sábado, 26 de janeiro de 2008

COTIDIANA (TEATRALICA)

Vou dá uma parada no trajeto do caminho, para registrar a semana do Festival de Teatro Amador do Acre. Momento em que o imaginante nativo acentuou-se no interior e no exterior das casas de espetáculos do nosso municipio. Um destaque especial para A Comédia del'acre.
E aproveito aqui para relembrar um texto que escrevi sobre o teatro. Já faz algum tempo, vamos lá.
" Teatro é o portal da nossa essência primordial, que nos faz sua imagem e semelhança, criatura dos criadores. Marionetes dos criativos, esses deuses onipotentes humanizados."
Teatros são portais por onde retornamos ao nosso verdadeiro universo cósmico imaginante. São espaços sagrados ancestrais, estabelecido para a manifestação do imaginante, neles damos prova de que somos inaprisionaveis; imprevisiveis; inesperados. Tolos os que tentam redomal-os, congela-los ou esfero explica-los. Pois enganam-se; palpeiam equivocados os que assim procedem. Deem graças a mim, pois sem mim não existe criação, nem criadores, nem criaturas!!
Eu sou capaz do impossivel.
Eu sou o imaginanate libertário livre.
Eu sou a imaginação em pessoa.
Não sou quem marca os nossos encontros, são os que se apaixonam por mim, e querem a todo custo que os outros também se apaixonem, e pra isso me anunciam, me levam pelas ruas, gesticulando, falando,colando cartazes e etc...
Eu sou o teatro, eu sou o imperecivel espaço livre, oniciente, com alguns intervalos de descanso, que é quando fico aberto a todo tipo de peraltice artistico-cultural, Mas sempre volto para servi aos meus herdeiros suberanos celestes nativos lume-verbalizadores narrativos.
Eu sou capaz de tudo, eu curo pessoas, eu transcendo a tudo, eu ressucito pessoas, eu faço milagres, eu sou Deus, eu sou o autor e o ator, e eu também sou eu, seja lá o que isso quer dizer, seja lá o que isso for. Onde eu estou, não existe autoridade, nem prefeito, nem advogado, muito menos presidente, juiz ou professor, pois onde estou, so existem personagens conduzindo por bons roteiros ou roteiros mal escritos. As vezes falando parte dos diálogos da grande peça divina, ou improvisando descaradamente, vivendo seus arremedos, fazendo papéis ridículos.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

- O CAMINHO (O GRANDE MARACÁ)

Enquanto seguimos para a próxima parada, somos orientados a juntar as sementes que estão pelo caminho. E assim chegamos ao grande maracá, o local tem uma imensa cabana estilo indigena. No meio da cabana, tem um globo terrestre encima de uma coluna de mais ou menos um metro de altura, que representa o grande maracá sagrado. Do lado do sol poente jorra uma vertente de água limpa transparente rodeada por uma espécie de altar onde estão uma grande variedade de meias cuias de cabaça.
Os caminhantes são conduzido até o globo, o guia entoa uma canção, e logo em seguida chega uma nativa representando a mãe natureza e retira a parte superior do globo, a parte inferior contém salada de frutas, que é servida aos caminhantes. Depois da salada de frutas os caminhantes segue até a vertente para lavar suas cuias. Depois que todas cuias são lavadas, o guia pede para os caminhantes procurarem entre as meias cuias que estão exposta no altar, aquela que se encaixa com a cuia que trazemos nas mãos. Encontrada todas as parte de meias cuias que se encaixam as nossas, o guia pede para que as sementes que recolhemos no caminho sejam depositadas, uma a uma nas cuias que foram retiradas do altar. Nesse ritual todos são orientados a verem as sementes como representantes dos sentimentos humanos, concluida essa parte, o guia pede para que retire todas as sementes que representem os sentimentos que não são benéficos aos seres humanos e separem. E seguida todos são orientados a recolher um pouco de água com uma das mãos e deixa ela gotejar encima das boas sementes que ficaram nas cuias. Todos unem as suas duas meias cuias e amarram com ligas de borracha de seringa, dando vida aos seus maracás de sentimentos particulares. O guia movimenta o seu cajado com maracá e bate com ele tres vezes no chão. Esse gesto é para consagração do solo, que passa a parti dai, a ser considerado o solo sagrado do nativo imaginante da floresta. Nesse instante são feitas algumas alguma traduções do vem a ser o instrumento musical indigena conhecido como maracá, que também é conhecido pelo nome de chocalho. Algumas destas observações vão estar na próxima postagem.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

O SER MAPINGUARI II (COMPLEMENTAR)


Dentro desse pensar lendologico existem variantes e tendências postulares fundamentais de orientação, pesquisa e desenvolvimento. Entre elas destacam-se:


Variações:
Nativo Florestal

Iaraismo
Botoismo
Mapinguarismo
Curupiarismo
Serpentismo (oral, gestual)


Obs. essas são variações aceitas, como variações intermediarias fundamentais argumentarias, do pensamento nativo lendário autônomo. Mas o numero dessas variações é bastante amplo. Os acima expostos são que oficialmente definem-se como os basilares.


Tendências:
Nativo Urbano

Maracaismo
Camalionismo
Sementismo (ortográfico, simbolico)


Para o recolhecimento e oficialização de um argumento lendologico, os lendologos da extenção lendacreanistas estabeleceram, que as narrativas tenham sempre um tom de contação de historia.
(Essa orientação, tem a função de mecanismo preventivo de defesa da cultura de contação de historia que é tão popular no nosso meio comunitario florestal e urbano).
A narrativa deve conter no mínimo 4 (quatro) aspectos expressivos das variações citadas acima. Sendo uma originadora, e três de sustentação.
essas variações são traduzidas e destacadas em forma fragmentos expositivos complementares, que devem acompanhar a narrativa do lendário composto.

por exemplo; na narrativa “o ser mapinguari” de Nosli Nelc, os fragmentos expositivos complementares de sustentação oficializadora são as seguintes:

Das sustentações:

Iaraismo – na narrativa está clara essa variação, pois o iaraismo, ou uiaraismo, como queiram, esta associada ao ser lendário mãe d’agua. e todo o simbolismo significativo nativo, extraído do seu ser liquido, o elemento conhecido como água.
A agua dentro da lendologia esta ligada a idéia de principiadora; do que dá vida e etc. e a argumentação tem esse aspecto, de principiador, de dar vida a um ser, ao narrar a sua origem, no o do ser mapinguari.

Botoismo – também presente na narrativa, pois o Bôto esta ligado a idéia de transformação do ser, de mutação individual ; de consciência individual ou coletiva de mudança de uma realidade ambiental para outra..

Curupiarismo -( esse ser mito lendário tem como uma de suas características onírica formal, os pés virados para trás) – os pés invertidos do(a) curupira esta presente na narrativa, na ação dos aventureiro que a principio induzem o jovem líder a seguir numa direção indicada por eles; os seus rastros,que está simbolicamente representado na narrativa como riscos na superfície das folhas, indicando um direção a seguir, mas que se revela o oposto.

Serpentismo – normalmente está presente em toda e qualquer narrativa, pois é o simbolo da onda; do vibrante etéreo; das sonoridades, e é atraves destes atributos que entramos em contato com os fatos narrados, ela é a condutora das narrativas. .

Originadora:

Mapinguarismo – esta presente no aspecto do ser nativo reagindo a uma ação externa qualquer, no caso do fragmento lendário “o ser Mapinguari” .
Normalmente traz a defesa de um ponto de vista.
Atitudes que vão, de pacifica.
Reformadoras, a reacionárias radicais.
Dentro da cultura dialética analógica lendária, essa personificação tem como principio a defesa do ser imaginante, seu meio ambiental natural e nativo urbano cultural. No argumento apresentado, transparece a chamada para reflexão, para a questão do aculturamento do nativo étnico e urbano florestano e suas conseqüências meio ambientais, e psico-sociais.


obs. as exposições acima podem sofrerem alterações auxiliares e amplificarem.

Lendologo é o ser que domina a linguagem (simbólica significativa) ancestral dialética analógica lendária nativa; um personificador.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

- O SER MAPINGUARI ( COMPLEMENTARES)


* para a maioria dos lendologos, o ser mito-lendário, é o registro fragmentado de compromissos de ações comportamentativa e reações emotivas significantes, que auxiliam na resistência e proteção do seres imaginantes nativos e o meio onde se manifesta com suas culturas.
As narrativas lendárias normalmente não deixam alicerces suficientemente lógico para que possamos localizar o momento em que ela surgiu. Presente, passado e futuro se confundem. É característico trazerem um tom sapiente ancestral, envolto por um “sistema intuitivo” de auto defesa intelectual nativo, que faz dos seres mito-lendários, eternos sobreviventes gloriosos, resistentes a ataques acadêmicos e modismos culturais equivocados.
E’ aparti da tradução, compreensão, extração e divulgação de um certo grau de entendimento que se tem das lendas desses seres mito lendários, que um lendologo se manifesta e identifica outro lendologo.


É através das composições dos lendários em linguagem de alcance compreensivo popular, e “intelectual acadêmico superior”, que os lendologos compõem, desenvolvem e divulgam suas propostas, ensaios, justificativas , auto-supremalizações, auto-doutoramento e etc.
É isso que torna possível o reconhecimento e aceitação de seus argumentos narrativos dentro da cultura e do movimento lendologico.

Na lendologia do contexto florestano acreano, o termo lendologo, é normalmente usado para definir, o ser imaginante que domina uma personificação significativa oficial, de uma das variantes dos seres mito-lendarianos (a grande serpente, mãe d’agua, boto, mapinguari, curupira e etc.) e que aparti daí desenvolve seus estudos e compõem seus argumentos narrativos.


Os lendários (argumentos narrativos compostos) que são aceito como instrumento didático pedagógico dos lendologos, tem como característica marcante, sentenças e ganchos gramaticais narrativos estratégico, que servem para desenvolvimento de defesa existencial do lendário, e dos discursos complementares, que vão arrazoando, desenvolvendo e valorizando o seu conteúdo narrativo. Para utilizações populares.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

- O SER MAPINGUARI (COMPLEMENTO ARGUMENTÁRIO)

“O Ser Mapinguari, tem uma considerável quantidade de narrativas e traduções, no que se refere a sua origem.
Dentro do contexto lendologico, normalmente esses argumentos narrativos são acompanhados de comentários dos lendologos que os compõem, ou de algum outro que tenha entrado em contato com a argumentação composta.
São esses comentários livres, os maiores responsáveis pelas polemizações, aperfeiçoamentos e evolução do que veio a ser aceitavelmente denominado como lendologia.
“Para melhor exemplificação deste complementos, segue abaixo alguns dos comentários que acompanham a narrativa lendária do Ser Mapinguari”.

“ essa argumentação lendária tem um aspecto nativo urbano bastante acentuado”.
Alguns lendologos defendem a tese, de que a narrativa do Ser Mapinguari foi o que deu origem aos relatos sobre a existência de “um paraíso perdido pelos seres humanos”. Período em que os nativos passaram a cobri os corpos com vestimentas confeccionadas com fibras de algodão. “Relatos que são usados como argumentos doutrinários religiosos específicos, de utilidades questionáveis.”
Dentro do contexto lendacreano, esta narrativa também é tida como a fonte de origem de ditos populares e passagens literárias bastante difundidas, entre as nossas comunidades nativas, como por exemplo, na conhecida frase, de tendência moralista popular, que sentencia; “ são cegos guiando cegos”; “olho por olho... “ ; “em terra de cego que tem um olho é o rei.” e etc.

Porem entre os lendologos, existem aqueles que reclamam a ausência na narrativa acima, de por menores que ampliam significativamente a argumentação. e cobram a inclusão na narrativa, dos relatos da introdução do uso de cascas de determinadas arvores, como valor simbólico de troca monetária. Feitas sob o controle e fiscalização dos aventureiros dentro da grande aldeia.

Extraído do lendário “maraca-jah” que faz parte do material que é entregue no caminho.
De autoria do lendologo: Nosli Nelc.

Obs. Toda peça do arquivo lendologico, é acompanhada de fragmentos complementares de sustentação, e em alguns casos de contestação.
dentro do movimento lendologico florestano da era das águas. Principalmente no que se refere ao mapinguarismo, tem uma máxima consensual entre os lendologos que diz: “tudo é questionável”.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

- O CAMINHO SAGRADO (O SER MAPINGUARI)


Neste ponto do caminho entramos em contato com as narrativas lendologicas, e podemos perceber uma nova forma de utilização da figura dos seres mito-lendários florestano. A narrativa abaixo tem aspecto interessantes, que nos levam a reflexões profundas, e faz-se necessário comentários complementares para que o ouvinte tenha noção do campo em que está adentrando, esses comentários serão feitos nas próximas postagens. Agora vamos a uma intrigante narrativa que fala da origem do SER MAPINGUARI que está dentro do contexto conhecido lendologico.( Muitos creditam que o termo lendológia é uma herança da civilização INCA)

Ao chegarem na pequena aldeia, resolveram passar alguns dias por ali, e um deles, aproveitou a oportunidade de se aproximar da esposa do jovem líder, e fez para ela uma demonstração, de como mandar o seu espírito para outro lugar, e fazê-lo falar através de riscos nas superfice de folhas de arvore.
E com a ajuda dos outros aventureiros, demonstrou que também tinha o poder de ouvir os espíritos de seus amigos que chegavam até ele através de riscos na superfice das folhas. Impressionada com a demonstração, a jovem foi até o espelho d’agua, onde o lider e os jovens anciões da tribo se reuniam diariamente. Chegando lá relatou para esposo, a demonstração de poder que os aventureiros fizeram. O que deixou o jovem bastante curioso. Os anciões reagiram com indiferença o relato da jovem esposa do lider, e pediram para que o jovem tivesse cautela. Mas a jovem esposa insistiu para que o esposo fosse comprovar o que ela estava dizendo, acrescentando que os aventureiros se mostraram dispostos a ensiná-lo como obter o curioso poder de mandar o espírito falar através de riscos nas superfice de folhas, como uma forma de agradecê-los pela acolhida que tiveram em sua aldeia..
E mesmo contra a vontade dos anciões, o jovem lider foi até onde estavam os aventureiros. e ficou impressionado, com o tal poder dos aventureiros e manifestou o desejo de aprender ouvir e falar através dos poderes dos riscos na superfice das folhas.
Pouco a pouco, o jovem lider foi dominando o poder de mandar seu espírito falar e a ouvir através das folhas. e os aventureiros, aproveitando o entusiasmo e dedicação do jovem lider, foram colocando sultimente entre as folhas, que davam para ele exercitar o seu poder, algumas folhas que tinha o poder de se apossar do espírito do jovem lider, e não demorou muito para que o lider tivesse o seu espírito e seus pensamentos manipulados pelos aventureiros, passando a dar a eles total liberdade para viverem, explorarem e transitarem livremente por suas propriedades, sem incomodá-los ou questioná-los quantos aos objetivos destas explorações.
aos pouco o jovem lider foi deixando de ir aos encontros diários no grande espelho d’agua, para evitar discutir com os jovens anciões, que insistiam para que afastasse o seu povo do estranho poder trazido pelos aventureiros. Mas o jovem lider não dava ouvidos.
E pouco a pouco, tudo na aldeia passou ser feito e organizado através de folhas de arvores riscadas, e assim foi, até o jovem lider perceber que a sua tribo estava entrado num estado caótico de troca de informações e convivência sócio interativa, que estava perdendo, quase que totalmente o poder de dirigir seu povo. As folhas riscadas estavam assumindo o seu lugar. um dia, ele aproveitou a ausência dos aventureiros na sua aldeia, e foi ao encontro dos anciões no espelho d’agua, na tentativa de reverter a situação. No encontro, depois de muitas reflexões, os anciões o levaram até a beira do igarapé e o fizeram olhar o seu rosto no espelho d’gua, para que ele podesse ver o que o tal poder tinha feito com ele. Foi quando ele se deu conta de que o tal poder dos riscos na superfice das folhas tinha o deixado enxergando apenas com um olho e quase cego, e que consequentemente ele estava cegado todos de sua tribo com estranho poder .
Ao vê a imagem refletida nas águas, o jovem lider gritou desesperado, porem, de sua garganta sai um urro pavoroso que estremeceu toda floresta. Os aventureiros assustados se embrenham nas matas temendo pelo pior. Os anciões fugiram apavorados sem saber o que fazer para acalmá-lo.
Mas a mãe das águas, que acompanhava toda estória bem de perto, se compadeceu do seu sofrimento do jovem lider, e pediu para que um dos seus seres lendários encantados fosse ate onde ele estava e o conduzisse ate a grande fonte das vertentes do reino das águas doces, e ali entregou a ele um olho d’agua.

(alguns lendologos argumentam, que o olho, dado ao jovem lider, é o olho do deus Odin, que a mãe das águas recebeu dele, em troca de um gole de agua da sabedoria.)
* odin, deus guerreiro escandinavo, amante das artes e poesias

O jovem volta à aldeia, trazendo vasos de cabaças contendo olhos de águas puras, para lavar os olhos do seu povo e livrá-lo da cegueira produzida pelo poder dos riscos nas superfícies da folhas, aos poucos, todos vão recuperando a visão, e voltando a enxergarem o meio natural em que vivem, como ele realmente é’.
Porem, quando os aventureiros fugiram, levaram as crianças e a maioria das mulheres de sua tribo, inclusive a sua jovem esposa. e isso fez com que o jovem lider continuasse enxergando apenas com um olho, e para voltar ao normal, ele tinha que encontrar a sua amada e curá-la. e não tendo outra saída, ele então sai pela floresta a sua procura, gritando e assobiando, e esperando por sua resposta. e todo estranho que vai encontrando em seu caminho, ele devora com os olhos, pois acredita que assim esta defendendo e evitando que sua tribo possa ser contaminada por ele. Dando origem, assim, a uma dos mais intrigantes personagem do nosso lendário nativo popular urbano florestano: “ O Ser Mapinguari.”

sábado, 5 de janeiro de 2008

O CAMINHO SAGRADO III

A grande poronga fica dentro de uma grande cabana circular, o local onde ela está, é semelhante a um altar. O guia pede aos caminhantes para sentarem ao redor dela, e junto com seus auxiliares, dá incio a uma canção ritualística de convocação as nativas guerreiras do caminho. Elas chegam conduzindo o fogo da tocha sagrada do caminho, o guia dá inicio a uma exposição de reflexões e significados do fogo e da luz. Ele inicia a sua exposição fazendo um louvor a luz, e em seguida começa falando que na escuridão todas as coisas são iguais, que só quando a luz começa a se manifestar, é que começamos a ver os contornos das coisas que estavam oculta a nossa bio-visão sob o véu da escuridão, a ver a variedades de formas e testuras cromáticas, e complementa, dizendo que quando estamos calados somos todos iguais, ou seja, somos só seres humanóides. Mas quando falamos, nos diferenciamos, mostramos os nossos contornos sentimentais emotivos; nossa personilidade; o nosso carater. E é ai que a nossa voz se assemelha a luz que invade a escuridão, pois ela mostra os nossos contornos individuais interiores ao exterior, mostra o que nos diferencia dos outros. E dentro desta reflexão o que a principio podemos entender; é que quando falamos; quando verbalizamos nos iluminamos, mostramos a nossa luz ao universo exterior. E que quando essa nossa luz interior ilumina o interior do ouvinte contactado, temos o nosso momento de Deus, o nosso verbo se faz luz.


O guia nos explica a utilidade da poronga para o seringueiro, e nos diz que ela apagada simboliza entre outras coisas, a nossa ignorância diante do universo natural que nos cerca. Cada caminhante recebe uma poronga que é entregue pelas nativas. (O ritual de entrega das porongas, se assemelha a um coroamento de nobres imperadores)


A lider das guerreiras nativas usa a tocha sagrada para acender a grande poronga. O guia explica que a poronga acesa, simboliza o ser humano que viver na floresta, que passa a usar a luz de sua inteligência para descobrir novas maneiras de lidar com a forças naturais e de interagir com elas. fazendo com que aparti dai se desenvolvesse uma cultura tipica florestana. Entre elas, as contações de histórias; de causos; das proesas dos nossos seres mito lendários e etc. Que é parte importante durante o percurso, pois o próprio caminho é um instante lendária vivido desde os nossos imemoriais antepassados nativos.


As nativas acendem as porongas dos caminhantes, e depois de algumas contações de história, que se dar numa grande roda de contadores de histórias da floresta, o guia passa a narrar a proesa do jovem lider dos encantados, utilizando o ser mito lendário mapinguary, numa das variações narrativa que diz respeito a origem do ser Mapinguary, que nos leva a uma reflexão profunda sobre a nossa organização social.
Na próxima postagem reproduzirei está narrativa.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

A ATRAVESSIA DO PORTAL DO FOGO.

O guardião pede para que o caminhante escolhido, fique de pé diante do copo contendo fogo, e estenda os braços, fazendo com que a pequena cuia que traz nas mãos fique encima do copo com fogo, em seguinda pedi para o caminhante incline sua cabeça até vê o seu próprio rosto refletido na superfice da água da pequena cuia. feito isso, o guardião faz uma pequena oração, pega a cuia com a água energizada e derrama sobre a cabeça do caminhante, o caminhante toma o cuidado para fazer com que a água que passa pela sua cabeça caia dentro da pequena cuia que tras nas mãos, para que ela transborde e apague as chamas do copo de fogo. Ao apagar a chama, o guardião inicia uma canção de louvor a natureza, e em seguida evoca os espiritos protetores da floresta e convoca o guia do caminho para que apresente-se para conduzir os caminhantes pelo caminho sagrado.( Cada caminhante repete o ritual do batismo, fazendo com que suas cuias transbordem e água caia no copo que continha o fogo. E o restante de água que fica em suas cuias, eles jogam para cima, fazendo com que a água volte para terra em forma de gotículas de chuva).
O grande guia chega trazendo algumas bilhas feitas da casca de frutos de cabaceira, contendo suco de frutas naturais, que vai servindo aos caminhantes. ( Esse ritual é para que lembrem de durante a caminhada só extrairem o que a natureza tem de mais saboroso; de mais doce.)
O guia seguem cantando, batendo com seu cajado no chão, fazendo com que o maracá solar que estar em sua parte superior do cajado, vibre marcando o compasso de sua canção, com todos lhe seguindo, até chegarem na primeira parada do caminho do sagrado da floresta, conhecida como, a grande poronga.
OBS. Todos os detalhes ritualistico tem uma gama de significados símbolicos, que quando for possivel, serão pormenorizado. Existem algumas curiosidades que envolve esse rito de travessia, Por exemplo; o batismo de água que o guardião utilizado para apaga o fogo. Para os UIARAISTAS está nos compostos registrados lendogeograficamente, e para isso, afirmam que o formato do mapa do estado do Acre, é a visão do caminhante, olhando para a água no momento em que ela sai da cuia do guadião, para batiza-lo. Que é o grande momento sagrado que permite o acesso ao caminho das águas doces florestais.