sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O PINGO DO OLHO D’GUA

Na extensão lendológica da era das águas do leito do Rio Branco a narrativa da lágrima cósmica conta com diversas variações que são utilizadas para as mais diferentes abordagens argumentárias.
Entre os complementos de funções amplificadoras e de alicerçamento luminantes usados para amparar as sustentação que visam sobrevivência e perpetuação da narrativa, encontramos reflexões complementares interessantes principalmente aquelas que buscam orientar o ser imaginante internamente.
Como podemos verificar, a narrativa da lágrima cósmica fecha com uma variação de um dito popular bastante conhecido: "As aparências enganam" mas existem outra narrativas que utilizam o "Quem vê cara não vê coração" ou “ nem tudo que parece, é.” Esses aspectos estão acentuado no ritual da caverna, no "pingo do olho d'gua da mina de ouro" que é um conto popular pouco conhecido.
“A lágrima cósmica é uma peça, um mecanismos metodológicos que os lendologos custumam utilizar para através de reflexões identificar conflitos interiores e buscar o ponto de equilíbrio, um centro intermediador para os psico-opostos conflitantes internos .”
Por muitas vezes o frio e o calor são traduzidos como o bem e o mal, e a mãe natureza como sendo o próprio ser. É nesse tipo de abordagem que a gota d´gua surgi como um ser iluminado. Por exemplo, nas entrelinhas do desfecho da narrativa do Lendário Ser Mapinguary de personificador Nosli Nelc vemos o jovem líder enche as bilhas de cabaça com pingos do olho d’gua das vertentes e leva-las para lavar os olhos dos nativos e os cura da cegueira provocada pelo poder dos riscos nas superfícies das folhas. E ai a água pode ser traduzida como um variados significados que podemos dar para a palavra luz. E isolando movimento dela até o desfecho em que proporciona a cura da cegueira dos nativos, vemos a água ganhar o aspecto de um ser vivo, isso é freqüente nas abordagens dos lendologos compositores dos lendários da era das águas.
Na narrativa acima citada, a água resolvendo algo que parecia está acima da capacidade do jovem líder, restaurando uma realidade que foi distorcida com a mudança de costume através da introdução de uma cultura estranha a eles. E ai a água se confunde com a figura do líder que a transporta dentro das bilhas feitas da casca do fruto de cabaça. E o detalhe do transporte da água dentro das cascas de fruto de cabaça sugere a água como sendo uma semente, um elemento vivo que germina e dá frutos, o que é uma característica típica da abordagem dos lendologo da extenção Uiaristas na narrativa a ganha força e se revela como um farol mostrando o caminho de volta para a origem cultural do nativo.
Esse aspecto frágil e poderoso que encontramos com freqüência no movimento Uiarista onde e um exemplo disso é a narrativa do pingo do olho d’gua no ritual da caverna. Que vamos ver a seguir.

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