando e batendo com os cajados no chão, fazendo os maracás em formato de cabeça de boto de seus cajados vibrarem marcando o compasso da canção. E seguem até chegar no local conhecido como santuário da GRANDE PORONGA.

* Os detalhes ritualístico do caminho tem uma gama de significados simbólicos. Por exemplo, o batismo de água para apaga o fogo na entrada, também está ligada a idéia de renascimento; de começo de uma nova vida, bem como também a idéia de apagar o que consume, o consumo que é simbolizado pelo fogo.
Para os Uiaristas o formato do mapa do estado do Acre é uma representação do instante em que se dá a travessia do portal do fogo do caminho das águas, é o registro do momento em que água é jogada na cabeça do caminhante. Para os Uiarista o mapa do Acre é a visão do caminhante, olhando para a água no momento em que ela sai da cuia do guardião, para batiza-lo.

* Como voce pode notar, a palavra Batismo começa com a letra “B” e ai ela está associada a idéia de renascer, de nascer de novo, de nascer para mãe terra.
Antes de nascer, vivemos no universo liquido no ventre materno, somos peixes. Quando nascemos para o mundo, passamos a ser humano. E a terra, um útero materno ao contrário, e para sobrevivermos dentro dessa nova realidade, desse novo útero precisamos ir até a água. No ritual do Batismo, quando mergulhamos nas águas e emergimos, simbolicamente representa esse renascer na terra, o saír de um novo ventre para uma nova vida, é um ato de reconhecimento da terra como nossa primeira e segunda grande mãe.



A GRANDE PORONGA






Chegamos na grande cabana circular escura, com uma grande poronga erguida no centro, semelhante a um altar ornamentado de cuias e pequenas porongas. Todos sentam ao seu redor. Chegam as nativas trazendo o fogo da tocha sagrada iluminando o ambiente. A luz revela detalhes arquitetônicos escondidos pala escuridão. O guia canta alguns versos que são repetidos por todos :

“Louvai o brilho do sol
Louvai o amanhecer
Louvado dia
Louvai o entardecer”

Ao termino são expostos pensamentos e reflexões sobre que definimos como sombra, luz e o ser.

Obs. No lendário O do Grito do Mapinguary esses pensamentos e reflexões são aprofundados com mais detalhes.

As nativas coroam os caminhantes com as pequenas porongas o fogo da tocha sagrada acende a grande poronga.

*A poronga apagada simboliza a nossa ignorância diante do universo que nos cerca, o caminhar na escuridão dentro da floresta, em meio a riqueza de conhecimentos e saberes naturais existentes nela.

“O caminho das águas é o registro de um instante cósmico lendário grandioso, solidificado pelos nossos imemoriais antepassados, que vai se revelando durante todo percurso. A simplicidade sábia que encontramos é uma prova disso”.

As porongas dos caminhantes são acesas em circulo em frente a grande poronga, dando vida a lendária roda dos contadores de histórias da floresta. Na roda são desenvolvidas histórias coletivas, cada usa a imaginação para complementar narrativa interrompida pelo que está do seu lado.
Em seguida temos as narrativas individuais, o guia e seus auxiliares conta às proezas do jovem líder dos encantados, e expõe narrativas lendológica que dizem respeito a origem do lendário Mapinguary, nos levando a reflexões profundas sobre o tipo de organização sistemática intelectual interativa social em que vivemos. Comentários complementares que dão uma noção do vasto campo sensível que envolve esse componente da nossa cultura popular.

*A poronga acesa, simboliza o humano que vive e caminha na floresta usando a luz da inteligência para descobrir novas coisas, novas maneiras de lidar com as forças naturais, de interagir com elas, resultando numa cultura típica que faz parte da vida dos habitantes das florestas. As contações de histórias, de causos, o fabulendarismo, as narrativas lendologicas dos seres mitos lendários da floresta e etc.
É feita a narrativa do lendário:


O SER MAPINGUARY


”Ao chegarem na pequena aldeia, os aventureiros foram recebidos com uma grande festa, resolveram então passar alguns dias por ali, um deles aproveitou a oportunidade de se aproximar da esposa do jovem líder, e fez para ela a demonstração de como mandar o seu espírito para outro lugar, e fazê-lo falar através de riscos nas superfícies de folhas de arvore. E com a ajuda dos outros aventureiros, demonstrou que também tinha o poder de ouvir os espíritos dos seus amigos através dos riscos na superfície das folhas. Impressionada com a demonstração, a jovem foi até o espelho d’água, onde o jovem líder e os jovens anciões se reuniam diariamente.
Chegando lá, relatou para ele a demonstração de poder que os aventureiros fizeram. O jovem líder ficou curioso. Os anciões reagiram com indiferença e pediram para que líder tivessem cautela com a tal novidade trazida pelos aventureiros. A jovem esposa insistiu para que fosse comprovar o que ela estava dizendo, e acrescentou que os aventureiros estavam dispostos a ensiná-lo obter o curioso poder como forma de agradecimento pela acolhida que tiveram na aldeia.
E mesmo contra a vontade dos anciões, o jovem líder foi ao encontro dos aventureiros, e ficou impressionado, com o poder e manifestou o desejo de aprender ouvir e falar através dos poderes dos riscos na superfície das folhas.
Aos pouco o jovem líder foi dominando o poder de mandar seu espírito falar e a ouvir através das folhas. Os aventureiros aproveitaram o entusiasmo e a dedicação do jovem líder, e foram colocando sutilmente entre as folhas que davam para jovem exercitar seu poder, algumas folhas que tinha o poder de se apossar do espírito do jovem líder. Não demorou para que o líder tivesse o espírito e seus pensamentos manipulados pelos aventureiros, passando a dar a eles total liberdade para viverem e explorarem livremente suas propriedades, sem incomodá-los ou questioná-los quantos aos objetivos das explorações.
O tempo foi passando, o jovem líder foi se distanciando dos encontros com o anciões na face do grande espelho d'água, para evitar discutir com os anciões que insistiam para que afastasse o seu povo do estranho poder trazido pelos aventureiros. Não demorou muito, tudo na aldeia passou a ser feito e organizado através de folhas de arvores riscadas. Um dia o jovem depois de ouvir algumas discursões entre os nativos percebeu que a tribo estava vivendo num estado caótico de troca de informações e convivência sócio interativa, as coisas estavam fugindo ao seu controle, estava perdendo o poder de dirigir seu povo, as folhas riscadas estavam assumindo o seu lugar. Desesperado, o jovem aproveitou a ausência dos aventureiros na aldeia, e foi ao encontro dos anciões na tentativa de encontrar uma maneira de reverter a situação. No encontro, depois de muitas reflexões, os anciões o levaram até a beira do igarapé e o fizeram olhar o rosto no espelho d'água, para ver o que o tal poder tinha feito com ele. O jovem líder constatou que o poder dos riscos na superfície das folhas o tinha deixado enxergando apenas com um olho e quase cego, e que conseqüentemente ele tinha cegado todos de sua tribo com o tal poder.

Desesperado o jovem líder gritou, porem, de sua garganta sai um urro pavoroso que estremeceu toda floresta. Os aventureiros assustados se embrenham nas matas temendo pelo pior. Os anciões fugiram apavorados sem saber o que fazer para acalmá-lo. Mas a mãe das águas, que acompanhava toda estória bem de perto, se compadeceu do sofrimento do jovem, e pediu para que um dos seus lendários encantados o conduzisse ate a grande fonte das vertentes do reino das águas doces, e entregou a ele um *olho d'água.

O jovem voltou à aldeia, trazendo vasos de cabaças contendo água pura, para lavar os olhos do seu povo e livrá-lo da cegueira produzida pelo poder dos riscos nas superfícies da folhas. Aos poucos, todos foram recuperando a visão, e voltando a enxergar o meio natural como ele realmente era.

Na fuga os aventureiros levaram as crianças e a maioria das mulheres, inclusive a jovem esposa. Isso fez com que o jovem líder continuasse enxergando apenas com um olho, e para voltar ao normal, tinha que encontrar sua amada e curá-la. E não tendo outra saída, saiu pela floresta, gritando e assobiando, e esperando a resposta dela. E todo estranho que encontrava no caminho, devorava com os olhos, pois acredita que assim estava defendendo e evitando que sua tribo fosse novamente contaminada. E assim deu origem a um dos mais intrigantes personagens do nosso lendário nativo popular urbano e florestal: “ O Ser Mapinguari.”

*Alguns lendologos argumentam, que o olho, dado ao jovem líder, é o olho do deus Odin, que a mãe das águas recebeu em troca de um gole de água de sabedoria.
Odin, é um deus guerreiro escandinavo, amante das artes e poesias.


COMPLEMENTO ARGUMENTÁRIO DO LENDÁRIO SER MAPINGUARY

O Mapinguari, tem uma considerável quantidade de narrativas e traduções, no que se refere a sua origem. Dentro do contexto lendológico, esses argumentos narrativos são acompanhados por comentários dos lendologos que os compõem, ou de algum outro que tenha entrado em contato com as argumentações compostas. São esses comentários livres, os responsáveis pelas polemizações, aperfeiçoamentos e evolução do que veio a ser aceitavelmente denominado como lendológia.

Vamos aos comentários que acompanham a narrativa do lendário Ser Mapinguary exposta acima.

Essa narrativa argumentaria lendária tem um aspecto nativo urbano bastante acentuado.
Alguns lendologos defendem a tese de que narrativa deu origem aos relatos sobre a existência de “um paraíso perdido pelos seres humanos”. Período em que os nativos influenciados pelos aventureiros passaram a cobrir os corpos com vestimentas confeccionadas com fibras de algodão.
Com o tempo esses detalhes argumentários foram sendo aperfeiçoado, e passaram a ser usado como argumentos doutrinários religiosos específicos, de utilidades comunitárias questionáveis.

Dentro do contexto lendacreano, essa narrativa é tida como fonte da origem de ditos populares e passagens literárias bastante difundidas entre as nossas comunidades nativas, como por exemplo, a conhecida frase, de tendência moralista popular, que sentencia; “ São cegos guiando cegos”; “Olho por olho... “ ; “Em terra de cego que tem um olho é o rei.” e etc.

Existem também os que reclamam a ausência na narrativa de por menores que ampliam significativamente a argumentação, e cobram a inclusão nos relatos a introdução do uso de cascas de determinadas arvores, como valor simbólico de troca monetária. Feitas sob o controle e fiscalização dos aventureiros dentro da grande aldeia.

* Toda peça lendológica autêntica, é acompanhada de fragmentos complementares de sustentação, e em alguns casos de contestação.

Dentro do movimento lendológico florestano da era das águas. Principalmente no que se refere ao Mapinguarismo, tem uma máxima consensual entre os lendologos que diz: “tudo é questionável”.
Um ser mito-lendário, é o registro fragmentado de compromissos de ações comportamentativa e reações emotivas significantes sócio interativas, que auxiliam na organização, resistência e proteção do seres imaginantes nativos e o meio onde se manifesta com suas culturas.

* Para os que adentram o universo lendológico é bom lembrar que para os lendologos existe uma significativa diferença entre seres mitos-lendários e lendas.

As narrativas lendárias normalmente não deixam alicerces suficientemente lógico para que possamos localizar o momento em que ela surgi. Presente, passado e futuro se confundem. É característico trazerem um tom sapiente ancestral, que transparece envolto por um “sistema intuitivo” de auto defesa intelectual nativo, fazendo dos seres mitos-lendários, eternos sobreviventes gloriosos, resistentes a ataques acadêmicos e modismos culturais equivocados.
E’ a parti de uma tradução, compreensão, extração e divulgação de um certo grau de entendimento que se tem das lendas e dos seres mito lendários, que um lendologo se manifesta e identifica outro lendologo. É o que torna possível o reconhecimento e aceitação de seus argumentos narrativos dentro da cultura e do movimento lendológico.

É através das composições dos lendários em linguagem de alcance compreensivo popular, e “intelectual acadêmico superior”, que os lendologos compõem, desenvolvem e divulgam suas propostas, ensaios, justificativas , auto-supremalizações, auto-doutoramento e etc.

Na lendologismo florestano acreano, o termo lendologo, normalmente é usado para definir, o ser imaginante que domina uma personificação significativa oficial, uma das variantes dos seres mitos-lendarianos, entre eles: a grande serpente, mãe d’agua, boto, mapinguari, curupira e etc. e que a parti deles desenvolve seus estudos e compõem seus argumentos narrativos.

Os lendários (argumentos narrativos compostos) que são aceito como instrumento didático pedagógico dos lendologos, tem como característica marcante, sentenças e ganchos gramaticais narrativos estratégicos que servem para desenvolvimento de defesa existencial do lendário, e dos discursos complementares, que vão arrazoando, desenvolvendo e valorizando o conteúdo narrativo, visando sempre a utilização popular.

Dentro do pensar lendológico existem variantes e tendências postulares fundamentais de orientação, pesquisa e desenvolvimento. Entre elas destacam-se:

Variações:
Nativo Florestal

- Iaraismo
- Botoismo
- Mapinguarismo
- Curupiarismo
- Serpentismo (oral, gestual, vibrante)


Obs. As variações acima são aceitas, como variações intermediarias fundamentais argumentarias, do pensamento nativo lendário autônomo amazônico. Mas o numero das variações é bastante amplo. Os acima expostos são que oficialmente definem-se como os basilares para os personificadores lendacreanistas.

Tendências:
Nativo Urbano

- Maracaismo
- Camalionismo
- Sementismo (ortográfico, simbólico)


Para o reconhecimento e oficialização de um argumento lendológico, os lendologos da extensão lendacreanistas estabelecem que as narrativas tenham sempre um tom de contação de história.
Essa orientação, tem a função de mecanismo preventivo de defesa da cultura de contação de historia , bastante popular no meio comunitário florestal e urbano.

A narrativa também deve conter no mínimo 4 (quatro) aspectos expressivos das variações citadas acima. Sendo uma a originadora e três de sustentação.

Essas variações são traduzidas e destacadas em forma de pequenos fragmentos expositivos complementares, que devem acompanhar a narrativa do lendário composto. Por exemplo, na narrativa “O SER MAPINGUARY” do lendologo Nosli Nelc, os fragmentos expositivos complementares de sustentação oficializadora são as seguintes:




Das sustentações:

Iaraismo – (A genitora das águas) Na narrativa está clara o aspecto Iaraista, pois no iaraismo ou uiaraismo, como queiram, estão os personificadores da Mãe das águas, e tem como fundamentos os simbolismos e os pontos significativos que extraem do elemento água, as idéias que nos remete ao principio das coisas, o que dar vida ao nosso planeta no todo da narrativa no aspecto em que o nativo mostra uma reação a uma ação externa, estar presente na defesa de um ponto de vista tribal. Transparecer a consciência de uma psico realidade importada que precisa ser combatida, na intenção do personificador que nas entrelinhas deixa clara essa reação a uma cultura externa. Essas atitudes podem ir de pacifica reformadoras, a reacionárias radicais. Dentro da cultura dialética analóno todo da narrativa no aspecto em que o nativo mostra uma reação a uma ação externa, estar presente na defesa de um ponto de vista tribal. Transparecer a consciência de uma psico realidade importada que precisa ser combatida, na intenção do personificador que nas entrelinhas deixa clara essa reação a uma cultura externa. Essas atitudes podem ir de pacifica reformadoras, a reacionárias radicais. Dentro da cultura dialética analógica lendária, essas personificações tem como principio a defesa do ser imaginante, do seu meio ambiental natural e nativo urbano cultural. Na composição lendária podemos ver uma chamada para reflexão, que nos remete a questão do aculturamento do nativo étnico e urbano florestano e as conseqüências disso no meio ambiental natural e psico-social.


Obs. As exposições acima podem sofrer alterações auxiliares e amplificarem.

Lendologo é o ser que domina a linguagem (simbólica significativa) ancestral dialética analógica lendária nativa; um personificador.gica lendária, essas personificações tem como principio a defesa do ser imaginante, do seu meio ambiental natural e nativo urbano cultural. Na composição lendária podemos ver uma chamada para reflexão, que nos remete a questão do aculturamento do nativo étnico e urbano florestano e as conseqüências disso no meio ambiental natural e psico-social.


Obs. As exposições acima podem sofrer alterações auxiliares e amplificarem.

Lendologo é o ser que domina a linguagem (simbólica significativa) ancestral dialética analógica lendária nativa; um personificador.e etc. E a argumentação tem esse aspecto, ao narra o nascimento do ser mapinguary, a sua origem, ou seja, dar vida a ele.

Botoismo – (O peixe encantado que se transforma em gente) O Bôto está ligado a idéia de transformação e está presente na narrativa, no que se refere a mudança de realidade ambiental. Esse aspecto está evidenciado na transformação socio tribal provocada pelo poder dos risco na superfice das folhas. No instante em que o líder toma consciência de que os riscos estão ocupando seu lugar e posteriormente na ação de lavar os olhos dos nativos para que voltem a realidade tribal anterior.


Curupiarismo -(Tem os pés virados para trás e costuma fazer os caçadores se perderem dentro da mata.) – Os pés invertidos do(a) curupira está presente na ação dos aventureiro ao fazerem o jovem seguir numa direção indicada por eles mas que nao levaria a outro lugar esses rastros estão representados nos riscos na superfície das folhas, que indicam um direção a seguir, mas que no final se revela o oposto, fazendo com que jovem líder perca o controle administrativo da tribo.

Serpentismo –( Encanta e atrai suas presas e as devora) A serpente está presente em toda e qualquer narrativa, é o símbolo da onda; do vibrante etéreo; das sonoridades, é através destes atributos que entramos em contato com os fatos narrados. Ela é o ser intermediador das comunicações, a condutora das narrativas. O seu poder de atração e encantamento está presente na narrativa no instante em que a jovem esposa e o jovem lider são seduzidos pela lábia dos aventureiros, que os atraem, os encantam e os devoram com o poder do risco nas superfícies das folhas.


Originadora:

Mapinguarismo – ( Um ser antropofágico que tem um olho na testa e a boca na barriga) Está presente no todo da narrativa no aspecto em que o nativo mostra uma reação a uma ação externa, estar presente na defesa de um ponto de vista tribal. Transparecer a consciência de uma psico realidade importada que precisa ser combatida, na intenção do personificador que nas entrelinhas deixa clara essa reação a uma cultura externa. Essas atitudes podem ir de pacifica reformadoras, a reacionárias radicais. Dentro da cultura dialética analógica lendária, essas personificações tem como principio a defesa do ser imaginante, do seu meio ambiental natural e nativo urbano cultural. Na composição lendária podemos ver uma chamada para reflexão, que nos remete a questão do aculturamento do nativo étnico e urbano florestano e as conseqüências disso no meio ambiental natural e psico-social.


Obs. As exposições acima podem sofrer alterações auxiliares e amplificarem.

Lendologo é o ser que domina a linguagem (simbólica significativa) ancestral dialética analógica lendária nativa; um personificador. verdade o levaria a outro lugar esses rastros estão representados nos riscos na superfície das folhas, que indicam um direção a seguir, mas que no final se revela o oposto, fazendo com que jovem líder perca o controle administrativo da tribo.

Serpentismo –( Encanta e atrai suas presas e as devora) A serpente está presente em toda e qualquer narrativa, é o símbolo da onda; do vibrante etéreo; das sonoridades, é através destes atributos que entramos em contato com os fatos narrados. Ela é o ser intermediador das comunicações, a condutora das narrativas. O seu poder de atração e encantamento está presente na narrativa no instante em que a jovem esposa e o jovem lider são seduzidos pela lábia dos aventureiros, que os atraem, os encantam e os devoram com o poder do risco nas superfícies das folhas.


Originadora:

Mapinguarismo – ( Um ser antropofágico que tem um olho na testa e a boca na barriga) Está presente no todo da narrativa no aspecto em que o nativo mostra uma reação a uma ação externa, estar presente na defesa de um ponto de vista tribal. Transparecer a consciência de uma psico realidade importada que precisa ser combatida, na intenção do personificador que nas entrelinhas deixa clara essa reação a uma cultura externa. Essas atitudes podem ir de pacifica reformadoras, a reacionárias radicais. Dentro da cultura dialética analógica lendária, essas personificações tem como principio a defesa do ser imaginante, do seu meio ambiental natural e nativo urbano cultural. Na composição lendária podemos ver uma chamada para reflexão, que nos remete a questão do aculturamento do nativo étnico e urbano florestano e as conseqüências disso no meio ambiental natural e psico-social.


Obs. As exposições acima podem sofrer alterações auxiliares e amplificarem.

Lendologo é o ser que domina a linguagem (simbólica significativa) ancestral dialética analógica lendária nativa; um personificador.



O GRANDE MARACÁ

Enquanto caminham todos são orientados a colher as sementes que estão pelo caminho até chegar numa imensa cabana estilo indígena que tem um globo terrestre encima de uma coluna de mais ou menos um metro e meio de altura, a estrutura lembra um grande maracá. Do lado do sol poente jorra uma vertente de água limpa transparente, rodeada por um altar feito de meias cuias de cabaça.
O guia entoa uma canção de evocação a mãe natureza. Uma nativa representando a mãe natureza entra na cabana e retira a parte superior do globo, na parte inferior contem salada de frutas adocicada com mel. Com uma concha de cabaça a nativa serve a salada aos caminhantes.
Todos seguem até a vertente para lavar as cuias. O guia pede para que procurem entre as meias cuias que estão exposta no altar ao redor do globo, uma cuia que se encaixe a cuia que trazem nas mãos. Encontrada as partes correspondentes, o guia pede que depositem nas cuias, as sementes que recolheram pelo caminho.
Nesse ritual as sementes representam os sentimentos humanos, todos são orientados a retirarem das cuias as sementes que representem os sentimentos que achem que não são benéficos aos seres humanos e as coloque nas cuias que trouxeram e as joguem na água corrente. E seguida pede para cada um por um pouco de água nas mãos e deixe gotejar encima das boas sementes que ficaram nas cuias do altar. E com ligas coloridas de envira e látex, unem as suas duas meias cuias, dando forma aos seus maracás sentimentais particulares.

Obs. As sementes são depositadas aleatoriamente ou ritualísticamente dentro do maracá.

“Uma mudança de estrutura ou troca de uma semente no interior do Maracá é o suficiente para mudar todas estruturas no cosmo. "

O MARACÁ - Uma das traduções conhecida para a palavra MARACÁ, é de origem indígena e vem do estado de Recife, que quer dizer "a pedra que fala". É o conhecido instrumento musical ritualístico indígena utilizado pelos pagés, xamãs, ayuasqueiros, músicos populares e etc. Os ayuasqueiros costumam construir o MARACÁ com a estrutura superior feita com um lata metálica produzidas pelas industria de leite e outros laticínios. Dentro do contexto do milênio das águas do lendários Rio Branco, esse instrumento é peça de fundamental importância estrutural argumentária. Vamos encontra-lo sendo utilizado pelo Rei de MARACÁ " personagem e grande anfitrião dos “LENDÁRIOS NATIVOS FESTEIROS FLORESTANOS" . Também conhecido, como rei da aldeia dos contadores de historias da floresta.
No caminho sagrado da floresta, o MARACÁ é um livro sagrado nativo, herdado ancestral imemorial, com função iniciática, ajudando o nativo entender o que vem a ser o ser, o centraliza dentro do contexto celeste em que vive, proporcionado pelo sugestionamento a auto supremalização, o seu auto-compreender como imagem e semelhança do criador de todas as coisas perceptíveis. Como vimos no começo desses manuscritos.

AO MOVER O MARACÁ, AS SEMENTES EM ATRITO com a casca do fruto da cabaça, produz uma matéria vibrante, que cientificismo define como SOM. Ou seja, do CAOS existente no interior da esfera, no momento da inércia do instrumento, surgi uma energia harmônica perceptível ao mivimenta-lo, do caos sai a harmonia. Esse evento característico é o que torna analógicamente possível o acesso a compreensão do todo perceptível bio-visualmente. Pois o que vivenciamos é o resultado de micro partículas vibrantes em choques gerando infindas formas palpáveis. Como dizem alguns lendologos, tudo é o som de um gigantesco e cósmico MARACÁ. O nativo com um maracá na mão, ao faze-lo vibrar, passa a ser uma representação simbólica dos fenômenos que deu vida ao todo existente. ou seja, é um DEUS num instante primordial passado, presente e futuro.

Como dizem os maracazeiros:

“Podemos nos ver como seres diferentes bio-esteticamente, assim como as diferentes sementes no interior do maracá. Mas assim como acontece com o maracá, podemos soar como uma magnifica e harmoniosamente musica planetária”.

“A terra é a cabaça, e as árvores os sons das sementes contidas no seu interior”.

O principio da incerteza quântica vagueia na duvida se tudo que percebemos é onda ou é partícula, com o maracá podemos chegar a algumas conclusões que pode nos ajudar compreender melhor esse pensamento. Dizem os estudiosos desse assunto que a duvida surgi quando captamos a onda perdemos a partícula, e quando captamos a partícula perdemos a ondas, dai a incerteza se tudo é onda e partícula ou onda e partícula, mas onde termina uma e começa a outra? Olhando para um rio podemos ver um banzeiro de água em movimento, ou vê um porção de partícula de Hidrogênio e oxigênio em movimento.
Boa parte da complexidade que envolve essa especulação é amenizada pelo o imaginante lendológico maracazeiro que entende que:

- O MARACÁ PARADO REPRESENTA A PARTÍCULA - Masculino
- O SOM PRODUZIDO É A ONDA – A criatura
- O QUÂNTICO É O MARACAZEIRO; O MOVIMENTADOR. - Feminino; o ser produtor.

O guia bate três vezes com o cajado no chão, consagrando o solo. Com esse ato ele está dizendo que ali está o principio o meio e o fim; tudo que tem esse aspecto trino, uma representação do sagrado.
É entregue um texto que tem um título em forma piramidal. Esse detalhe do título é uma das coisas caracterizar uma autentica composição lendária, pois envolver tudo que esteja ligado ao objeto da personificação, no caso a forma piramidal está associado a idéia de onda crescente; de um grito que surgi e se eterniza, representado pelo “O” de onde ele sai e vai se amplificando, diversificando e ficando contido em todas essas variações. Esses detalhes são torna um lendário brilhante, único, incomparável. É por força desse perfeccionismo estrutural que se eternizam as autenticas composição lendária, ganhando o status de autônomo, escapando de uma identificável autoria. Antes de ler esse lendário todos são avisados que ninguém é obrigado a ler uma composição lendária, a decisão fica a critério de cada um. O Lendário “O do Grito do Mapinguary” é um instante lendológico fabulendário do ser mito lendariano isolado E amplificado em sentido e significados que vão além do grito propriamente dito.


O

DO

GRITO

MAPINGUARIANO


O grito do ser Mapinguary na grota do espelho d’gua, é simbolicamente, a reação característica da consciência do nativo que desperta para realidade meio ambiental cultural distorcida em que vive.
O local onde é dado o simbólico primeiro grito, ganha diferentes contornos e detalhes ambientais, que traduz o momento lendológico escolhido para ser vivenciado pelo LENDOLOGO personificador.

Um dos argumentos lendário que expõem detalhamentos desse ambiente, diz o seguinte:

“Na grota úmida do espelho d’gua, reina o silencio natural. Os anciões usam como meio de comunicação, pequenos gestos vibrantes simbólicos significativos, que podem serem definidos como; gestual telepático, extra-sensorial e etc."

Devido a essa hipersensibilidade do todo contextual cósmico espacial atemporal Lendológico em que ela está inserida, a sonoridade vocal raramente é usada no ambiente. É muito comum nas narrativas, principalmente dentro do movimento Lendacreano no inicio do “novo século” que reorienta-se pelos seres lendários da era das águas, a citação desta localidade lendológica, pesquisadas e estudada com os zelos dos princípios que orientam, principalmente os personificadores mapinguarianos. Dizem eles:

“Interferir na harmonia do lugar, significa interferir de alguma forma na harmonia cultural dos aldeados, e conseqüentemente na rotina da comunidade.”


Existem trechos que traduzem um ponto de vista testemunhal imemorial do significativo grito do ser mapinguari, por exemplo :

“...O grito do jovem líder no espelho d’água, provocou um imenso clarão, que aos pouco foi se desfazendo em pontos brilhantes, que seguiram em todas as direções celestes da grota. Veio a escuridão, e com ela, um frio que congelou tudo que foi alcançado pelas vibrações.”

Em algumas notificações lendológicas encontramos informações, que jovens anciões lendários escaparam do grande congelamento primordial mapinguariano, por estarem mergulhados nas águas mornas do espelho sagrado, seguindo as orientações estruturais ancestrais contidas nos sábios herdados tribais preservados, para os exercícios contemplativos das personificações aquáticas lendárias, no instante em que o grito se deu. Alguns ficaram com metade do corpo fora das águas, outros tentaram mergulhar rapidamente para se protegerem das vibrações congelantes, mas a parte inferior de suas corporificações lendárias foram alcançadas pelas vibrações, ficando parte humanos, parte ser lendário personificado. Dando origem a uma infinidade de novas estruturas personificáveis.

“Jovens anciões conseguiram salva pequenos olhos d’água da fabulosa jóia nativa do lendário reino das águas, e graças a esses olhos d'água conseguiram sobreviver e transitar na dimensão congelada depois de passada as vibrações congelantes. Mas a gotícula primordial do rio lendário ficou congelada na parte superior da grota, e assim eles ficaram ali ansiosos esperando o descongelamento, para que o lendário rio de água viva voltasse a correr trazendo os conhecimentos e os saberes lendológicos de todas as tribos; de todas as eras...”

Segue a baixo uma das observações feita pelo compositor da narrativa lendária acima:

“Graças a gotícula salva pelo seres lendários no estágios aquáticos, as narrativas lendológicas voltaram a se manifestarem nos precisos instantes sagrados eternos seqüenciados, ativando o pensar do imaginante no estágio libertário, lógico, e compreensível dentro do contexto psico-racionalista em que naufragou o pensar imaginante nativo libertário florestano lendário.”

Muitos personificadores mapinguaristas afirmam, que o grito do ser mapinguari nativo florestal, é o que mais tarde veio a ser traduzido como “verbo” iniciador primordial das bio-formalidades genéticas e das minerais vibratômicas perceptíveis e imperceptíveis bio-visualmente.

Outros traduzem o grito como sendo a demarcação do instante em que o ser imaginante se egocentraliza e influencia o seu redor, ou tomando consciência do poder de reagir as influencias do universo externo o qual vivencia e interage.

“No silêncio nos igualamos de alguma forma”.

A explosão de luz que fragmentou-se em pontos brilhantes dentro da grota, trazendo em seguida a escuridão, é um argumento bastante utilizado pelos mapinguaristas, nas defesas das origens ligadas ao Mapinguarismo.

O silêncio presente na narrativa, também representa simbolicamente os seres da aldeia em estado contemplativo interno de aprendizado e comunicação, utilizando ações gestuais e musicais como meio interativo de comunicação tribal. Nesse ponto, a chegada da escuridão dentro da grota pode ser traduzida como o arrependimento, o reconhecimento da ignorância, que faz parte do percurso, e da rotina da aldeia, presente na entrelinhas do fragmento lendário O SER MAPINGUARY, mais precisamente no intervalo em que se dá os exercícios interativo do jovem líder com os aventureiros, isso cria um novo universo de interpretação, nos acorda para algo novo, dentro das possibilidades reais de forma e interpretações do que vivenciamos, algo que bem característico nas variações do Mapinguarianas. E que se dá num instante que é nem passado, nem presente e pode ser ou não o futuro, que é quando entra para o plano do fantástico, maravilhoso, extraordinário e etc.

“O silencio e a escuridão tem aspectos manifestativos semelhantes. Na escuridão olhando do plano bio-visual, todas as coisas são iguais. No silêncio da verbalização oral, olhando do plano bio-auditivo, podemos afirma que somos todos iguais estando num mesmo ambiente contextual. Ou seja, somos só seres humano quando silenciamos nossa consciência e as nossas psico-realidades interiores, para o ambiente externo.”

“Quando reagimos ou expomos verbalmente o que pensamos, nos diferenciamos dos outros; expomos nossos contornos intelectuais individuais; destacamos-nos como individualidade; particularizamo-nos; tornamos visíveis os nossos contrastes sentimentais emotivadores. E assim como a luz que ao invadir a escuridão, revela detalhes e formas que ainda não eram bio-visualmente perceptíveis. Temos o nosso momento de Deus. É na oratória, que os nossos aspectos singulares complementares de caráter e personalidade, condicionados historicamente, se destacam comunitariamente”.

O som, assim como a luz que invade a escuridão da grota úmida, acentua pormenores do que existe no local; detalhamentos que só assim podem ser identificados. Que é a essência do manifestante lendológico. Isso arrazoa a existência de outras máximas mapinguaristas que dizem:

“A palavra (o som, o verbo) é a luz do silêncio.” Ou “O silêncio é o contexto cósmico passivo que dá a possibilidade da palavra existir, e vice e versa.”
“Ao vibrarmos, nos tornamos perceptíveis ao externo; nos fazemos luz ao exterior.”
Dentro do Mapinguarismo também encontramos algumas decodificações quanto a nomenclatura MAPINGUARI que merecem destaques. Normalmente essas decodificações nomenclaturais seguem um padrão de associações de significados, aparentemente isolados que vão se complementando, algo que tem origem nos personificadores Sementistas:
“A letra ‘M’, que a primeira letra na nomenclatura Mapinguari, simbolizar a onda no universo esotérico; o vibracional manifesto gráfico simbolicamente representado, é o vibrante que torna-se palpável, contactável e imperceptível bio-visualmente. Nisso o seu significado se assemelha em características, aos Seres Mito Lendários Nativos Florestais Acreanos, as essas estruturas lendológicas que aqui denominamos como: Mãe das Água, Bôto, Mapinguary, Curupira e etc. Sem a vibração verbal, o ser mito lendário é algo latente, vibrante; onírico, mas comprovadamente sólido, com uma essência imaginante estrutural culturalmente resistente.
Com a verbalização da nomenclatura Mapinguari, condensamos a principio, o intuitivo ancestral formal compressivo, que é representado simbolicamente na letra “M”. É assim que o ser lendário se manifesta, transita e sobrevive personificado nas narrativas nativas rurais e urbanas. É através da vibração do boca a boca; dos contadores de histórias da floresta. É através da atividade sonora vocal cultural nativa florestal da contação de história que eles ganham vida. E dentro do contexto lendológico, “ganhar vida”, esta associada ao ser liquido, a água.
A palavra Água como já vimos, tem no seu inicio a letra ‘A’, que é a primeira representação geométrica sonora do alfabeto que é um conjunto de variados símbolos geométricos, que utilizamos para traduzir as sonoridades verbais, graficamente. A letra ‘A’ é o que dá vida; que possibilita a primeira silaba do nome ‘MA’PINGUARI.

Como dizem os Uiaristas; A Água, no seu aspecto visível transparente color e incolor, é uma parente próxima da vibração etérea e onírica formal que estrutura os seres lendários, que os condensa vibrantemente, que os fazem seres oníricos imortais, sobrevivente atemporal, extra-sensórios; é o que os traz a luz da consciência do ser imaginante criativo e ilimitado que somos. O ‘A’ no seu aspecto geométrico, é tido como a representação do primeiro degrau da torre das sustentações fonéticas lingüísticas humanas congeladas. Na letra “A”, podemos ver o primeiro degrau de uma escada que segue em direção ao infinito. Bem como também, um triângulo suspenso por duas colunas.
A palavra “ARTE” que começa com a letra “A” esta associada a capacidade criativa; o imaginante criante se externando sem um limite preestabelecido.
Como dizem os lendologos:

“Somos imaginantes, e não racionalizantes”.

"Pessoas com acentuada atividade criativa tem mais disponibilidade de material subliminar dentro do campo externo perceptível. Torna os objetos em acontecimentos artísticos, os isola dos acontecimentos da vida , das rotineiras associações nas quais rotineiramente se apresentam a maioria das pessoas. Por isso termo Lendológia pode parecer estranho. "

A letra “m” minúscula, desde a antiguidade é tida como símbolo das ondulações na superfície da água, por isso é usada como representação simbólica oficial do signo do zodíaco AQUÁRIO. E esse “MA” no inicio da palavra MAPINGUARI, dá a esse ser lendário o status de ser lendário da era das águas doces das florestas. Não é por acaso que ele é considerado uma das grandes vedetes da linguagem cósmica dialética lendária nativa florestal dentro e velho e sempre novo tempo, pois foi estruturado para exercer está função.

O “M.A.” no contexto lendário da nova era, é traduzido como as letras iniciais de “Milênio das Águas” ; “Movimento das Águas” ; “ Milênio de Aquário” e etc.

O ‘M’ dentro do lendarismo, também simboliza a onda; a vibração que torna possível a percepção de algo inalcançável bio-visualmente. O ser Mapinguari depende da verbalização, da sonoridade oral para se fazer perceptível oniricamente. O que faz com que o seu compositor narrativo lendário se assemelhe a um deus onipotente manifesto, o criando e através da oralidade, e narrativamente o acompanhado, dando vida e narrando suas ações.
A letra “P” de PINGUARY, representa o Principio gerados pelo “MA” , o Palpável a parti dele, a PERCEPÇÃO, a consciência de algo e a ‘P’ercepção, disto na prática. É a parti do movimento da águas que nos dá vida, que chegamos a esse Principio, ao Ponto iniciador, que pode ser traduzido como o movimento que começa com um Pingo d’água. Como dizem os Uiaristas:

“Quem mora no fundo da água, a ultima coisa que vai descobrir é que existe água.”

Nesse caso “P” representa essa Percepção, que está ligada ao invisível vibrante, simbolicamente representado pelo “m” minúsculo, e o físico palpável representado pela letra “A” de Água. É o espírito do entendimento do imaginante, flutuando sobre as águas que vai dá inicio a criação, Ou seja, sobre a origem da vida na terra por intermédio dele. Quanto a esse pensamento do ser flutuando sobre as águas no principio de tudo, e que se relacionam ao primordial grito do ser mapinguary está clara uma posições Uiaristas, e por falar em uiaristas temos algumas afirmações bastante polêmicas desta extensão no que diz respeito a parte que chamamos de crosta terrestre, vejamos:

“A crosta terrestre é o grande meteoro que se chocou com o nosso globo líquido, e precisa ser extraído para que as vibrações harmônicas do nosso imensurável compreender volte a se estabilizar e nos harmonizar como grupo”.

É dos IARAISTAS essas palavras: “Um Igarapé; um rio; um dilúvio, começa com um pingo d’água.”

O “P” de PINGO seguindo da palavra ARY. A palavra ARY tem origem hebraica, e significa o mesmo que o rei das selvas, o que faz com que dentro desta abordagem lendológica, esses fragmentos silábicos sejam traduzidos, como o pingo d’água que deu inicio o movimento do império das águas doces na floresta, “o pingo d’gua rei das selvas.” que tem variações na sua escrita, como por exemplo, PIN'AGUARY.
Não é por acaso que um PINGO D’ÁGUA seja o símbolo oficial de LENDOLÓGIA. O pingo é uma das muitas chaves de acesso e introdução ao pensamento nativo florestal dialético compreensivo universal lendológico. (...)

A letra “I” dentro desse contexto decodificativo esta ligada a ‘i’ara, a Mãe das Águas; aquela que deu origem a água, e que portanto tornou possível a vida em nosso planeta. E nesse aspecto o “I” está relacionado ao instante em que o ser busca resposta do porque da vida; de quais os propósitos da existência; qual a razão das coisas serem da forma como se apresentam. A palavra Mapinguary também pode ser escrito com “Y”, já esse sinal alfabético está ligado a uma grande variedade de significados, mais acentuadamente aos relacionados aos lendários festeiros das águas da região amazônica. Podemos encontra-lo no caminho grafosimbolico do aperiódico Ouryçom, o rito tribal florestano, que tem variações como a LENDA POP FESTA que acontece no final da caminhada do lendário caminho das águas doces.
No contexto Mapinguariano existe uma grande diversidade de traduções simbólicas lendárias. Entre elas vamos encontrar os famosos acrósticos. Que nos revelam uma outra realidade embutida nas variadas forma de escrever a palavra MAPINGUARY, MAPINGOARY, MAPINGUARI E ETC. Todas elas com razão de ser como são.

Na próxima parada do caminho, o guia narra lendas muito interessantes, que vem preencher alguns vazios no que alguns definem como inconsciente, entre elas a lenda das malocas e dos cocas indígenas. Que fazem parte de série de contos nativos conhecidos como AS HISTÓRIAS MÁGICAS DO REI DE MARACÁ:


A LENDA DAS MALOCAS

Há muito tempo atrás, os índios viviam como uma grande família no meio da floresta, ali encontravam que precisavam para sobreviver, eram felizes, costumavam fazer festas nos período de floração e frutificação das arvores. Porem, nos dias de chuva e ventos fortes, essa realidade mudava, era um corre-corre geral todos buscando um lugar para se proteger dos pingos da chuva. Isso causava alguns transtornos para os nativos que viviam buscando uma forma de solucionar esse problema. O tempo passou, até que num belo dia de primavera, nasceu Araiu, um curumim muito esperto e brincalhão, que adorava imitar os cantos dos passarinhos. Os passarinhos gostavam muito do índiozinho Araiu, Quando passava os dias de chuvas Araiu costumava caminhar pela floresta examinando as árvores para vê se os ninhos de seus amigos estavam em seus lugares. E foi depois de um desses dias chuvosos, que Araiu saiu para examinar as árvores, que se deparou com um ninhozinho no chão, virado de cabeça pra baixo, e como de costume abaixou-se e com muito cuidado o desvirou. Para o seu alivio, o ninhozinho estava vazio, mas o local onde o ninhozinho estava o solo estava seco. Curioso, Araiu passou um bom tempo ali observando aquele detalhe inusitado, e pensou então ; "Se eu fosse do tamanho de um passarinho, nos dias de chuva podia ficar debaixo de um ninhozinho, e me proteger dos pingos da chuva e dos ventos frios que vem depois dela”. Araiu achou a idéia muito engraçada e começou a ri, depois pegou o ninhozinho com cuidado e o trepou na arvore. Voltou pra casa cantando de felicidade, pois achava que tinha encontrado uma idéia para solucionar os problemas que os dias de chuva causavam a sua tribo. Foi direto fala com o grande chefe. O chefe olhou meio desconfiado para o índiozinho, e sem muita empolgação pediu que Araiu explicasse a idéia para acabar com o sofrimento da tribo nos dias de chuva. Araiu então disse:

Reúna todos os índios e mande irem procurar da grande árvore onde mora o grande pássaro que nos dias de chuva abana as asas tangendo as nuvens para cima da aldeia.
Pra que? Pergunto o chefe.
Para eles subirem na árvore e derrubam o grande ninho e vira-lo de cabeça pra baixo, pois quando a chuva chegar todo podem se esconder debaixo e ficar protegidos dos pingo da chuva.

Por alguns instantes o grande chefe ficou olhando em silencio para o índiozinho Araiu, tentando imaginar de onde o curumim tinha tirado aquela idéia, em seguida deu uma gostosa gargalhada, e mandou o índiozinho tira aquela idéia da maluca da cabeça e fosse brincar com os outro curumins, pois essa história de pássaros gigantes era coisa do espírito do velho índio da floresta que costumava soprar essas histórias maluca no ouvido das crianças que brincam sozinhas na mata. Araiu muito triste, logo todos ficaram sabendo da história, Araiu passou a ser o centro das brincadeiras dos nativos, todos riam dele. Mas ele tinha um amiguinho chamado Otob que foi o único que não riu da sua idéia, e prontificou em ajuda-lo a procurar o grande ninho.
Como era de costume na grande tribo, antes de saírem para uma caçada ou uma colheita, os nativos iam até o espelho rio ouvir os conselhos do espírito das águas. Os curumins caminharam para beira do rio, chegando lá, sentaram no barranco e pediram para que o espírito do rio mostrasse a direção em que deveriam seguir para encontrar a morada do grande pássaro. O tempo foi passando, e nada de ouvir o espírito. Resolveram então chegar mais perto das águas, e já cansados passaram a observa as borboletas que voavam na beira do barranco, algumas se alimentavam do solo, outras se alimentavam nas coisas flores bonita que brotavam das arvores. Araiu começou a sonhar pensando como seria bom se soubesse voar, ele ia visitar as arvores, principalmente as floridas, ia puder alcançar os galhos mais altos e colher as frutas madurinhas para saborear. Ia procurar uma grande árvore de galhos bem fortes e construir um ninho bem bonito para ele morar. Cansado os dois curumins resolveram voltar para a tribo. No caminho de volta Otôb perguntou o que espírito do velho do rio tinha falado para o Araiu. Araiu contou o sonho que teve quando olhava para as borboletas. Otôb ouviu e ficou maravilhado, e disse que também tinha sonhado que era um pássaro, e contou para Araiu, os dois seguiram pelo meio da mata sorrindo, cantando e balançando o braço imitando passarinhos voando, até chegarem na aldeia.
Chegando lá, foram logo dormi, e Araiu novamente sonhou que era um pássaro e que voava por cima da floresta até chegar numa lugar muito bonito, onde tinha uma frondosa árvore e nela construía um grande ninho, depois o jogava o ninho no chão e o ninho caia virado de cabeça pra baixo, produzindo um estrondo, que todos os índios da floresta corriam até para ver. Araiu acordou assustado, o dia estava nascendo. Foi chamar seu amigo Otob, e disse a ele sabia o que tinham que fazer, eles não iam procura a grande arvore com o grande ninho, eles iam procura a maior arvore que tivesse ali por perto e contruiriam o grande ninho, como tinha sonhado. E assim saíram pela floresta até encontrar uma árvore bem grande, e começaram então a construção do pequeno grande ninho. Apesar do esforço, logo descobriram que não era tão simples organizar cipós, folhas e galhos de uma maneira que ficassem bem firmes. Depois de varias dias sem sucesso, resolveram então observar os pássaros, e aprender como eles faziam para trançar os gravetos para ficar bem firmes e seguros. Finalmente aprenderam à lição e retomaram a construção do grande ninho.
Os nativos notavam a estranha movimentação dos curumins, e ficavam tentando entender o que Araiu e Otob estavam fazendo com tantos cipós e pedaços de galhos de árvore. Os dias passaram e o grande ninho ficou pronto, tinha um tamanho que cabia os dois curumins dentro. Os nativos diziam que os curumins estavam sendo possuído pelo espírito do velho índio do rio, e que mais cedo ou mais tarde a mãe das águas iam leva-los para o fundo do rio, assim como levou o velho índio.
Veio então um dia em que o vento das asas do grande pássaro empurrou as nuvens de chuva pra cima da tribo. Araiu e Otob correram para a grande árvore. Alguns índios curiosos foram ver o que dois iam fazer. Os pingos começaram cair, os dois subiram na arvore e jogaram o grande ninho, O grande ninho caiu no chão virado de cabeça pra baixo, mas com impacto ficou todo torto. Meio desorientados os curumins buscaram uma maneira de conserta-lo. Os pingos foram se intensificando, e os dois começaram a gira entorno do grande ninho procurando uma forma de entrarem, mas na hora da construção não pensaram que seria preciso fazer uma entrada. Os nativos que assistiam a cena, começaram a ri, e partiram para dentro da floresta buscando lugar para se protegerem da chuva.
Passado o vendaval, os nativos voltaram para grande clareira. Os que chegavam iam deixando uma pedrinha no centro da clareira, pois assim sabiam quem tinha voltado ou quem estava faltando.
No final da contagem das pedrinhas, faltavam duas. Era as pedrinhas de Otob e Araiu. Todos então saíram à procura dos curumins, rodaram por todos os cantos e nada, e já estavam desistindo, quando alguém teve a idéia de ir procura-los na árvore onde eles tinham construído o grande ninho. Chegando lá vasculharam tudo e nem sinal dos curumins. Já estavam achando que a mãe das águas os tinha levado para o fundo do rio, quando alguém então resolveu verificar debaixo do pequeno grande ninho, olhou por um fresta entre os galhos e então viu os dois curumins dormindo, tranqüilos como se nada estivesse acontecido, o nativo foi correndo avisa ao grande chefe, todos correram para ver onde os curumins estavam escondidos. Foi um alvoroço geral, todo queriam ver os curumins enxutos deitado debaixo do ninho, os índiozinhos acordaram assustados, a confusão foi tão grande que os nativos findaram por quebrar todo o ninho. Araiu e Otob choraram muito. O grande chefe chamou todos para uma grande reunião, e disse que o espírito da floresta tinha falado com a grande aldeia através dos curumins, mostrando para eles uma maneira de amenizar o sofrimento nos dias de chuva, e que ia ajuda-los também protegerem-se do calor da grande bola de fogo que passava no céu clareando o dia.

Muitas luas se passaram. Todos os dias os nativos saiam a procura de uma grande árvore para construir o grande ninho. E novamente Araiu e Otob tiveram a idéia de construir o grande ninho no chão da clareira no meio da floresta, ouve muita discussão, mas por fim o grande ninho foi construído. E os dois curumins passaram a ser chamados de pequenos grandes chefes debaixo do grande ninho.

O tempo foi passando e a tribo aumentando, e eram frequentes as brigas por um espaço debaixo do grande ninho. Araiu estava crescido e se sentia culpado pelas brigas debaixo do grande ninho, e um belo dia saiu para observar os passarinhos na esperança de novamente encontrar uma solução que ajudasse sua tribo. E observando as pequenas aves, percebeu que cada casal de passarinho construía seu próprio ninho. Feliz da vida ele voltou para aldeia e pelo caminho foi recolhendo penas coloridas que ia encontrando pelo chão, fez uma tira de envira e as amarrou em forma de circulo na cabeça, para se sentir como um pássaro. Ao verem Araiu chegar debaixo do grande ninho com as penas coloridas presa na cabeça, foi uma gargalhada geral. Araiu falou para todos que o espírito da floresta tinha falado com ele novamente, e que tinha chegado o momento de todos os índios viverem como pássaros, cada família teria que construir o seu próprio grande ninho.
A parti desse dia acabaram as briga debaixo do grande ninho. Cada grupo escolhia os mais próximos, e construíam seus grandes ninhos particulares em lugares diferentes espalhados pela floresta. Quando os novos curumins atingiam a maturidade, a tribo fazia uma grande festa e entregavam a eles um circulo de pena para usarem na cabeça, e acompanhados dos velhos eles iam construir os seus próprios ninhos, para viverem com uma nativa que eles escolhiam. E até hoje, andando pela floresta ainda encontramos grandes ninhos de cabeça pra baixo abrigando grandes famílias.

"A natureza ajuda quem ajuda dela."



Nessa caminhada, chegamos numa cabana com o formato de uma grande flor, rodeada por belos jardins circulares que lembram fontes jorrando. Entramos e seguimos até onde estavam expostos pequeno frasco feitos de latéx, contendo uma variedade de perfumes e essências extraídas da floresta. Cada um escolhe a fragrâncias que lhe agrada, retira o frasco e sai em direção a um pequeno coreto em frente a cabana. É feita uma homenagem ao rei dos beija-flores. É feito a iniciação dos caçadores de beija-flores da aldeia dos contadores de histórias floresta. Um ritual em que utilizam pequenas peças artesanais feita com sementes e penas coloridas, que seguindo uma ordem de movimentos associados com os sentimentos do manipulador, faz com que as peças ganhem significados elevados, e como num passe de mágica ganham formatos de pequenos beija-flores que ficam presos pelo bico na mão do manipulador.
O Guia entrega pequenos potes feitos de borrachas contendo mel de abelha em colares feitos de fibras vegetais. Os auxiliares cantam musicas exaltando a paz e o amor. Surgi o espirito das flores e nos conduz ao jardim onde é narrada A Lenda do Reino dos Beija-flores.
Obs. A lenda do reino dos beija-flores” é uma dessas histórias que transcender o autor e a própria história em si. Está ao alcance da compreensão de adultos e crianças. Nos leva as mais variadas reflexões, depende para isso, do grau intelectual de quem a ouve. Com certeza todos já ouviram essa Lenda sendo contada de alguma forma. Talvez com outros personagens. Mas a mensagem permanece a mesma: “O amor puro e sincero pelos nossos semelhantes tem uma força transformadora poderosa. Alguns podem até paralisá-la por algum tempo, mas detê-la, jamais”.
Essa lenda voce pode ler no www.clenilsonbatista.zip.net

segunda-feira, 23 de março de 2009

Água Como Elemento Lendário

Aproveitando que todo dia é dia mundial da água vou posta novamente um trecho do caminho das águas doces que acentua esse elemento imprecidivel para manutenção da biodiversidade terrestre.

UMA LÁGRIMA CÓSMICA


No começo dos tempos, existia uma batalha que parecia infinda, o frio e o calor não se entendiam, a mãe natureza fazia de tudo para pacificá-los, mas sabia que só um milagre seria capaz de resolver a situação. Um dia já bastante cansada, a mãe natureza sentou-se num canto, e ficou olhando o frio e fogo se degladiando, uma tristeza imensa a envolveu, ela então baixou a cabeça, e do seu olho direito germinou uma gotinha que rolou pelo seu rosto, e foi cair entre as duas criaturas.

A mãe natureza pensou: - “Coitada dessa frágil criaturinha, vai ser massacrada."

O calor com sua luz abrasadora, aproximou-se da gotinha, mas a gotinha dividiu a luz em varias cores. O calor chegou mais perto, e a gotinha reagiu evaporando, afastando-se, indo em direção ao frio, enquanto se movimenta vai juntando suas partes dilatadas pelo calor, voltando a ser novamente a poção líquida. Ao se aproxima do frio ele tenta envolve-la, mas rapidamente a gotinha reagi ficando mais densa, o frio aproximou-se mais pouco, a gotinha então solidifica-se e escapa voltando em direção ao calor, e assim ela ficou, indo pra lá e pra cá, pra lá e pra cá.
Ao ver a cena a mãe natureza sorriu pela primeira vez, e seu sorriso gerou formas lindas que foram se juntar a gotinha que parecia tão frágil, mas em tanto era mais forte que a mãe natureza imaginara. Sobrevivia ao ataque do frio e do calor.
E nesse vai e vem a gotinha ajudou o frio perceber que existia algo além do frio e o calor por sua vez, percebeu que existia algo além do calor. E a frágil criaturinha tornou-se então uma mensageira entre eles, com o passar do tempo, frio e calor foram acalmando-se e aprendendo a conviver com suas diferenças. A Mãe Natureza feliz da vida, batizou a gotinha com o nome de planeta Terra, e com seu sorriso de felicidade foi dando vida a beleza que iam se juntar a gotinha, e até hoje a gotinha feliz dá vida dança girando pelo espaço iluminado. E entre esses presentes gerados pela felicidade da mãe natureza, teve um muito especial ao qual a mãe natureza deu o nome de ser humano, esse tinha a missão de manter a gotinha sempre bem cuidada e limpinha. E em troca a gotinha cederia parte do seu corpo para o ser humano solvesse e assim sobrevivesse e se multiplicasse. Mas com o tempo alguns humanos esquecerem que eram um presente divino, gerado pela mãe natureza para viverem e cuidarem do planeta terra, mantendo a gotinha sempre limpinha para que a mãe natureza continuasse sempre sorrindo. Mas a maioria dos seres humanos continuam reconhecendo a gotinha como uma dádiva preciosa, e tem a consciência da responsabilidade que lhes foi dada pela mãe natureza, e assim se organizam e tomam atitudes para o êxito da missão que lhes foi dada, se reúnem para traçar estratégias, redigirem documentos que assegurem a proteção e preservação a nossa gotinha. E um desses documentos foi lidade das reservas atualmente disponíveis.


8 - A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.


9 - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.


10 - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

"As aparências às vezes enganam.” Uma gotinha d'gua pode fazer a diferença, não esqueça que um igarapé, um rio, um dilúvio, começa com uma gotinha de água”. redigido por um grupo que no período da transição milênica ficou conhecido como ONU (Organização das Nações Unidas) e foi intitulado "A Declaração Universal dos Direitos da Água", que tem o seguinte conteúdo:


1 - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos olhos de todos.


2 - A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.


3 - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

4 - O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.


5 - A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.


6 - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.


7 - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.


8 - A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.


9 - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.


10 - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

"As aparências às vezes enganam.” Uma gotinha d'gua pode fazer a diferença, não esqueça que um igarapé, um rio, um dilúvio, começa com uma gotinha de água”.

terça-feira, 17 de março de 2009

Simbólicos e Signos do Lendário "B"

O Aventureiro retornou a Colônia Cósmica (1). A jovem Lua o conduz até a casa de Otob, entrega os manuscritos do seu Pêdo Mensageiro com as informações sobre a era das águas doces. O jovem segue até a cabana, arma a rede para descansar um pouco, Mas está curioso para daber o que seu Pêdo escreveu, deixa a mochila num canto, e dá inicio a leitura:
“Aventureiro, como prometi, ai vão alguns pontos para que voce entenda um pouco mais sobre isso que defino como a era das águas doces das florestas. E vou começar com uma síntese dos seus elementos simbólicos significativos.
Acho que está preparado para ler alguns ensaios lendológicos. Esse termo pode parecer estranho, mas no decorrer da leitura você vai se familiarizar e entender melhor o que quer dizer. Vamos aos elementos considero fundamentais para que tenha uma idéia do contexto intelectual em que vamos caminhar:”

1 - A MÃE DAS ÁGUAS
2 - A COBRA GRANDE
3 - O MARACÁ
4 - O BOTO
5 - O BEIJA-FLOR
6 - A ABELHA


1 – Mãe das águas - É o ser que gerou o elemento água, o elemento responsável pelo surgimento e a manutenção da biodiversidade em nosso planeta. É bom lembrar que a existência humana depende dela, que sem água o ser humano não viver. A era de aquário, ou era das águas tal como entendemos, não chegaria se não existesse água. Por isso a mãe das águas esta ai como o primeiro elemento da lista. Pois ela é a responsável, é quem torna possível o contexto em que se realizar a era das águas.
2 – Cobra Grande - Ou grande serpente como queira, desde os tempos mais remotos representa a energia no seu estágio etéreo vibrante, ou seja, tudo o que nos chega a consciência ou que está além do alcance da nossa bio-visão chega até nos através dela. Por exemplo, o som da nossa voz; as sonoridades que se manifestam através das traduções desses símbolos alfabéticos que você esta lendo e ouvindo nesse momento. A serpente simboliza o que torna possível qualquer tipo de comunicação, é a intermediária mensageira dos comunicantes. Sem ela não existe mensagem, não existe comunicação, é através dela que recebemos as informações durante a nossa existência. Tudo que voce sabe, foi que trouxe até você, e isso se deve a existência do seu ser, do seu corpo, do corpo que só existe, graças à existência da água. A crosta terrestre e toda abóboda celeste é a grande serpente nos atraindo. Somos-nos os decodificadores autônomos ou orientados, dessas informações, os sistematizadores das informações que ela nos traz. Voce sabe o que sabe, graças a existência e os encantos da grande serpente.

3 – Maracá ou chocalho - É o instrumento indígena que a milênios foi idealizado para servi como um livro auxiliador ao imaginante no período da grande transição das nossas relações sociais humanas. Com ele o imaginante compreende, e de alguma forma pode se sentir um Deus; se sentir o senhor e entender de alguma maneira o principio criador dos universos vibrantes perceptíveis e imperceptíveis biovisualmente. Pois o maracá é na verdade o sábio livro nativo imemorial deixado pelos nossos ancestrais e que pode ser lido de diversas formas. Para que voce entenda melhor essa idéia, podemos dizer que um livro é onde se pode ler alguma coisa, vou fazer uma exposição dos elementos que compõe esse instrumento e seus significados para que voce entenda a relação que uma coisa tem com a outra:
a) A parte de cima do Maracá é esférica. O esférico simboliza a eternidade; o sem principio, nem meio, nem fim; um todo existente e inexistente em si mesmo.
b) Dentro dessa parte esférica são colocadas as mais variadas sementes. Essas sementes ai paradas representam o caos dentro contexto eterno representado pela esfera, do aparentemente desarmônico.
c) Quando movimentamos o maracá, o atrito das sementes com casca do fruto de cabaça produz uma vibração sonora, algo que definimos como som, harmonia. Ou seja, do caos sai a harmonia, e ai então podemos ver o maracá como a representação do que o cientificismo classifica como partícula , e o som que ele produz como sendo a representação do que definem como onda.
Tudo que percebemos externo ao nosso ser, são condensações palpáveis e perceptíveis vibrantes. Portanto, ao segurar o maracá e faze-lo vibrar, o nativo torna-se a representação simbólica do principio que gerou esse todo perceptível energético vibrante. Ou seja, passa a ser uma representação simbólica do Deus criador miniaturizado. É assim que o nativo lendário acessa a consciência de que é uma individualidade, mas com o poder de intervir; articular; transformar; de possibilitar que o possível e o aparentemente impossível se realizem nele.
Por exemplo, o que queremos para nosso planeta? Com certeza queremos paz, amor, felicidade, conforto, o que for possível para que esse planeta seja um lugar de reposição de energia, de elevação espiritual, sem a necessidade de conflitos desnecessários, inconvenientes. Dentro dos profetismos terrestre, existe a previsão da chegada do período em que o ser humano alcança esse ideal, é período conhecido como era das águas ou era de aquário, como queira. Que o período em que a água passa a ser o centro da atenção humana. É o ser humano observando esse elemento liquido absorve ensinamentos sutis alcançando a consciência do poder que possibilitara tirar a era das águas do plano considerado como utópico, trazendo para o plano que equivocadamente se defini intelectualmente como realidade palpável.
4 – Boto* - É o mensageiro oficial da era das águas, é o peixe encantado que se transforma em gente. Ele melhor do que ninguém, conhece o universo líquido, e portanto, pode falar da água com conhecimento de causa, pois tem as informações precisa dessa outra realidade. O Boto é o ser que tem a capacidade de mudar de realidade sem perde a essência, é o ser preparado vivenciar e orientar o ser humano dentro da era das águas, capacitado para comandar a revolução sócio psico-ambiental, de forma tranqüila, sem conflitos psico-existenciais, pois conhece e domina os dois universos, o Boto é o senhor da era das águas, apto para comandar as mudanças dos ultrapassados paradigmas sociais humanos. E no novo milênio ele se revela para o mundo no leito do Rio Branco, (Cidade de Rio Branco) que é conhecido no contexto lendológico como a aldeia dos Atlantas das águas doces, ou, o continente perdido das águas doces amazônica.

Obs. Detalhes mais aprofundados do lendário Rio Branco você vai encontrar no Lendário B.

5 – Beija-flor - É um dos elementos que estruturamos para fazer parte da natureza e posteriormente usa-lo como instrumento de incentivo a prática imaginativa, que vai ajudar a condicionar os humanos a absorverem o estado de espírito irmanante da nova era. É com o beija-flor o ser boto encanta os nativos, os fazendo transcenderem a condição de seres humanos, passando condição de mensageiros alados no grande jardim no novo mundo, e esse encantamento se dá através de um ritual muito simples.

Obs. Os detalhes da utilização e da forma como esse elemento é usado para o grande encantamento planetário voce vai encontrar na LENDA DO REINO DOS BEIJA FLORES que é um capitulo a parte desses manuscritos.

6 – Abelha – Representa o ser humano encantado, já agindo dentro do contexto profético definido como era das águas. É o ser transitando na terra transformada num imenso jardim de beija-flores e flores humana, encantado agindo como a abelha campineira que depois de adquiri toda experiência no interior da colméia, no período de floração sai desse convívio e vai colher o pólen para produzir o mel, é o ser humano colhendo as melhores idéias e transformando em mel em forma de livros, quadros, músicas, poemas, de histórias e etc.

No lendário B, tem as informações complementares para que entenda melhor a era das águas doces dentro do contexto florestal amazônico. Mas antes de entrar nesse contexto, não esqueça, que em lendológia “Tudo é questionável”, a única coisa inquestionável, é a capacidade e o direito primordial intransferível que voce tem e todos nos temos, de a tudo questionar.










O LENDÁRIO
B
“A ERA DAS ÁGUAS DOCES”

Com a chegada do ano 2000 tem inicio a fase de transição de contagem dos dias do novo milênio. A preservação e manutenção dos nossos mananciais aqüíferos está na ordem do dia, chegamos a era das águas ou era de AQUÁRIO. A água é a grande vedete, o centro das discussões no planeta. Chegamos no período das grandes transformações sociais, comandada pelos Atlantas do continente perdido das águas doce, os lendários BÔTOS do Rio Branco.

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* Bôto – O lendário peixe encantado das águas doces amazônica que transmuta para forma humana e vice-versa.

Existem símbolos e sinais significativos deixados pelos nossos imemoriais ancestrais, esperando o momento certo de serem decifrados. Para as decodificações desses sinais utilizamos a consciência e a linguagem definida como lendológica. E vamos usa-la na primeira etapa dessa nossa viajem, começando com uma pequena serie de perguntas e respostas:

1) Onde tem inicio o movimento social revolucionário do milênio das águas?

“Na cidade de RIO BRANCO, a eterna capital do antigo e sempre novo mundo, está localizada no meio do continente amazônico, mais precisamente num território do estado do Acre-Brasil”.

2) Como afirmar que Rio Branco é a capital do antigo e sempre novo mundo?

“ Rio Branco é o rio lendário dos nativos imaginantes libertários. Local onde se encontram os lendários humanos peixes Botos mensageiros das águas. Vamos usar a metodologia da abordagem decodificativa lendológica do nativo no contexto florestano lendacreano. Que dá o acesso aos detalhes que possibilita esta afirmação”.

3) O que é linguagem lendológica decodificativa?

“É a linguagem ancestral, em que os seres mitos lendários populares são arquivos e fontes dos conhecimentos e saberes imemoriais estruturados”.

Olhando pelo prisma racionalista, a linguagem lendológica pode ser comparada ao que os místicos, esotéricos e etc. Definem ou compreendem como terceira visão. Ela nos permite o acesso a outras realidades de "infinitas" possibilidades, onde o ser assumi sua essência aventureira inter-dimensional sem fronteiras; transitando pelo remoto, pelo impensado, pelo ausente presente, pelo obscuro, pelo aparentemente insondável, ou seja, volta a respirar com a intransferível liberdade individual coletiva, saindo da paralisia congelante do racionalismo lógico, adentrando o plano do imaginar imensuravelmente. É o ser criante livre das rédeas doutrinárias ideológicas formatadoras de dominadores e dominados. É o nosso antigo e sempre novo modo de lidar com as ilusórias noções geradas pelo intelecto humano, desprendendo-se do espaço-tempo, das lógicas, casualidades, dos psico-valores e etc. É uma volta ao estágio mais humano, o reencontro com o elo perdido entre o visível e invisível. Realidade e imaginação funde-se numa coisa só, proporcionando o retorno aos nossos antigos e sempre novos paradigmas interativos sociais harmonizantes atemporios; aos nossos compromissos confraternos anti-conflitantes administradores da nossa eterna e sempre gloriosa comunidade cósmica nativa florestana”.


4) E o que é lendológia?


“ Se eu pará para explicar o que é lendológia, deixou de ser lendologo. Suas preocupações fazem parte das nossas lendas particulares. Imagine!!”

"O lendologismo no seu aspecto mais puro, não vem confrontar os ideólogos tribais harmônicos ou conflitantes. E nem por abaixo os nobres preceitos sociais ou anti-sociais, pois tem os seus próprios com os quais se ocupa."

As narrativas lendárias, a principio são usadas como instrumentos experimentais intelectuais para o despertar da consciência de que podemos desenvolver pensamentos lógicos sem precisar sacrificar o nosso instinto primordial de imaginar imensuravelmente; fantasiosamente; prazerosamente.

5) Quais sinais podem nos dá a certeza que Rio Branco é berço da nova civilização da era das águas?

Vamos começar pelo nome da cidade, Rio Branco.

a ) RIO BRANCO - Se é RIO tem água, e se é BRANCO, é de paz; harmonia; limpeza; fusão de todas as cores e etc.

b) A espécie dominante nos rios são os peixes. Olhando pelo prisma do imaginante lendológico, os humanos que habitam o RIO BRANCO são humanos e peixes ao mesmo tempo, pois vivem dentro do Rio. São os seres classificados como os BÔTOS do RIO BRANCO.

c ) Observe que as palavras BRANCO e BÔTO começam com a letra "B". A Letra “B” dentro lendogismo é um elemento simbólico significativo autêntico, ou seja, pode nos proporcionar o acesso a realidade e acontecimentos imemoriais que fazem parte da história da nossa civilização cósmica primordial. É uma das muitas chaves deixadas por nossa sábia civilização, corpórea e extra-sensório, que dá acesso a imperecível psico estrutura administrativa organizacional da qual fazemos parte, aos princípios apaziguadores de relacionamentos que foram se aprimorando através das eras; os nossos saberes ancestrais governantes. Através dele alcançamos um estagio espiritual de entendimento que classificam como captação de revelações divinas, chegamos a consciência do poder individual de torna tudo possível, a capacidade de sobrevoar a orbe terrestre alcançando passado presente e futuro numa espécie de estado de sonho acordado.

6) E como o “B” pode nos dá o acesso e a compreensão desse estágio?

“Dentro do lendologismo, o Rio Branco cercado de verde por todos os lados é conhecida como a ilha aquática do imaginante amazônico imemorial. É o local onde se encontram os nobres cavalheiro da antiga e sempre nova ordem, os pacificadores humanizados encarregado do retorno a origem primordial da humanidade. De tempo em tempo Rio Branco é afundada pelo intelecto humano racional filosoficado para experienciar, e concluir as nossas constantes aventuras intelectuais.
a ) Rio Branco é a capital do estado do Acre, cuja a demarcação territorial tem o formato de letra “B”. Esse “B” é a primeira visão amplificada do “B” sinalizador lendológico estruturado pelo imemorial ancestral coletivo, e que pode ser visto quando ultrapassado os limites da bio-visualidade humana, indo além das ilusórias compreensões perceptivas que foram condicionadas através do aprisionamento do saber sistematizado, metódico, institucionalizado aos quais nos deixamos submeter”.



Olhando o mapa do Acre constatasse o formato de letra “B”, só que o “B” não se apresenta na forma como costumamos ver no alfabeto. Para que a Letra "B" fique na posição que oficialmente conhecemos, ou seja, uma reta vertical e dois pequenos relevos do lado direito, o planeta terra, tal como está na nossa pisco-compreensão espacial, e no desenho oficial do mapa mundi, tem que ser visto virado, ou de cabeça para baixo.

Obs. Dentro do contexto lendológico, esse fato já aconteceu, vai acontecer e está acontecendo, tudo se dá no instante em que adentramos, compreendemos ou vivenciamos isso. Existem fragmentos de registros dos personificadores Botoistas que se referem a esse acontecimento, entre eles tem um que diz o seguinte: “E junto com o planeta foram todas as concepções intelectuais humanas. Pois assim é, foi, e sempre será”. Antes de nos aprofundar nas concepções lendológicas extensivas dos fragmentos lendários como o acima exposto, vamos abrir um parêntese, para dizer que dentro do lendologismo prevalece o imaginar ininterrupto, nada fica sem resposta ou contraposição. Por exemplo, quanto a afirmação acima, os irreverentes e bem humorados camalionistas perguntam: Mas pra que lado fica o lado de cima, ou o lado de baixo, nesse espaço estrelado? Se nos mostrarem isso contribuiremos com o movimento.

Dentro do lendologismo existem extensões e tendencias, tais como o Botoismo e Camalionismo entre outras. Mas as informações detalhadas quanto a essas tendencias e extensões voce vai encontrar no ensaio lendológico O SER MAPINGUARY no caminho sagrado das águas doces. Vamos falar um pouco do camalionismo para que você vá se familiarizando com essas estruturas.

* Camalionistas - São os personificadores da tendência lendológica urbana florestal conhecida como CAMALIONISMO. Camalionismo é uma extensão polêmica que existe dentro do movimento lendológico, embora alguns lendologos discordem e até não a aceitem como uma extensão lendológica autêntica. Mas queiram ou não, os camalionistas são os precursores do movimento lendológico dentro da dimensão intelectual cultural acadêmica racionalista. Por causa deles os lendologos foram obrigados a exporem suas composições lendárias de forma sistematizada, para desfazerem os maus entendidos causados por eles, passaram divulgar o que consideram como autenticas manifestações lendológicas, é a parti daí que surgem as traduções consideradas aceitáveis das narrativas classificadas como narrativos argumetários lendológicos. Podemos dizer que os camalionistas forçaram os personificadores lendarianos a manifestarem-se no universo congelante do grafo simbolismos fonêmicos sonoros alfabéticos, muitos afirmam que tudo começou com a divulgação do polêmico lendário O SER MAPINGUARY, uma peça argumentaria narrativa controvertida, que passou por diversos aperfeiçoamentos, e mesmo a contragosto da maioria dos lendologos, ganhou status de peça lendológica autêntica.

Uma das características dos camalionistas, é o espírito rebelde irreverente e muitas vezes irresponsável que eles geralmente tem, e não é pra menos, o camalionismo nasceu no seio do movimento jovem lendológico. Os camalionistas costumam assumir postura dos personificadores de outras extensões e tendencias lendológicas, tais como: IARAISTA, BOTOISTA, MAPINGUARISTA, CURUPIARISTA OU SERPENTISTA e etc. para Exporem pensamentos críticos ou de duplas interpretações. Os camalionistas tem uma predileção pelo mapinguarismo, isso por razões obvias, o radicalismo que normalmente caracteriza os personificadores mapinguarianos é um prato cheio para extravasarem suas idéias oposicionistas questionadoras. O passatempo preferido dos camalionistas é o de se oporem ou opinar sobre questões extra contexto lendológico, o que costuma gera reações externas, que vai de encontro aos ideais do movimento do imaginante nativo libertário, desvirtuando a postura pacifica que tem os autênticos lendologistas, é isso faz com que os personificadores de todas extensões e tendências se manifestem buscando maneiras de desfazerem os mal entendidos que eles normalmente costumam provocar. Os Camalionistas tem tendencia ao aliciamento dos seres pensantes. Entre eles também encontramos as narrativas, os argumentários luminantes lendarianos que estão em sintonia com os paradigmas lendológicos de aperfeiçoamento, de estudos, pesquisas, desenvolvimento e produções de elementos sócio artístico-culturais nativos florestais, e orientações lendarianas bem fundamentadas, e como é característico a todo lendologo que se preze, eles buscam incessantemente o fundamentar, o arrazoar, o aperfeiçoar das realidades lendárias que compõem.
O que caracteriza os autênticos lendários, é o transparecer da incessante busca por um ponto consensual de compreensão do ser coletivo, sem interferência nas concepções individuais, normalmente estão entre o perceptível e o imperceptível bio-visual, racionalidade e imaginação, sem preocupações proselitistas. Mas isso não quer dizer que não existam lendários com tendências proselitistas, os fragmentos lendários com essas tendências comumente são atribuídos aos personificadores camalionistas.
Os lendários são registros; testemunhos de acontecimentos cósmico imemoriais. É através dos lendários que os lendologos superam as situações historicamente condicionadas dos imaginantes humanizados, rasgam o véu das ilusórias psico-realidades que os sufocam.
Todo lendário polêmico tem origem no camalionismo, fazem parte das posturas descompromissada que muitas vezes eles adotam quanto as questões regimentais orientadoras pacificante do existencial harmônico interativo lendológico.
Os camalionistas costumam transpor as tênues fronteiras em que transita o imaginante livre lendário e os intelectuais racionalistas sistemáticos metódicos academicistas, abrindo brecha para os embates intelectuais desnecessários. O espírito do camalionista, uma hora é uma coisa, outra hora é outra e fazem isso sem o menor pudor, sem sentimento de culpa. Para que voce tenha uma idéia, veja como um camalionista responde uma pergunta relevante para o movimento lendologico autônomo nativo:

- O que é lendológia?
Resposta camalionista:
“É algo que nunca começou e nunca vai termina, ou algo parecido com isso ou totalmente o contrário de tudo isso”.
Ou:
“ Lendológia é um pensar ininterrupto; algo que nunca começou e nem nunca terminou. Em síntese é mais ou menos isso. Mas também podemos dizer que é o contrario disso”.
Nas respostas transparecem a fuga da responsabilidade com a coisa em si, com o que está se expressando, isso é típico dos camalionistas. Em resumo o camalionista se propoem a opinar e responder tudo, sobre qualquer coisa, no aspecto menos radical. Não é por acaso que essa tendência ficou tanto tempo marginalizada dentro do movimento lendológico. Mas como dizem os camalionistas: " Há males, que vem para o bem."

" A gente é bicho do mato, mas tem lendológia e um quintal que não tem tamanho, cheio de fartura."

Vamos fechar essa pequena exposição, mostrando outros textos típicos destes personificadores, nos quais podemos detectar referencia ao externo intelectual não lendológico:

“... E antes dos previsíveis ataques histéricos, dos doutores guardiões das leis gramaticais oficiais, queremos dizer que os lendologos utilizam a linha do anti-intelectualismo benéfico comunitário, ou seja, se você entendeu o que o texto quis dizer; se captou a mensagem que está escrita, está perfeito, o resto é resto."

"Filosofia é a arte de convencer o outro, que ele não sabia nada sobre tudo. E no final outro fica sabendo tudo sobre nada”.

“Filosofia é a metodologia de construir associações de pensamentos ditos lógicos, que está ao alcance de qualquer lendologo idiota que se dedique a desenvolvê-los."

Num apócrifos do lendário O SER MAPINGUARY com um olhar mais apurado podemos encontrar nas entrelinhas referencia a esse externo acadêmico institucionalizado.

“...E diziam os anciões ao jovem líder:

 Não percebe que esses riscos tão inofensivos, tão simples na superfície das folhas, têm uma atração psico-magnética muito estranha?

 Não percebe que são só riscos? Que eles não tem poderes? Que é você que dá poderes a eles!?

 Não percebe a falta de personalidade que tem esses ilusórios intermediários das oralidades?

 São seres frívolos! Sem caráter, estão a serviço de qualquer um. São ridículos, ignóbeis... Não existe uma definição de debilidade extrema a qual eles se encaixem. Estão um pouco além de tudo que posso conceber nesse sentido.

O jovem líder insistia em demonstrar a utilidade dos poderes dos riscos nas superfícies das folhas. E os anciões rebatiam:

 Não percebe a fragilidade, a insolidez, a falta de autonomia desses riscos? São tormentas congelantes, o iludindo com a falsa impressão de que podemos congelar o nosso primordial e imutável pensar incessante.

 Como pode querer que sejam usados como intermediários do saber, do conhecimento, da verdade, no meio do nosso povo?”


Não é demais repetir que quando um argumento ou narrativa deixa duvida quanto a origem de sua extensão, ou tendência lendológica, normalmente são classificadas como camalionistas. Mas não podemos negar que essa é uma brecha que os personificadores lendológicos costumam utilizar para assumirem posturas criticas de contestação, muitas vezes com objetivo de distorcerem ou por em duvida a origem e autenticidade de alguma das extensões ou tendencias lendológicas oficiais, e não muito raro, até opinarem quanto a questões extra lendologismo. Como dizem os camalionistas: “Nem tudo que parece, é”. E por fala em “Nem tudo que parece é”, Vamos a um fragmento lendário bastante interessante que aborda a questão do que é realidade:

... Tá vendo esse riacho correndo, ai!? Todo dia minha filha Lua vem buscar água para fazer as coisas em casa. E o indio Araiu todo dia vem pescar uns peixes para comer. As crianças todos os dias vem aqui tomar banho e brincarem. Mas como voce pode ver, o rio é só uma poção de água corrente, mas para minha filha, o rio é mais que poção de água, para ela o rio é um amigo, que ajuda ela a passa pano na casa, a lavar a louça, a cozinhar a comida e etc. Para indio Araiu, o rio é um prato de comida, é daqui que ele tira seu alimento diário, e por isso vai fazer tudo para que ele continue sempre limpo que tenha sempre peixes. E para crianças o rio é um parque de diversão onde todos os dias elas se divertem. Mas o rio é só um monte de água correndo, mas para cada um deles o rio tem um significado diferente, e conforme esse significado, assim eles se relacionam com o rio.
Os seres humanos são um grande rio, todos vieram da mesma fonte, de uma fonte pura e cristalina, só que no percurso foram sendo poluídos, com conceito, preconceitos, normas, leis etc. etc... Diariamente esses seres humanos pulam, ou são tirados para fora do rio e passam a dá significados para as gotinhas que o compõe, dizendo: Aquele é doutor, aquele outro é advogado, a outra é professora, a outra é governador, outra é prefeito, a outra é juiz, e por ai vai. Na verdade, não existe nada disso, tudo são frutos da nossa fértil imaginação, são valores psicológicos que acreditamos que existem, são quimeras, e conforme nossas crenças nelas, assim passamos a nos relacionar com esse rio que chamamos de humanidade. Acredite! ninguém é mais do que ninguém, somos seres humanos, com uma ainda atrofiada e inexplorada capacidade infinita de criar, interagir e de transformar essa quimera, noutra quimera melhor. Para chegar a nossa verdadeira essência precisamos despoluir o rio, pois água poluída, é água morta, temos que jorrar como água viva.




Voltando ao lendário “B” ainda vamos encontrar alguma coisa ligada a essa questão da água viva um pouco mais na frente:

6 ) A letra “A” de Acre, está associada ao numero 1, Acre é o nome do rio que divide a cidade de Rio Branco, é o caminho que trouxe os aventureiros e exploradores, onde se deram as grandes batalhas entre Brasileiros e Bolivianos e que mais tarde nos elevou a condição de território Brasileiro. Veja que os nomes Bolívia e Brasil começam com “B” . A letra “B” corresponde ao número 2. E dentro do lendologismo, algarismos e letras tem o mesmo valor, mas podem mudar de função conforme seja a abordagem feita pelo lendologo que as utiliza. Tanto podem ser lidas como números ou letras, ou como números e letras ao mesmo tempo, depende da abordagem que o decodificador lendológico emprega.
A palavra água que define o elemento essencial para a bio-existência planetária, tem na sua estrutura grafo-alfabética, 4 letras, começando com a letra “A” acentuada, e termina com a letra “A”. Podemos afirma que a palavra água é formada em algum instante, dentro da contagem que vai do ano 1000 ao ano 2000. (*Para comprova isso os lendologos utilizam um instrumento conhecido como Selo Solar, que será apresentado num momento oportuno. Nesse sistema o ano é 1231, e também pode ser o ano 1 que está no fim e no começo deste numero). No ano 2000, entramos no período de transição do segundo para o terceiro milênio. O numero 2 (dois) correspondendo a letra “B”, 2000 dentro deste contexto é traduzido como sendo “Booo”. Esse “Booo” no lendologismo, é tido como o registro e tradução do primeiro som emitido pelo Botinho lendário ao nascer. É quando ele sai da bolsa liquida para o universo terrestre, e oque também pode ser traduzido como o instante em que o ser deixa de ser peixe e passa a ser humano; é o som do nascimento, quer dizer o surgimento de um novo ser, de uma nova vida, e também pode ser traduzido como a chegada de uma nova era, de um novo universo, isso porque no instante em que nascemos, mudamos toda a estrutura vibrante do universo, o universo passa a ter uma vibração que não existia antes, passa a ser um novo universo, com a vibração do teu ser, do teu coração, e quer o mundo queira ou não, existe um universo antes e outro depois que algo nasce, somos deuses entrando no mundo.
2001 é o ano em que se inicia oficialmente a contagem do terceiro milênio, na tradução lendológica temos ai a palavra “BooA”, é o aviso que entramos na Boa era. A palavra água que simboliza vida, também está ligada a idéia de parto; de dá a luz, que surgiu no período do ano 1000, junta-se agora a palavra BooA formando a frase; Água Booa. E 2002 vem para confirma isso, quando os “O” são elevados a função de representação do vazio, temos e temos então o “BB”. Que representar o ser que nasce, ou seja, o “Bebê”, e também está associado ao ato de tomar água, “Beber”. Juntando tudo, temos ai, “ÁguA BoA de BeBer”, essa é a autenticação da chegada da era das águas doces lendária da floresta, da água viva no planeta. Esses dois “B” são encontrado em palavra que nos remetem a coisas que são tidas como sagradas para boa parte da humanidade como BíBlia por exemplo. A duas letras “B” estão entre as 4 primeiras letras da palavra BorBoleta. Borboleta que não é um ser criado pelo humano, é uma criação divina e é um símbolo de mutação, é o mutante por natureza.

“Água Boa de Beber” para o ser humano, é água limpa, água sem poluição, portanto, água viva.
O termo “água viva” é bastante conhecido e muitas vezes utilizado para expressar um estado de espírito puro, irmanador, pacificador, aquela que sacia toda sede, que pode ser sede de amor, de justiça através da sua pureza e etc. Existem utilizações da palavra água que a relacionam a aprendizado, ensinamento. Os lendologos Uiaristas costumam dizer:

“Viemos todos da mesma fonte; de uma fonte pura e cristalina, mas no nosso percurso fomos poluídos. Precisávamos despoluir o rio e jorrar como água viva.”

“Quando alguém diz que está enjoado da vida; que não quer mais viver, e bebe água para saciar a sede. Está afirmando o contrário do que disse”.

Existem fragmentos em que a água aparece nas entrelinhas, como esse dos Botoistas:

“Os humanos serão pescado, e assim transformados, e para pesca-los temos que encanta-los, transforma-los em peixes”.

Quanto a questão do período em que começa a era das águas no nosso planeta, o ser Boto não encontra dificuldade para prova e a vivencia esse período; de mostrar que já estar vivendo nele. Mesmo com toda a diversidade, contradições teoricas e revelações que existem nesse sentido. O Boto como ser artístico, imaginante livre, tem a capacidade de mudar de realidade. E é com essa capacidade que poe fim as questões que a milênios místicos e esotéricos vem debatendo que é essa que giram entorno da duvida do período calendárico em que se dá essa nova era. Os Botoistas resolveram e resolvem essa questão da seguinte maneira; quando alguém diz que a era das águas começar oficialmente no ano 2045 ou em 2114 e etc. Os Botoistas dizem: Acordem! Estamos no ano de 2045 ou 2114 e etc. e pronto, ta resolvida a questão. Mudar de realidade, é uma coisas que os Botos dominam muito bem.
E falando de contagem de tempo, existe dentro movimento lendológico tendências que não o excluem totalmente a ilusória concepção humana de tempo. Por exemplo, alguns lendologos utilizam algo que equivalente, em que um ano é o mesmo que uma hora, para os que utilizam tal expediente, se estamos em 2009, estamos as 9 horas do primeiro grande dia do milênio das águas. Em 2010 as 10:00 hrs. E assim por diante.

Dentro desse movimento a restauração dos soberanos argumentários apócrifos populares imemoriais amazônicos, revelaram fragmentos narrativos classificados como de fundamentações, autenticação e comprovação da origem dos sinais tidos como lendogeográficos. Entre eles temos fragmentos que relatam ações que levaram a formatação da forma geométrica orientadora que tem o mapa do Acre, vejamos alguns:

“... No principio, as demarcações territoriais sócios tribais, tinham o formato esférico arredondados, estabelecido pela força inabalável e incorruptível dos nossos comunitários compromissos celestes lendológico. Que são os mesmos compromissos respeitados na administração coletiva extra-sensória, que acionou o movimento que deu origem as rebeliões tribais, que geraram as equivocadas investidas conflituais que levaram os nativos buscarem a conquista de território de tribos irmãs. O que se deu quando as tribos passaram a adotar um formato administrativo coletivo, onde um individuo tinha o poder de governa, de comandar a coletividade. Foi a parti daí que os tais líderes passaram a organizar equipes de auxiliares administrativos, institucionalizando métodos de condicionamento psico-intelectual dos nativos, os fazendo obedientes a ordens estruturais ideofilósofica emanadas do corpo administrativo comandante, fundamentados e orientados por ilusórios psico-valores que atravessaram eras, tidos como verdades supremas, mas que felizmente podiam ser superadas”.

“...Foi uma empreitada ego-sistemática que convenceu os nativos, de que eles tinham um destino superior a ser alcançado, e que a expressão desse poder se dava com a subjugação de nativos de outras tribos, tomando seus território de direito primordial inqüestionável”.

“...Foram os eventos conflituais que levaram o estabelecimento das conhecidas demarcações territoriais geográficas que temos hoje, já previstas no nosso contexto cósmico transcendente lendológico. Pois para salvaguarda a extensão esférica e a localização do centro administrativo coletivo pacificador intercontinental planetário dos gloriosos Atlantas das águas doce florestais, a nossa irmandade redesenhou o nosso espaço territorial. Essa foi a forma encontrada para não interferi diretamente na nova experiência intelectual humanizada, e ao mesmo tempo manter a nossa localização planetária destacada entre as demarcações das outras tribos. E pelas razões que todos os lendologos conhecem muito bem, o formato escolhido para o nosso território foi o da letra "B".


7 ) A letra "B" está presente no que existe de mais significativo culturalmente dentro do território lendológico, e tem como autenticadores, elementos que contem a letra “B” e que são reconhecido por todo planeta, como algo com característica singular, e classificado como nativo da região. Esses elementos foram colocados ai como complementos fundamentativos, para que os aldeados, corpóreo e extra-corpóreo, tivessem a certeza do local e conseqüentemente, da missão de reacender a chama da nossa velha e sempre nova ordem. Um desses elementos sinalizador e autenticador territorial, é um produto gerado a parti das árvores seringueiras, do Rio Branco de leite vegetal que jorra delas, o látex com o qual é produzido a BORRACHA. A Borracha tem uma função importante na estrutura da nossa realidade lendária, é o elemento com a função estratégica de atrair os nativos pioneiros restauradores do novo tempo, para povoarem e reproduzirem os veículos corpóreos que fazem parte da nossa legião restauradora revolucionária lendariana, que dá inicio ao estabelecimento do monumental movimento profetizado como nova era das águas.

8 ) “B” é a primeira letra da palavra “Borracha”. Está ai por força dos sábios compromissos que firmamos, quando organizamos o surgimento e a ascensão do grafo letrismo como meio de comunicação. Na era do grafo letrismo, utilizando a borracha, o nativo percebe que pode apagar e reescrever o que fez; refazer o que está feito, dando ao nativo a noção de ser deusificado E assim ele acessar o espírito da era das águas, o espírito do revolucionador, do capaz de refazer a história, de apagar tudo que não interessa, e adicionar tudo o que precisa para viver harmoniosamente interagindo com o seu meio planetario.

9 ) O “B” que também inicia a palavra “Beija-flor” que está associada a sensibilidade, poesia, beleza e etc. É um elemento natural da nossa região para ser utilizado como elemento de exemplificações didáticas com funções estruturais no pensar lendológico nativo dentro desse novo milênico. Um bom exemplo disso é a LENDA DO REINO DOS BEIJA-FLORES, nela encontramos esse elemento com função didática, auxiliando na construção de uma nova consciência essa lenda é narrada no caminho sagrado das águas doces.

10 ) A “Borboleta” é um outro elemento natural, reconhecido como símbolo universal de mutação; de transformação, é típica na nossa região. É um ser que vai da sua forma de lagarta que se arrasta na terra, ao ser alada que domina os ares, que simboliza o ser que vence, que transcende os limite da realidade em que vive. Não é por acaso que o formato da demarcação do território do Acre também lembre uma Borboleta voando. O acaso não existe nesse caso, pois se algo acontece é por que algo provoca esse acontecimento.

11 ) O “B” Também inicia a palavra “Balão” que está ligada a Borracha, bem como a palavra “Bolo” que junto com Balão estão associadas a momentos festivos de confraternização, celebração, de dança, de musica, alegria e etc. Balão também está associada a idéia de realização do sonho de voar que acompanha o ser humano através dos tempos, e vem para comprovar à nossa capacidade de construir algo que nos torne assemelhante aos anjos, aos pássaros. Ele nos faz semelhantes as Borboletas, ou seja, deixamos de ser apenas seres que se arrastam sobre a terra e conquistando o ar, voando sobre ela.

12 ) Temos também a "Bola", que é um elemento que proporciona os confrontos esportivos civilizados, testemunhais interativos. A Bola no seu aspecto esférico, simboliza a eternidade, o sem principio, nem meio, nem fim. Aspecto que está presente no espaço, nos corpos celestes, nos a átomos, nas partículas.

A ascensão aperiódica da atempório era das águas se dá com o estabelecimento do nativo “B” governante, isso acontece quando um nativo que tem a letra “B”(Binho) como primeira letra do seu nome é escolhido através do voto popular para ser o governador dos nativos, no amanhecer do primeiro grande dia do terceiro milênio, mas precisamente as 6 horas. Ou seja, no ano de 2006.

“O formato de letra "B" do mapa do estado do Acre, tem também as abordagens significativa emblemática simbólica dos Uiaristas que vêem os contorno geométrico do nosso território como a representação do registro do primeiro grande BANZEIRO do RIO BRANCO, assim como também a representação da batida da calda do grande peixe encantado no rio lendogeografico planetário, chamando a atenção dos humanos nativos lendários, que transcendem as estruturas cientificistas racionalistas elevando-se ao estágio do lendológico compreender.”

Mas para que você vá se familiarizando com as estrutura dos textos lendológicos, aconselho mantenha-se sempre alerta para o conteúdo do que está lendo, por exemplo, nas entrelinhas da afirmação acima encontramos a fusão de duas extensões lendológica, O Botoismo e Uiarismo. Voce vai compreender melhor essa questão de extensões e tendências lendológicas quando ler os complementos argumetários do Lendário “O Ser Mapinguary”.

Na abordagem Uiarista em que o formato do mapa do Acre é visto como a calda do peixe encantado batendo no rio lendário amazônico, é traduzido por alguns lendologos como som simbólico lendológico que traduz o desperta do lendário humano peixe encantado para a dimensão do realismo lendológico. Para eles é simbolicamente o instante em que o imaginante percebe o lendário sinal e seu significado transcendente, é quando tem a certeza que adentrou a dimensão eterna dos lendários sinais, das primordiais decodificações, o que se dá com a quebra os paradigmas racionalistas que condicionam o ser só acreditar no que se fundamentam em estruturas ditas lógicas. É quando o ser se eleva além dos frágeis e equivocados limites, impostos pela doutrina congelante do racionalismo, indo além das ilusórias verdades inquestionáveis do mesmo, adentrando as realidades sensíveis que são atrofiadas por ele.

Existem diversos fragmentos que abordam esse som simbólico lendário de alguma maneira:


"... Ao despertar, o encantado assume a responsabilidade de encantar os irmão de tribo, os irmão de outras tribos iluminantes predestinadas.”

“Só um ser lendário encantado pode ouvir e ao mesmo instante desperta para a realidade do imaginante ilimitado; indomável; supremo; eterno e onipotentes que somos..."

Existem abordagens do despertar dos lendários no reino das águas florestais onde o sinal lendológico aparece dentro do contexto do contravertido, o que é muito comum em se tratando do lendologismo que utiliza os grafo alfabeticos, tudo isso faz parte da dialética lendológica:

“... O formato de letra "B" do nosso mapa territorial, é mais que o simples reflexo da nossa letra orientadora refletida na superfície liquida vegetal do lendário reino das águas de pingos doces florestais. É a representação da ação do BÔTO imemorial batendo a calda, alcançando a percepção atemporia compreensiva do imaginante libertário individual coletivo que sobrevoa a orbe terrestre em suas incursões livres...”

“... É registro do impacto da batida da calda do ser peixe encantado, produzindo o primeiro grande BANZEIRO na superfície das águas doces lendárias”.

“ É o Boto batendo a calda avisando que chegou, e ao mesmo tempo mostrando a sua localização.”

Algumas extensões lendológicas, traduzem o formato do mapa como sendo a representação da primeira grande onda que provocou o despertar dos nativo-globais, é o aviso ao imaginante dando a certeza que entrou no contexto da era do milênio das águas doce iluminadas, do glorioso RIO BRANCO lendário amazônico.

É bom lembrar que para alguns lendologos, tanto esse sinal, como tudo que é exposto como revelação da era das águas doces no contexto amazônico, não tem nada vê com a decantada era de aquário presente no "inconsciente coletivo" da humanidade. Para estes os profetismos, e as revelações tidas como divinas por boa parte da humanidade, são apenas plágios mal feitos das previsões apocalípticas regional do nosso grande ser lendológico florestano. Mas mesmo assim não tiram o aspecto de sinalizador imemorial que tem o elementos formal geométrico demarcador do território do Acre. E chegam a afirmam que é o sinal de boas vindas aos que retornam a consciência de membros da organização ancestral celeste sócio-primordial lendariana, em que não existem magistrados, e a verdade e o direito comum a todos não precisam de leis para prevalecerem.

“É a calda do ser peixe-humano batendo nas águas, contatando no instante em que se dar a transição bio-formal do encantado peixe celeste (água), para ser humano encantado transcendental (terra)”.

“É o aviso cósmico imemorial estruturado; a marca celeste deixada para que o imaginante humanizado encantado não esqueça de retornar a sua origem lendária.”

“É a demarcação do lugar onde o ser lendário sai extra-sensorialmente e volta humanizado para realizar sua missão de ser encantado imaginante livre libertário desperto na orbe do planeta...”.


Além dos BÔTOISTAS, outras extensões lendológicas se apóiam nas decodificações lendogeográficas para formalizar suas extensões, e oficializa-las como comandantes do movimento lendologico conhecido como era das águas. Dentro do lendarismo classificado como iniciático, os personificadores das diferentes extensões, buscam forma sutil de exaltar uma ilusória supremacia, se destacarem diante das demais extensões. Vejamos uma dessas forma de manifestação:

"O formato do nosso território, não é uma letra "B" como afirmam os BÔTOISTAS, é a letra "M" vista na superfície ondulada das águas doces florestais."

Para os que estão familiarizado com os aspectos manifestativos das extensões lendológicas lendacreanas, identifica no texto acima a manifestação de duas extensão, MAPINGUARISMO e IARAISMO (Mãe das Águas) mas veja que não está claro de qual duas partiu a afirmação. Ambas extensões tem a letra “M” como seu grande símbolo representativo sinalizador. Quando esse tipo de duvida aparece, a primeira conclusão que podemos tirar é que é uma manifestação camalionista, pois esse texto não deixa duvida que se posiciona contra, ou poem em duvida os Botoistas, que afirmando que o nosso território não tem o formato da letra”B” de Boto, a e sim de uma letra “M”, mas não espécifica se é “M” de Mapinguary ou o “M” da Mãe das Águas dos Uiaristas. Essa é uma atitude típica dos camalionistas. Mas não se pode descartar que ela tenha origem Mapinguarista ou Uiarista, pois qualquer personificador de uma dessas extensões pode muito bem ter lançando mão dos artificios camalionista para desvalorizar a força significativa que esse sinal tem para os fundamentos da extensão Botoista. E nesse caso aqui, como dizem os camalionistas: “Fica o dito, pelo não dito”

“O formato do mapa territorial Acreano, é a letra "C" com seu reflexo distorcido na superfície ondulada das águas verdes esperançosas da nova era amazônica."

“O mapa é o "C" do arco do grande portal de acesso ao reino das águas doce amazônica, com sua imagem distorcida pelos banzeiros verdes amazônicos em torno do Rio Branco.”

Esses fragmentos são manifestações dos personificadores CURUPIARISTAS. E estão em sintonia com a postura pacifica convivêncial primordial que tem um autentico personificador lendológico, e assim, portanto faz parte oficial dos argumentos de sustentação e fundamentação do CURUPIARISMO no que se refere ao contexto lendogeográfico.

Existem decodificações Uiaristas ligadas ao caminho sagrado da era das águas doces, onde o formato do mapa é apresentado como o registro grafo geométrico do batismo de travessia do portal do fogo que dá acesso ao caminho sagrado das águas doces. O caminho sagrado é bastante conhecido dos lendacreanistas, a seguir vamos a uma parte do roteiro do caminho, que pelos detalhes simbólicos significativos que o envolvem amplificam as informações para que tenha uma idéia das diversas formas em que o pensar lendológico nativo florestal pode ser utilizado. iticam e até combatem o lendologismo como se não fizessem parte dele. Costumam se apoiar na máxima mapinguaristas que diz: "Tudo é questionável”.

Obs. Os lendologos sempre utilizaram a oralidade (Grande Serpente) como veiculo de comunicação dos lendários, das composições fabulendárias e narrativas argumetárias lendológicas. Portanto as expressões gramaticais alfabéticas dos lendários têm origem no camalionismo.

Quando uma idéia cristaliza-se, entra em ação uma força transformadora maior que milhões de armas nucleares; milhões de exércitos; maior que toda riqueza do mundo, é um Deus manifesto. Idéias aparentemente singelas, ao serem disseminada pelo boca-boca do povo já demoliram impérios, transformaram nações. O lendário cristão é um bom exemplo disso, apenas um homem com dozes companheiros é capaz de gerar uma revolução que dividiu a história da humanidade em antes e depois dele.

Um lendários autêntico, não se ocupam e nem se limitam aos campos religiosos, nem busca o aliciamento de seres pensantes. Neles encontramos as narrativas, os argumentários luminantes lendarianos que estão em sintonia como os paradigmas lendológicos de aperfeiçoamento, de estudos, pesquisas, desenvolvimento e produções de elementos sócio artísticos-culturais nativos florestais, que incessantemente buscam o fundamentar, o aperfeiçoamento da realidade dos lendários dourados. O que caracteriza os autênticos lendários, é a incessante busca de um ponto consensual da compreensão do ser sem interferir nas concepções individuais, que está entre o perceptível e o imperceptível bio-visual, racionalidade e imaginação, sem as preocupações proselitismo. Mas isso não quer dizer que não existam lendários com tendências proselitistas, os lendários com essas tendências normalmente são obra dos personificadores camalionistas.
Podemos dizer que os lendários são registros; testemunhos de acontecimentos cósmico imemoriais. É através dos lendários que os lendologos superam as situações historicamente condicionadas dos imaginantes humanizados. Rasgando o véu das ilusórias psico-realidades que os sufocam.
Geralmente os lendários polêmicos tem origem no camalionismo, nas posturas descompromissada que eles adotam quanto as questões regimentais orientadoras pacificante do existencial harmônico interativo lendológico. Os camalionistas costumam transpor as tênues fronteiras onde transitam o imaginante livre lendário e os intelectuais racionalistas sistemáticos metódicos academicistas, é ai que costumam abrir brecha para embates intelectuais desnecessários. Esse é o espírito do camalionista, uma hora é uma coisa, outra hora é outra sem o menor pudor, sem sentimento de culpa. Para que voce tenha uma idéia, veja como um camalionista responde uma pergunta anterior que é bastante relevante para o movimento lendologico autônomo nativo:

- O que é lendológia?
Resposta camalionista:
- É algo que nunca começou e nunca vai termina, bem como pode ser algo parecido ou totalmente o contrário do que voce entendeu.
Ou:
- Lendológia é um pensar ininterrupto; algo que nunca começou e nem nunca terminou. Em síntese é mais ou menos isso. Mas também podemos dizer que não é nada disso.
Perceba que as respostas transparecem a fuga da responsabilidade com a coisa em si, com o que está se expressando, isso é típico dos camalionistas. Em resumo o camalionista se propoem a opinar e responder tudo sobre qualquer coisa, é o camalionismo num dos seus aspectos menos radicais. Não é por acaso que essa tendência ficou tanto tempo marginalizada dentro do movimento lendológico. Mas como dizem os camalionistas: " Há males, que vem para o bem."

" A gente é bicho do mato, mas tem lendológia e um quintal que não tem tamanho, cheio de fartura."

Vamos fechar essa pequena exposição sobre camalionismo, mostrando outros textos típicos destes personificadores. Em que detectamos a referencia ao externo intelectual não lendológico:

“... E antes dos previsíveis ataques histéricos, dos doutores guardiões das leis gramaticais oficiais, queremos dizer que os lendologos utilizam a linha do anti-intelectualismo benéfico comunitário, ou seja, se você entendeu o que o texto quis dizer; se captou a mensagem que está escrita, está perfeito, o resto é resto."

"Filosofia é a arte de convencer o outro, que ele não sabia nada sobre tudo. E no final ele fica sabendo tudo sobre nada”.

“Filosofia é a metodologia de construir associações de pensamentos ditos lógicos, que está ao alcance de qualquer lendologo idiota que se dedique a desenvolvê-los."

Vamos a um apócrifos do lendário O SER MAPINGUARY que será exposto mais na frente. Nesse aprócrifo voce encontrar nas entrelinhas referencia ao externo acadêmico institucionalizado.


“E diziam os anciões ao jovem líder:

Não percebe que esses riscos tão inofensivos, tão simples na superfície das folhas, têm uma atração psico-magnética muito estranha?

Não percebe que são só riscos? Que eles não tem poderes? Que é você que dá poderes a eles!?

Não percebe a falta de personalidade que tem esses ilusórios intermediários das oralidades?

São seres frívolos! Sem caráter, estão a serviço de qualquer um. São ridículos, ignóbeis... Não existe uma definição de debilidade extrema a qual eles se encaixem. Estão um pouco além de tudo que podemos conceber nesse sentido.

O jovem líder insistia em demonstrar a utilidade dos poderes dos riscos nas superfícies das folhas. E os anciões rebatiam:

Não percebe a fragilidade, a insolidez, a falta de autonomia desses riscos? São tormentas congelantes o iludindo com a falsa impressão de que podes congelar o nosso primordial e imutável pensar incessante.

Como pode querer que sejam usados como intermediários do saber, do conhecimento, da verdade, no meio do nosso povo?”


Não é demais acrescenta que quando um argumento ou narrativa deixa duvida quanto a origem de sua extensão, ou tendência lendológica, normalmente elas são classificadas como camalionistas. Mas não podemos negar que essa é uma brecha que os personificadores lendológicos geralmente costumam utilizar para assumirem posturas criticas de contestação, que tem como objetivo distorcerem ou por em duvida a origem e autenticidade de alguma das extensões ou tendencias lendológicas oficiais, ou opinarem quanto a questões extra lendologismo. Como dizem os camalionistas: “Nem tudo que parece, é”. E por fala em “Nem tudo que parece é”, lembre da reflexão que fizemos na beira do riacho, quando voce perguntou: O QUE É REALIDADE? E eu disse pra voce:
- Tá vendo esse riacho correndo, ai!? Todo dia minha filha Lua vem aqui buscar água para fazer as coisas em casa. E o indio Araiu todo dia vem pescar uns peixes para comer. As crianças todos os dias vem aqui tomar banho e brincarem. Pois bem, como voce pode ver, o rio é só uma grande poção de água corrente, mas para minha filha, o rio é mais que poção de água corrente, para ela o rio é um amigo, que ajuda ela a passa pano na casa, a lavar a louça, a cozinhar a comida e etc. Para indio Araiu, o rio é um prato de comida, é daqui que ele tira seu alimento diário, e por isso vai fazer tudo para que ele continue sempre limpo. E para crianças o rio é um parque de diversão onde todos os dias elas se divertem. Mas o rio é só um monte de água correndo, mas para cada um deles o rio tem um significado diferente, e conforme esse significado, assim eles se relacionam com esse rio.
Os seres humanos são um grande rio, todos vieram da mesma fonte, de uma fonte pura e cristalina, só que no percurso vão sendo poluídos com conceito, preconceitos, normas, leis etc. etc... Diariamente esses seres humanos pulam, ou são tirados para fora do rio e passam a dá significados para as gotinhas que o compõe, dizendo: Aquele é doutor, aquele outro é advogado, a outra é professora, a outra é governador, outra é prefeito, a outra é juiz, e por ai vai. Na verdade, não existe nada disso, tudo são frutos da nossa fértil imaginação, são valores psicológicos que acreditamos que existem, mas na verdades são quimeras, e conforme nossas crenças nelas, assim passamos a nos relacionar com esse rio. Acredite! ninguém é mais do que ninguém, somos todos seres humanos, com uma ainda inexplorada capacidade infinita de criar, interagir e de transformar essa quimera, noutra quimera melhor. Precisamos despoluir o rio, água poluída, é água morta, temos que jorrar como água viva.

Mas voltando ao lendário “B”:

6 ) A letra “A” de Acre, está associada ao numero 1, Acre é o nome do rio que divide a cidade de Rio Branco, foi por onde chegaram os aventureiros e exploradores, onde se deram as grandes batalhas entre Brasileiros e Bolivianos e nos elevamos a condição de território Brasileiro. Veja que os nomes Bolívia e Brasil começam com “B” . A letra “B” corresponde ao número 2. E dentro do lendologismo, algarismos e letras tem o mesmo valor, mas podem mudar de função conforme seja a abordagem feita pelo lendologo que as utiliza. Tanto podem ser lidas como números ou letras, ou como números e letras ao mesmo tempo, dependo para isso da forma da lógica lendariana que o decodificador lendológico esteja empregando.
A palavra água que define o elemento essencial para a bio-existência planetária, tem na sua estrutura grafo-alfabética, 4 letras, começa com a letra “A” acentuada, e termina com a letra “A”. Podemos afirma que a palavra água é formada em algum instante, dentro da contagem que vai do ano 1000 ao ano 2000. (Para comprova isso os lendologos utilizam um instrumento conhecido como Selo Solar, que será apresentado num momento oportuno). No ano 2000, entramos no período de transição do segundo para o terceiro milênio. E com o numero 2 (dois) correspondendo a letra “B”, 2000 centro deste contexto é traduzido como sendo “Booo”. Esse “Booo” dentro do lendologismo, é tido como o registro e tradução do primeiro som emitido pelo Botinho lendário ao nascer. Ou seja, quando ele sai da bolsa liquida materna para o universo terrestre, e que também pode ser traduzido como o instante em que o ser deixa de ser peixe e passa a ser humano; é o som do nascimento; o surgimento de um novo ser, de uma nova vida, de uma nova era, de um novo universo. De um novo universo porque no instante em que nascemos, nasce um novo universo, um universo que agora tem a vibração do teu ser, do teu coração, que é um universo que não existia antes de voce existir, e quer o mundo queira ou não, existe um universo antes e outro depois de voce, somos deuses meninos.
2001 é o ano em que iniciamos oficialmente a contagem do terceiro milênio, dentro da tradução lendologica esse algarismo forma a palavra “BooA”, está é a palavra que avisa que entramos na Boa era. A palavra água que simboliza vida, também está ligada a idéia de parto; de dá a luz, essa palavra surgi no período do ano 1000, para junta-se a palavra BooA formando a frase; Água Booa. O 2002 que vem em seguida confirma isso, quando os “O” são elevados a função de representação do vazio, temos ai o “BB”. Que representar o novo ser que nasce, ou seja, o “Bebê”, e também está associado ao ato de tomar água, “Beber”. Juntando tudo, temos ai, “ÁguA BoA de BeBer”, essa é a autenticação da chegada da era das águas doces lendária, da água viva. Esses dois “B” também são encontrado em palavra que nos remetem a coisas que são tidas como sagradas como BíBlia por exemplo. A duas letras “B” estão entre as 4 primeiras letras da palavra BorBoleta que não é um ser criado pelo humano, é uma criação divina e simboliza mutação, o mutante por natureza.

“Água Boa de Beber” para o ser humano, é água limpa, água sem poluição, portanto, água viva.
O termo “água viva” é bastante conhecido e muitas vezes utilizado para expressar um estado de espírito puro, irmanador, pacificador, aquela que sacia toda sede, de amor, de justiça através da sua pureza e etc. Existem utilizações da palavra água que a relacionam a aprendizado, ensinamento. Os lendologos Uiaristas costumam dizer:

“Viemos todos da mesma fonte; de uma fonte pura e cristalina, mas no nosso percurso fomos poluídos. Precisávamos despoluir o rio e jorrar como água viva.”

“Quando alguém diz que está enjoado da vida; que não quer mais viver, e bebe água para saciar a sede. Está afirmando o contrário do que disse”.

Existem fragmentos em que a água aparece nas entrelinhas, como esse dos Botoistas:

“No novo tempo os humanos serão pescado, e assim transformados, e para pesca-los temos que encanta-los, transforma-los em peixes”.

Quanto a questão do período em que começa a era das águas no nosso planeta, o ser Boto não encontra dificuldade para prova que a vivencia esse período; que já estar vivendo nele. Mesmo com toda a diversidade de teorias e revelações que existem nesse sentido. O Boto como ser artístico, imaginante livre, tem no seu histórico lendário a capacidade de mudar de realidade. E é com essa capacidade que poe fim as questões que giram entorno da duvida que existem quanto ao período calendárico em que se dá essa nova era, uma questão que a milênios místicos e esotéricos vem debatendo. Os Botoistas resolveram e resolvem essa questão da seguinte maneira; quando alguém diz que a era das águas só começar oficialmente no ano 2045 ou em 2114 e etc. Os Botoistas dizem: Acordem! Nos estamos no ano de 2045 ou 2114 e etc. e pronto, ta resolvida a questão. Pois mudar de realidade, é uma coisas que eles dominam muito bem.
E falando de contagem de tempo, existe dentro movimento lendológico tendências que não o excluem totalmente a ilusória concepção humana de tempo. Por exemplo, alguns lendologos utilizam algo que equivalente, em que um ano é o mesmo que uma hora, ou seja, para esses que utilizam tal expediente, se estamos em 2009, estamos as 9 horas do primeiro grande dia do milênio das águas. Em 2010 as 10:00 hrs. E assim por diante.

A restauração dos soberanos argumentários apócrifos populares imemoriais amazônicos, revelaram fragmentos narrativos classificados como de fundamentações, autenticação e comprovação da origem dos sinais tidos como lendogeográficos. Temos fragmentos que relatam ações que levaram a formatação da forma geométrica orientadora que tem o mapa do Acre, vejamos algumas desses fragmentos:

“... No principio, as demarcações territoriais sócios tribais, tinham o formato esférico arredondados, estabelecido pela força inabalável e incorruptível dos nossos comunitários compromissos celestes lendológico. Que são os mesmos compromissos respeitados na administração coletiva extra-sensória, que acionou o movimento que deu origem as rebeliões tribais, que geraram as equivocadas investidas conflituais que levaram os nativos buscarem a conquista de território de tribos irmãs. O que se deu quando as tribos passaram a adotar um formato administrativo coletivo, onde um individuo tinha o poder de governa, de comandar a coletividade. Foi a parti daí que os tais líderes passaram a organizar equipes de auxiliares administrativos, institucionalizando métodos de condicionamento psico-intelectual dos nativos, os fazendo obedientes a ordens estruturais ideofilósofica emanadas do corpo administrativo comandante, fundamentados e orientados por ilusórios psico-valores que atravessaram eras, tidos como verdades supremas, mas que felizmente podiam ser superadas”.

“Foi uma empreitada ego-sistemática que convenceu os nativos, de que eles tinham um destino superior a ser alcançado, e que a expressão desse poder se dava com a subjugação de nativos de outras tribos, tomando seus território de direito primordial inqüestionável”.

“...Foram os eventos conflituais que levaram o estabelecimento das conhecidas demarcações territoriais geográficas que temos hoje, já previstas no nosso contexto cósmico transcendente lendológico. Pois para salvaguarda a extensão esférica e a localização do centro administrativo coletivo pacificador intercontinental planetário dos gloriosos Atlantas das águas doce florestais, a nossa irmandade redesenhou o nosso espaço territorial. Essa foi a forma encontrada para não interferi diretamente na nova experiência intelectual humanizada, e ao mesmo tempo manter a nossa localização planetária destacada entre as demarcações das outras tribos. E pelas razões que todos os lendologos conhecem muito bem, o formato escolhido para o nosso território foi o da letra "B".


7 ) A letra "B" está presente no que existe de mais significativo culturalmente dentro do nosso território lendológico, e tem como autenticadores, elementos que contem a letra “B” e que são reconhecido por todo planeta, como algo com característica singular, e classificado como nativo da nossa região. Esses elementos foram colocados ai como complementos fundamentativos, para que os aldeados, corpóreo e extra-corpóreo, tivessem a certeza do local e conseqüentemente, da missão de reacender a chama da nossa velha e sempre nova ordem. Um desses elementos sinalizador e autenticador territorial, é um produto gerado a aprti das árvores seringueiras, do Rio Branco de leite vegetal que jorra delas, do látex com o qual é produzido a BORRACHA. A Borracha tem uma função importante na estrutura da nossa realidade lendária, é o elemento com a função estratégica de atrair os nativos pioneiros restauradores do novo tempo, para povoarem e reproduzirem os veículos corpóreos que fazem parte da nossa legião restauradora revolucionária lendariana, que dá inicio ao estabelecimento do monumental movimento profetizado como nova era das águas.

8 ) “B” é a primeira letra da palavra “Borracha”. E não é por acaso que ela está ai. É por força dos sábios compromissos que firmamos, quando organizamos o surgimento e a ascensão do grafo letrismo como meio de comunicação. É ai que a borracha entra e dando ao nativo a noção de ser deusificado. Na era do grafo letrismo, utilizando a borracha, o nativo percebe que pode apagar e reescrever o que fez; refazer o que está feito. E assim que ele acessar o espírito da era das águas, o espírito revolucionador, o espírito capaz de refazer a história, com o poder de apagar tudo que não interessa, e adicionar tudo o que precisa para viver harmoniosamente interagindo com o seu meio.

9 ) O “B” que também inicia a palavra “Beija-flor” que está associada a sensibilidade, poesia, beleza e etc. É um elemento natural da nossa região para ser utilizado como elemento de exemplificações didáticas com funções estruturais no pensar lendológico nativo dentro desse novo milênico. Um bom exemplo disso é a LENDA DO REINO DOS BEIJA-FLORES, nela encontramos esse elemento com função didática, auxiliando na construção de uma nova consciência essa lenda é narrada no caminho sagrado das águas doces.

10 ) A “Borboleta” é um outro elemento natural, reconhecido como símbolo universal de mutação; de transformação, é típica na nossa região. É um ser que vai da sua forma de lagarta que se arrasta na terra, ao ser alada que domina os ares, que simboliza o ser que vence, que transcende os limite da realidade em que vive. Não é por acaso que o formato da demarcação do território do Acre também lembre uma Borboleta voando. O acaso não existe nesse caso, pois se algo acontece é por que algo provoca esse acontecimento.

11 ) O “B” Também inicia a palavra “Balão” que está ligada a Borracha, bem como a palavra “Bolo” que junto com Balão estão associadas a momentos festivos de confraternização, celebração, de dança, de musica, alegria e etc. Balão também está associada a idéia de realização do sonho de voar que acompanha o ser humano através dos tempos, e vem para comprovar à nossa capacidade de construir algo que nos torne assemelhante aos anjos, aos pássaros. Ele nos faz semelhantes as Borboletas, ou seja, deixamos de ser apenas seres que se arrastam sobre a terra e conquistando o ar, voando sobre ela.

12 ) Temos também a "Bola", que é um elemento presente nos confrontos esportivos civilizados, testemunhais interativos. A Bola no seu aspecto esférico, simboliza a eternidade, o sem principio, nem meio, nem fim. Um aspecto que está presente no espaço, nos corpos celestes, nos a átomos, nas partículas; nos formatos dos astros e das estrelas.

A ascensão desse atemporio período da era das águas se deu no instante em que os lendologos define como chegada do nativo “B” governante. Que aconteceu quando um nativo que tinha a letra “B” como primeira letra do seu nome foi escolhido para ser o governador dos nativos. Que era conhecido pelo nome de Binho, escolhido através eleito do voto popular para ser o governador da grande aldeia, e o aconteceu no amanhecer do primeiro grande dia do terceiro milênio, mas precisamente as 6 horas. Ou seja, no ano de 2006.

“O formato de letra "B" do mapa do estado do Acre, também tem abordagem significativa emblemática simbólica como as dos Uiaristas que o tem como a representação do registro do primeiro BANZEIRO do RIO BRANCO, a representação da batida da calda do grande peixe encantado no rio lendogeografico planetário, para chamar a atenção dos humanos nativos lendários, que transcenderam as estruturas cientificistas racionalistas elevando-se ao estágio do lendológico compreender.”

Para que vá se familiarizando com os textos lendológicos, eu aconselho está sempre alerta para o conteúdo do que está lendo, por exemplo, nas entrelinhas da afirmação acima encontramos a fusão de duas extensões lendológica, O Botoismo e Uiarismo. Voce vai compreender melhor essa questão de extensões e tendências lendológicas quando ler os complementos argumetários do Lendário “O Ser Mapinguary”.

Na abordagem em que o formato do mapa do Acre é visto como a calda do peixe encantado batendo no rio lendário amazônico, é traduzido por alguns lendologos como som simbólico lendológico que traz o desperta do lendário humano peixe encantado para a dimensão do realismo lendológico. É o que define simbolicamente o instante em que o imaginante percebe o lendário sinal e seu significado transcendente, é quando tem a certeza que adentrou a dimensão eterna dos lendários sinais, das primordiais decodificações, acessadas quando quebrados os paradigmas racionalistas que o condicionam a acreditar só no que se fundamentam em estruturas ditas lógicas. Ou seja, é quando o ser se eleva além dos frágeis e equivocados limites, impostos pela doutrina congelante do racionalismo, indo além das ilusórias verdades inquestionáveis do mesmo, adentrando as realidades sensíveis que são atrofiadas por ele.

Existem diversos fragmentos que abordam esse som simbólico lendário de alguma maneira. Vejamos alguns deles:


"... Ao despertar, o encantado assume a responsabilidade de encantar os irmão de tribo, os irmão de outras tribos iluminantes predestinadas.”

“Só um ser lendário encantado pode ouvir e ao mesmo instante desperta para a realidade do imaginante ilimitado; indomável; supremo; eterno e onipotentes que somos..."

Existem abordagens do despertar dos lendários no reino das águas florestais onde o sinal lendológico aparece dentro do contexto do contravertido, o que é muito comum em se tratando do lendologismo que utiliza os grafo alfabeticos, tudo isso faz parte da dialética lendológica:

“... O formato de letra "B" do nosso mapa territorial, é mais que o simples reflexo da nossa letra orientadora refletida na superfície liquida vegetal do lendário reino das águas de pingos doces florestais. É a representação da ação do BÔTO imemorial batendo a calda, alcançando a percepção atemporia compreensiva, do imaginante libertário individual coletivo que sobrevoa a orbe terrestre em suas incursões livres...”

“... É registro do impacto da batida da calda do ser peixe encantado, produzindo o primeiro BANZEIRO na superfície das águas doces lendárias”.

“ É o Boto batendo a calda avisando que chegou, e ao mesmo tempo mostrando a sua localização.”

Algumas extensões lendológicas, traduzem o formato do mapa como sendo a representação da primeira grande onda que provocou o despertar dos nativo-globais, é um aviso ao imaginante dando a certeza que entrou no contexto da era do milênio das águas doce iluminadas, do glorioso RIO BRANCO lendário amazônico.

É bom lembrar que para alguns lendologos, tanto esse sinal, como tudo que é exposto como revelação da era das águas doces no contexto amazônico, não tem nada vê com a decantada era de aquário presente no "inconsciente coletivo" da humanidade. Para estes os profetismos, e as revelações tidas como divinas por boa parte da humanidade, são apenas plágios mal feitos das previsões apocalípticas regional do nosso grande ser lendológico florestano. Mesmo assim não tiram o aspecto de sinalizador imemorial que tem o elementos formal geométrico demarcador do território do Acre. E chegam a afirmam que a forma geométrica do nosso mapa é a representação do simbólico BANZEIRO; o sinal de boas vindas aos que retornam a consciência de que são membros de uma organização ancestral celeste sócio-primordial lendariana, em que não existem magistrados e a verdade e o direito comum a todos não precisam de leis para prevalecerem.

“É a calda do ser peixe-humano batendo nas águas, contatando no instante em que se dar a transição bio-formal do encantado peixe celeste (água), para ser humano encantado transcendental (terra)”.

“É o aviso cósmico imemorial estruturado; a marca celeste deixada para que o imaginante humanizado encantado não esqueça de retornar a sua origem lendária.”

“É a demarcação do lugar onde o ser lendário sai extra-sensorialmente e volta humanizado para realizar sua missão de ser encantado imaginante livre libertário desperto na orbe do planeta...”.

Além dos BÔTOISTAS, outras extensões lendológicas se apóiam nas decodificações lendogeográficas para formalizar suas extensões, e oficializa-las como comandantes do movimento lendologico conhecido como era das águas. Dentro do lendarismo classificado como iniciático, os personificadores das diferentes extensões, buscam forma sutil de exaltar uma ilusória supremacia, se destacarem diante das demais extensões. Vejamos uma dessas forma de manifestação:

"O formato do nosso território, não é uma letra "B" como afirmam os BÔTOISTAS, é a letra "M" vista na superfície ondulada das águas doces florestais."

Para os que estão familiarizado com os aspectos manifestativos das extensões lendológicas lendacreanas, identifica no texto acima a manifestação de duas extensão, MAPINGUARISMO e IARAISMO (Mãe das Águas) mas veja que não está claro de qual duas partiu a afirmação. Ambas extensões tem a letra “M” como seu grande símbolo representativo sinalizador. Quando esse tipo de duvida aparece, a primeira conclusão que podemos tirar é que é uma manifestação camalionista, pois esse texto não deixa duvida que se posiciona contra, ou poem em duvida os Botoistas, que afirmando que o nosso território não tem o formato da letra”B” de Boto, a e sim de uma letra “M”, mas não espécifica se é “M” de Mapinguary ou o “M” da Mãe das Águas dos Uiaristas. Essa é uma atitude típica dos camalionistas. Mas não se pode descartar que ela tenha origem Mapinguarista ou Uiarista, pois qualquer personificador de uma dessas extensões pode muito bem ter lançando mão dos artificios camalionista para desvalorizar a força significativa que esse sinal tem para os fundamentos da extensão Botoista. E nesse caso aqui, como dizem os camalionistas: “Fica o dito, pelo não dito”

“O formato do mapa territorial Acreano, é a letra "C" com seu reflexo distorcido na superfície ondulada das águas verdes esperançosas da nova era amazônica."

“O mapa é o "C" do arco do grande portal de acesso ao reino das águas doce amazônica, com sua imagem distorcida pelos banzeiros verdes amazônicos em torno do Rio Branco.”

Esses fragmentos são manifestações dos personificadores CURUPIARISTAS. E estão em sintonia com a postura pacifica convivêncial primordial que tem um autentico personificador lendológico, e assim, portanto faz parte oficial dos argumentos de sustentação e fundamentação do CURUPIARISMO no que se refere ao contexto lendogeográfico.

Existem decodificações Uiaristas ligadas ao caminho sagrado da era das águas doces, onde o formato do mapa é apresentado como o registro grafo geométrico do batismo de travessia do portal do fogo que dá acesso ao caminho sagrado das águas doces. O caminho sagrado é bastante conhecido dos lendacreanistas, a seguir vamos a uma parte do roteiro do caminho, que pelos detalhes simbólicos significativos que o envolvem amplificam as informações para que tenha uma idéia das diversas formas em que o pensar lendológico nativo florestal pode ser utilizado.

sexta-feira, 13 de março de 2009

O QUE É REALIDADE?

E o jovem Aventureiro lembra então do dia que encontrou seu Pêdo Mensageiro na beira do rio. E conversa vai, conversa vem. Resolveu perguntar pra ele, o que era realidade. E seu Pêdo respondeu:
- Tá vendo esse rio correndo, ai!? Todo dia minha filha Lua vem aqui buscar água para fazer as coisas em casa. E o indio Araiu todo dia vem pescar uns peixes para comer. As crianças todos os dias vem aqui tomar banho e brincarem. Pois bem, como voce pode ver, o rio é só uma grande poção de água corrente, mas para minha filha, o rio é mais que poção de água corrente, para ela o rio é um amigo, que ajuda ela a passa pano na casa, a lavar a louça, a cozinhar a comida e etc. Para indio Araiu, o rio é um prato de comida, é daqui que ele tira seu alimento diário, e por isso vai fazer tudo para que ele continue sempre limpo. E para crianças o rio é um parque de diversão onde todos os dias elas se divertem. Mas o rio é só um monte de água correndo, mas para cada um deles o rio tem um significado diferente, e conforme esse significado, assim eles se relacionam com esse rio.
Os seres humanos são um grande rio, todos vieram da mesma fonte, de uma fonte pura e cristalina, só que no percurso vão sendo poluídos com conceito, preconceitos, normas, leis etc. etc... Diariamente esses seres humanos pulam, ou são tirados para fora desse rio e passam a dá significados para as gotinhas que o compõe, dizendo: Aquele é doutor, aquele outro é advogado, a outra é professora, a outra é governador, outra é prefeito, a outra é juiz, e por ai vai. Na verdade, não existe nada disso, tudo são frutos da nossa fértil imaginação, são valores psicológicos que acreditamos que existem, mas na verdades são quimeras, e conforme nossas crenças nelas, assim passamos a nos relacionar com esse rio. Acredite! ninguém é mais do que ninguém, somos todos seres humanos, com uma ainda inexplorada capacidade infinita de criar, interagir e de transformar essa quimera, noutra quimera melhor. Precisamos despoluir o rio, pois água poluída, é água morta, temos que jorrar como água viva.