terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

A LENDA DAS MALOCAS

Depois da revelação do imemorial livro sagrado nativo florestal, conhecido como Maracá, no caminho até a proxima parada, o guia vai fazendo narrativa de algumas lendas, entre elas, a lenda das malocas e dos cocas indigenas. Que se resume mais ou menos no seguinte:
AS HISTÓRIAS MÁGICAS DO REI DE MARACÁ

Há muito tempo atras, todos os indios da terra viviam como uma grande familia feliz no meio da floresta,de onde extraiam tudo o que precisavam para sobreviver. O cotidiano era marcado pela convivencia harmonica com o meio em que viviam. Mas nos dias de chuva e ventos fortes vinham os transtornos, pois nesses dias normalmente era um corre-corre geral dentro da floresta, todos buscando um lugar para se proteger da chuva. Era uma situação desconfortavel e por mais que os nativos batessem cabeça, não encontravam uma maneira de amenizar a situação. Mas na aldeia existia um curumim chamado Araiu, Araiu era um curumim muito brincalhão, adorava imitar os passarinhos, imitava o canto de todos com perfeição, e os pássaros por sua vez também demonstravam gostar muito do indiozinho, e não era pra menos, pois toda vez que passava um dia de chuva, Araiu sai pela floresta examinando as árvores para vê se os ninhos de seus amiguinhos não tinha sido afetados. E foi depois de um desses dia chuvoso que Araiu andando por entre as arvores da floresta se deparou com um ninhozinho virado de cabeça pra baixo caido no chão,e como de costume abaixou-se e com muito cuidado desvirou o ninhozinho. Felizmente o ninhozinho estava vazio, e para sua surpresa embaixo do local onde estava o ninhozinho, o solo estava seco. curioso como ele era, passou um bom tempo observando aquilo, e então pensou ; "e se ele fosse do tamanho de um passarinho, com certeza nos dias de chuva ele podia ficar debaixo do ninhozinho, se protegendo dos pingos da chuva e do vento frio que passava correndo atras da chuva. Achou a idéia muito engraçada e começou a ri sozinho, pegou o ninhozinho com carinho e o trapou na arvore, e voltou pra casa cantando de felicidade, pois achava que tinha encontrado a idéia que podia mudar a história de sua tribo nos dias de chuva. Chegando na grande tribo foi dizer ao grande chefe que tinha achado uma maneira de resolver a situação dos de chuva.
para isso bastava que eles encontrasse o ninho do grande pássaro que balançava as asas para tanger as nuvens de chuva pra cima da aldeia, reunisse todos da tribo para derruba-lo da árvore e vira o grande ninho de cabeça pra baixo e pronto, quando a chuva chegasse todo se esconderiam debaixo do grande ninho e ficariam protegidos dos pingo da chuva. O grande chefe olhou para o Araiu e ficou em silencio por alguns instantes, em seguida deu uma gostosa gargalhada, e mandou ele ir brincar de fabricar de caçar com os outro curumins e tirasse aquela idéia maluca da cabeça, pois essa história de passaros gigantes era coisa soprada pelo espirito do velho indio da floresta que costumava soprar essas histórias para as crianças que costumavam bricar sozinhas no meio da mata. Mas Araiu não se deu por vencido e saiu falando da sua idéia para outros nativos, e como resposta ouvia sempre uma boa gargalhada. Até que encontrou o seu amiguinho Otob, Otob foi o único que não riu da sua idéia, e se prontificou em ajuda-lo a procurar o grande ninho. Como era de costume na tribo, antes dos nativos sairem para uma caçada, colheita ou aventura iam até a beira do espelho rio ouvir os conselhos que espirito do velho indio da floresta que soprava a luz que ilumina os caminhos. Chegando lá Araiu e seu amiguinho
pediram para que ele mostrasse a direção em que ficava morada do grande pássaro que tangia as nuvens. E ficaram esperando pela voz do espirito, enquanto isso Araiu observava as borboletas que voavam alegremete na beira do barranco do rio. E ficou ali analizando; a vida das borboletas era muito boa, além de buscarem comida no solo da beira do rio de água limpinha, tinham outras que se alimentavam nas coisas mais bonita que brotavam das arvores.
E Araiu começou a sonhar que sabia voar e que visitava todas as arvores floridas da
floresta, voava pelos galhos colhia frutas madurinhas para saborear. e sonhando assim então pensou que poderia Escolher uma árvore bem grande com galhos bem fortes e lá Construiria um ninho bem bonito para mora. A noitinha Araiu ao voltarem para sua tribo, seu amiguinho Otôb perguntou o que espirito do velho do rio tinha lhe falado, Araiu disse que não tinha ouvido nada, mas contou que tivera um sonho maravilhoso e contou para o seu amiguinho. Otôb ficou feliz ao ouvir a história, e disse que também ja tinha sonhado que era um pássaro, e contou tudo para Araiu. Ao terminar a conversa Otob e Araiu foram dormi e naquela noite Araiu sonharam que voavam como passaros, e construiam um grande ninho no galho de uma bela árvore, e depois o jogava para o chão e o grande ninho caia virado de cabeça pra baixo. De
manhã quando acordaram correram ao encontro um do outro. Agora eles sabiam o que iam fazer. Procuraram então uma grande arvore e passaram a contruir o grande ninho como tinha sonhado.
Ao começar a construção do ninho logo perceberam que apesar de ser uma boa idéia, não era tão simples po-la em prática, organizar os cipós,folhas e galhos de maneira que ficassem bem firmes uns aos outros, e então foram ver de perto como os passaros faziam para trançar o material da contrução. E Depois de alguns dias observando os passaros trabalharem, eles retomaram a construção do grande ninho, os outros indios notavam a estranha movimentação dos dois curumins, ficavam passando onde os indiozinhos estavam trabalhando tentando entender o que Araiu e seu amiguinho estavam fazendo. Passado alguns dias o grande ninho ficou pronto, de um tamanho que cabia os dois dentro. Os nativos viam aquilo e diziam que os dois curumim de sido possuido pelo espirito do velho indio do rio, e que logo logo a mãe das águas iam leva-los para o fundo do rio. Mas quando o grande pássaro tangesse as nuvens de pingo d'gua para cima da tribo, que eles iam entender o que Araiu e seu amiguinho tinham feito.Chegou então um dia em que o vento das asas do grande passaro empurrou as nuvens de chuva pra cima da tribo. Alguns indios curiosos foram até a arvore para ver o que Araiu e seu amiguinho iam fazer. Os pingos começaram a cair, os dois subiram na arvore e jogaram o grande ninho, caiu no chão virado de cabeça pra baixo, com impacto ficou meio torto, Araiu e Otob logo se apressaram em conserta-lo. Os pingos de chuva foram se intensificando, e os dois começaram a gira entorno do grande ninho procurando uma forma de entrar, pois durante a construção esqueceram de fazer uma entrada, e todos os nativo que assistiam a cena, começaram a ri, e partiram para dentro da floresta buscando um lugar para se protegerem dos pingos da chuva, deixando para tras Otob e Araiu girando entorno do grande ninho.Passada a chuva, os nativos voltaram para grande clareira no meio da floresta. Todos que iam chegando deixava uma pedrinha com o grande chefe, pois dessa forma que ele sabiam se
todos tinham voltado. E ao contar as pedrinhas o chefe verificou que estavam faltando duas.
Era as pedrinhas de Otob e Araiu. Todos sairam a procura dos dois curumins, rodaram por todos os canto onde eles costumavam se esconder e nada, e ja´ pensavam em desistir quando alguém teve a idéia de ir procura-los na árvore onde eles construiram o grande ninho. Chegando lá vasculharam ao redor e nemsinal dos dois curumins. Todos já estavam achando que a mãe das águas tinha levado os dois para o fundo do rio, quando alguém resolveu ir verificar debaixo do grande ninho, e examinando o ninho viu um pequeno espaço aberto, abaixou-se e olhou la dentro, e para sua surpresa lá estavam o dois curumins dormindo tranquilos como se nada tivesse acontecido, o nativo chamou o grande chefe e foi um alvoroço geral, todo queriam ver os curumins enxutinho deitado debaixo do ninho. Com o barulho da movimentação dos nativos, os dois curumins acordaram assustado, e a confusão foi tão grande que os nativos findaram por quebrar todo o ninho.Araiu e Otob choraram muito. O grande chefe então fez uma grande reunião, e disse que os espirito da floresta tinha falado com os dois curumins e mostrou atraves deles uma maneira da grande tribo se proteger dos pingos d'gua, e com certeza essa idéia os ajudaria também a
se protegerem do calor da grande bola de fogo que clareava o dia. E encerrou pedindo a todos para que juntos construissem um ninho bem grande que pudesse abrigar a tribo. E assim foi feito. Mas acreditem, eles passaram muitos anos procurando uma
grande árvore para costruir o grande ninho para a tribo, e foi novamente Araiu e Otob que tiveram a idéia de construir o grande ninho no chão da clareira no meio da floresta, e assim o grande ninho foi feito, e aparti dai os dois curumins passaram a ser chamados de pequenos grandes chefes e lidera a grande tribo debaixo do grande ninho. Mas O tempo passou, a tribo aumentou e começaram então briga por um espaço debaixo do grande ninho, E Araiu foi novamente observar os passarinhos e foi assim que encontrou a solução para os conflitos, ao perceber que cada casal de passarinho tinha o próprio ninho para morar. Então antes de voltar para aldeia com a nova idéia, recolher algumas penas coloridas que encontrou na floresta, e as amarrou com cordões de cipós em forma de circulo e prendeu a na cabeça para que podesse se sentir como um passaro, e chegando na tribo falou para todos que o espirito da floresta disse que tinha chegado o momento de todos viverem como os pássaros, ou seja, cada um tendo o seu proprio grande ninho, mas convivendo com uma familia. Aparti dai acabaram se as briga por espaço dentro do ninho. E quando os filhotes atingiam a maturidade, a tribo fazia uma grande festa e entregavam a ele um circulo de pena, e ele partia para ir construir o seu proprio ninho, depois vinha buscar uma nativa e voltava para seguir o seu proprio destino. Por isso, até hoje é possivel encontrar os grandes ninhos de cabeça pra baixo dentro da floresta. Cada um construido de uma maneira diferente.

"A natureza ajuda que sabe cuidar dela."

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