sexta-feira, 9 de maio de 2008

APÓCRIFOS DA LENDA DOS BEIJA-FLORES

Estou dando uma paradinha para reler e acrescentar algumas coisas nos texto postados aqui. Mas antes vou postar uns fragmentos que são tidos como apócrifos da Lenda do Reino dos Beija-flores. Depois volto aos pormenores argumentários que dizem respeito ao Arco Lendário e Pingo da caverna. Mas vamos a que interessa. Para que entendam melhor esses fragmentos é preciso que leia a lenda. E para começar a exposição destes apócrifos, eis os primeiros fragmentos selecionados:
"...E o menino-peixe Botintim encantado ajudou o futuro pequeno rei dos beija-flores a apagar o incêndio que os amarelos tinham provocado no bosque das fontes de nécta do rei, na tentativa de enfraquecer o poder que o rei tinha sobre os pobres beija-flores amarelos.
"O Botintim chamou todos a beira rio e tentou convence-los de que não era assim que eles iam acabar com o poder dos nobres beija-flores azuis. Pois destruindo as fontes de nécta, estavam também destruindo as fontes que alimentava os amarelos. E o pequeno rei dos beija-flores argumentou:
- A melhor maneira de mudar essa ilusória diferença de classes sociais e todos os equivocos produzidos por elas, não é destruindo o reino dos beija-flores azuis. É construindo o nosso próprio reino.
E um outro beija-florzinho então pergunto ao pequeno rei:
- Como vamos construir um reino para os amarelos se não temos sequer uma fonte de nécta na nossa aldeia?
- Eu e o Botintim já pensamos nisso.- Disse o pequeno rei.- E descobrimos como transportar as fontes de nécta para onde a gente quiser.
- Como?
Então o menino-peixe Botintim levantou seu Maracá e balançou dizendo:
- Sorriam! a nossa grande festa está começando."
(Existe fragmentos que atestam que esta frase do pequeno Botintim, é uma das frases mais repetida nas festa do novo reino dos beija-flores).
A cena do beija-florzinho buscando ajuda para apagar o fogo no bosque é uma cena bastante conhecida dos lendologos. Muitas vezes essa narrativa é isolada da grande Lenda para ser usada como incentivo a idealistas revolucionários. Entre algumas versões populares conhecidas, temos a seguinte:
" A vegetação ardia em fogo, e o beija-florzinho, deseperado ia até o rio pegava um pouco de água no bico e jogava sobre as chamas, os amigos pediam para que ele parasse com aquele esforço inutil, pois sozinho não ia conseguir apagar o fogo."
E a resposta do beija-florzinho a atitude de seus amigos, difere em algumas narrativas conhecidas, mas a sua essencia continua a mesma. Vejamos duas destas respostas que são bastante conhcidas:
1) - Eu estou fazendo o que acho certo.
E a outra é:
2) - Eu estou fazendo a minha parte.
Obs. Entre outras variações complementares do relato acima, temos a seguinte:
" O menino-peixe Botintim encantado, vendo o beija-florzinho fazendo um esforço que ia além das forças de sua pequena estrutura, se solidarizou e foi auxilia-lo. E batendo com a calda nas águas conseguiu ajuda-lo a apagar o incêndio."
Outros fragmentos que também parecem estar ligados aos relatos que antecedem a grande festa acima são os seguintes:
"...E com o tempo os azuis já não estranhavam mais verem os beija-flores amarelos carregando seus maracás preso a cintura, ou reunidos os balançando e cantando. "
Outro trecho que com certeza está ligado ao momento de transição administrativo comunitária festivo dos beija-flores amarelos, é o seguinte:
"...E eles saudavam as visitas balançando seus Maracás, dizendo:
- Vida a festa!
E o visitante respondia:
- Vida longa!
E ele dizia:
- De paz !
E o visitante:
- De amor!"
Com certeza esses trechos estão em sintonia com a narrativa da Lenda do Reino dos Beija-flores. Antecedem os momentos de organização solidária que deu origem a reação tribal que mudou a história dos beija-flores. Com certeza antecedem a realização da grande festa. Nas entre linhas podemos ver os Maracás entram como uma das peças fundamentais desta história de mudanças. Provavelmente foi com os maracás que os amarelos transportaram as sementes dos arvoredos que floriam no bosque das fontes de néctas imperiais, até o local onde foi erguido o novo reino.
Outro ponto interessante que é bom destacar, é a inesperada utilidade que ganha uma peça simples (o Maracá) da cultura dos beija-flores amarelos, no auxilio e execursão das ações que levaram os amarelos a fazerem a transformação social que tanto sonhavam. Sem conflitos; sem julgamento exagerados ou desnecessários.

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