sábado, 5 de janeiro de 2008

O CAMINHO SAGRADO III

A grande poronga fica dentro de uma grande cabana circular, o local onde ela está, é semelhante a um altar. O guia pede aos caminhantes para sentarem ao redor dela, e junto com seus auxiliares, dá incio a uma canção ritualística de convocação as nativas guerreiras do caminho. Elas chegam conduzindo o fogo da tocha sagrada do caminho, o guia dá inicio a uma exposição de reflexões e significados do fogo e da luz. Ele inicia a sua exposição fazendo um louvor a luz, e em seguida começa falando que na escuridão todas as coisas são iguais, que só quando a luz começa a se manifestar, é que começamos a ver os contornos das coisas que estavam oculta a nossa bio-visão sob o véu da escuridão, a ver a variedades de formas e testuras cromáticas, e complementa, dizendo que quando estamos calados somos todos iguais, ou seja, somos só seres humanóides. Mas quando falamos, nos diferenciamos, mostramos os nossos contornos sentimentais emotivos; nossa personilidade; o nosso carater. E é ai que a nossa voz se assemelha a luz que invade a escuridão, pois ela mostra os nossos contornos individuais interiores ao exterior, mostra o que nos diferencia dos outros. E dentro desta reflexão o que a principio podemos entender; é que quando falamos; quando verbalizamos nos iluminamos, mostramos a nossa luz ao universo exterior. E que quando essa nossa luz interior ilumina o interior do ouvinte contactado, temos o nosso momento de Deus, o nosso verbo se faz luz.


O guia nos explica a utilidade da poronga para o seringueiro, e nos diz que ela apagada simboliza entre outras coisas, a nossa ignorância diante do universo natural que nos cerca. Cada caminhante recebe uma poronga que é entregue pelas nativas. (O ritual de entrega das porongas, se assemelha a um coroamento de nobres imperadores)


A lider das guerreiras nativas usa a tocha sagrada para acender a grande poronga. O guia explica que a poronga acesa, simboliza o ser humano que viver na floresta, que passa a usar a luz de sua inteligência para descobrir novas maneiras de lidar com a forças naturais e de interagir com elas. fazendo com que aparti dai se desenvolvesse uma cultura tipica florestana. Entre elas, as contações de histórias; de causos; das proesas dos nossos seres mito lendários e etc. Que é parte importante durante o percurso, pois o próprio caminho é um instante lendária vivido desde os nossos imemoriais antepassados nativos.


As nativas acendem as porongas dos caminhantes, e depois de algumas contações de história, que se dar numa grande roda de contadores de histórias da floresta, o guia passa a narrar a proesa do jovem lider dos encantados, utilizando o ser mito lendário mapinguary, numa das variações narrativa que diz respeito a origem do ser Mapinguary, que nos leva a uma reflexão profunda sobre a nossa organização social.
Na próxima postagem reproduzirei está narrativa.

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