quinta-feira, 15 de maio de 2008

O BOTO E O PODER DE ENCANTAMENTO

Constam nos anais imemoriais lendológico, acusações que colocam o ser Boto como o grande responsável pelos desvios, equívocos e distorções no irretocável caminho da nossa linguagem cósmica primordial, bem como também é acusado de responsável por todas as ações interativas sociais geradas por essas desvirtuações. Os que fundamentam tais argumentos, normalmente se apoiam na grande virtude que tem o nosso querido ser lendário popular. Ou seja, na virtude de naturalmente encantar os que se aproximam dele. Os que defendem esses argumentos costumam dizer que somos vitima dos seus excessos de criatividades; das ações do seu ininterrupto imaginar criante; da sua cativante personalidade poética festiva que atrai adultos e crianças, que é fruto do seu poder de encantamento. Os que sustentam isso, costumam argumentar que "Ele faz o angu para os outros comerem"; e que por isso é um grande irresponsável, por conta desse seu incomparável e irresistível poder criativo. Afirmando, que ele utiliza o dom de criador para fugir das realidades encantadoras que vai criando. Por isso é imune às influências dessas realidades e não sofrendo as mesmas consequências que sofrem os que são encantados por elas. Se nos aprofundar um pouco mais, veremos que esses argumentos são precipitados, pois não levam em conta que ele é um ser naturalmente criativo; encantador por natureza, já nasceu assim. Portanto o encantar é inerente a ele. Ele sabe naturalmente em qual realidade está por isso nunca se senti perdido em meios as suas criações, interage com elas sem se desviar de sua essência; convivendo harmoniosamente com as estruturas organizacionais sociais e meio ambientais totalmente opostas, utilizando-se do seu incomparável poder de auto adaptação que é proporcionado por seu imaginar revolucionário dentro de qualquer contexto em que se apresente. Alguns lendologos costumam afirma que: " Os que se desviam do caminho primordial por influencia do poder de encantamento do Boto, voltam a trilhá-lo por intermédio e utilização desse mesmo poder; seguindo suas pegadas criativas, aprendendo com ele, adaptando-se a sua personalidade imprevisível aliada a surpreendente capacidade de criar incessantemente" Isso muitas vezes fez com que associassem sua imagem essencial, com a imagem de grande vilão lendário ou de um ser iluminado criador, nessa segunda mostrando que ele sempre volta para resgatar os que se perderam no caminho seguindo suas pegadas, é ai que ele surgi como um salvador dos nativos; um farol que orienta os que se perderam. É por essa característica marcante; é por esse poder que os personificadores de outras extensões aproveitam para acusa-lo pelas mazelas do mundo, muitas vezes os rebaixando a categoria de ser infantil irresponsável, de adolescente descompromissado inconsequente, de amante egocentrado que não vê nada além de si mesmo. Gerando equívocos que põem em duvida a personalidade desse nosso querido ser lendário. Não deixando vê que o ser Boto, não é encantado pelo simples prazer de encantar; de criar realidades ilusórias contatáveis sabendo que são irresistíveis e que consequentemente encantam todos aqueles que entrarem em contato com elas. Pois não encanta pelo simples prazer de encantar, de criar, ou por uma satisfação egocêntrica narcisista como alguns querem nos fazer acreditar. O ser Boto nasceu de um encantamento, portanto o encanto é sua origem, Já nasceu encantado. Não resta duvida que ele tem consciência desse poder, de sua capacidade de reverter e adapta-se a relações sociais diferenciadas, a outras culturas, com equilíbrio, sem traumas, sem conflitos psicológicos existenciais, de forma saudável, harmônica, feliz, festiva e etc. E são esses aspectos de liberdade aventureira o que mais se acentuam, e com os quais ele se identifica. Ele está sempre num eterno estado comemorativo. Como dizem os Botoista: - "Se tem festa, o Boto está lá." e é isso que faz com que seu aspecto humanoide seja apresentadas nos relatos de aventuras interdimensionais; como um adolescente festeiro, encantadoramente simpático, um poético conquistador de nativas ribeirinhas. São esses atributos empáticos que fazem com que os ribeirinhos joguem sobre ele a culpa dos frutos de seus relacionamentos amorosos fortuitos. Com o passar do tempo essas invencionices foi turvando a imagem do Atlanta da era das águas doces. A imagem do elegante e eloquente otimista foi dando espaço a figura do paquerador irresponsável. do ser que invariavelmente muda o espírito do ambiente onde se apresenta; do ser que uma festa em pessoa; Que tem uma invejável capacidade de através da auto mutação sair do seu habitat aquífero (peixe) para o universo terrestre (humano) sem problemas, lidando sem problemas com essas duas realidades, tanto no plano meio ambiental externo, como no plano dos psico valoricos internos. Com o tempo essas distorções fazem com que a imagem a imagem do lendário humano peixe ganhe a fama de Dom Juan das florestas. O Boto encantado é o ser artístico em sua plenitude. É o ser que mais se aproxima e assemelha-se a fonte que lhe deu origem; ao seu criador em suas infinitas possibilidades. O humano peixe é um imaginante nato em constante atividade; um criador sem limites.

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